⋆ཻུ✧ NINETY SIX་༘࿐

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Eu estava chorando como se alguém tivesse matado meus pais, e não era exatamente por Karasuno ter perdido contra Kamomedai

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Eu estava chorando como se alguém tivesse matado meus pais, e não era exatamente por Karasuno ter perdido contra Kamomedai. Eu estava chorando por causa Hinata e de tudo o que tinha acontecido com ele. Estava chorando porque ninguém me deixou ir com ele para o hospital e estava chorando porque estava preocupada com ele. E porque ele certamente, nesse momento, deveria não só estar mal por conta da febre, mas sim por saber que eles tinham perdido, e que tinham perdido sem Hinata estar lá para tentar fazer alguma coisa e...

-Se você não se acalmar, eu vou te chutar para fora do carro e estou falando bem sério. - minha mãe reclamou comigo, me fazendo engolir meu choro. Meu irmão me olhou de um jeito zombateiro que me fez ter vontade de chutar o banco dele apenas para que sentisse dor, mas estava abalada demais para isso. -Não sei como seu namorado te aguenta com todo esse drama, pelo amor de Deus.

Me virei automaticamente para Sugawara do meu lado que se manteve calado enquanto meu irmão zombava da minha cara e minha mãe brugava comigo durante o caminho todo até o hospital. Tudo bem, admito que não foi lá o melhor momento do mundo para ele conhecer minha mãe, mas ele tinha se recusado a me deixar sozinha, então...

-Não responde.- eu falei, semicerrando os olhos para ele e Suga deu um sorriso de leve, apertando minha mão um pouco mais na sua.

-Além de tudo não deixa o garoto se expressar. - minha mãe disse e eu não precisava olhar ela para saber que estava sorrindo. Começei a ficar ainda mais emburrada. Que droga! Já não bastava minha preocupação com Hinata, ia ter que aguentar ela tirando uma com a minha cara também? Inferno!

-Por isso não quis apresentar o Suga pra vocês, sando um bando de metidos e insuportavelmente insuportáveis! - reclamei e minha mãe apenas riu da minha cara, o que me fez ficar ainda mais emburrada. Sugawara acaricou minha mão com carinho, e eu suspirei, fechando os olhos por um instante.

Que merda, que merda, que merda, que merda. Isso tudo era uma bela de uma merda e... Não pensei em mais nada quando chegamos no hospital onde Hinata estava e eu simplesmente saltei para fora do carro, apenas colocando a máscara no rosto graças ao grito irritado de minha mãe. Não sabia onde Hinata estava, mas daria um jeito de encontrar ele!

Foi mais rápido do que pensei que seria, pois no momento que cheguei na porta, Hinata estava ali para ir embora. E eu realmente não me importei com nada quando o agarrei com força e o abracei, não me importando quando as lágrimas dele mancharam minha camiseta.

-Sinto muito, Hinata. - murmurei, o apertando com mais e mais força, afundando meus dedos no cabelo dele e fazendo um carinho suave para que ele soubesse que eu estava ali e que tudo ficaria bem.

E, durante os minutos que se seguiram, apenas abracei meu amigo e dei a ele o suporte que sabia que precisava naquele momento. E deixei que ele soubesse que não estava sozinho e nem nunca estaria sozinho. E que mesmo que não tivesse ganhado e que tudo aquilo tivesse acontecido... Tudo ficaria bem no final.

Sugawara me abraçou por trás, me fazendo dar um suspiro, e fechei os olhos quando ele beijou meu pescoço de leve

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Sugawara me abraçou por trás, me fazendo dar um suspiro, e fechei os olhos quando ele beijou meu pescoço de leve. Me afastei apenas o suficiente para passar os braços ao redor dele e o abraçar com força contra mim, deitando a cabeça no peito dele por um instante.

-Então é assim que acaba?- murmurei e ele riu, afundando os dedos no meu cabelo e fazendo uma carícia suave.

-Você está fazendo drama. Nada acabou. - Suga disse, me cutucando, e eu suspirei, passando os braços ao redor do pescoço dele e o puxando para mais perto de mim, olhando em seus olhos. -Sei muito bem o que está pensando, então pode ir parando.

-Ei, eu não estou pensando nada! - protestei, indignada, e ele deu um sorrisinho para mim. -Mas...

-Eu sabia!- Suga disse, cutucando minhas costelas e me fazendo chiar. Olhei feio para meu namorado, o empurrando, o que fez Sugawara rir e agarrar minha mão com força na dele. Por um tempo, apenas nos olhamos, e, então, Sugawara deu um suspiro, levando uma mão até minha bochecha e acariciando de leve. -Sei o que está pensando, Asuna. E eu já te disse que não importa o que aconteça, a gente vai fazer tudo dar certo.

Eu suspirei, deixando que minha testa encostasse na dele enquanto percorria os dedos pelo cabelo de Sugawara, brincando com suas mechas por um instante.

-Eu amo você. - falei, sem mais ou menos, apenas porque era o que eu sentia e queria que ele tivesse certeza disso. -Amo você e nada além disso importa. E, eu sei que vou para o outro lado do mundo, mas... Eu não quero perder você.

-Você pode ficar tranquila quanto a isso, Asuna.- ele falou, sem nem mesmo tirar um segundo para pensar antes. Sugawara levou as mãos até minha cintura, me puxando para mais perto de si, seus olhos se fixando nos meus. -Porque não tenho planos de te deixar, mesmo que você esteja do outro lado do mundo. Eu te amo. Vai ser meio difícil se livrar de mim, gatinha.

Eu dei risada, segurando o rosto de Sugawara nas minhas mãos antes de me aproximar mais dele e grudar minha boca na de Suga.

Não importa que Rin ache que relacionamentos a distância não funcionem, ou que ela pense que eu e Sugawara estamos fadados a não dar certo. Eu o amava, e ele me amava, e isso era o que importava, isso bastava. Alguns anos, e depois disso, poderíamos ficar juntos de verdade. Por ele eu faria qualquer coisa, e sei que Suga se sente da mesma forma.

Então, sim. A gente faria esse relacionamento dar certo, não importa a condição.

Me afastei um pouco dele, fitando seus olhos antes de abrir um sorriso que o fez franzir o cenho para mim.

-Que foi?- ele perguntou, me fazendo rir. Eu o cutuquei de leve.

-E pensar que com uma esbarrada no meio do corredor você ia ganhar uma namorada. - eu falei com um sorrisinho e Sugawara riu, me puxando e me beijando outra vez. E de novo e de novo.

Fallen Stars • HaikyuuOnde histórias criam vida. Descubra agora