CAPÍTULO DEZOITO 🍁

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Ele perdeu o foco na conversa com Faith no momento em que Matt cobriu a mão de Margot com a sua. Por um lado, sentiu-se feliz ao ver que o amigo estava se sentindo bem com o novo ciclo de pessoas. Mas, por outro, quis estar no lugar dele. Queria ter sentado ao lado dela, conversado sobre alguma coisa e tocado sua mão também. Fora um desejo repentino e inesperado, ele mesmo se surpreendeu quando percebeu que encarava os dois há mais tempo que o necessário.

Franziu a testa, confuso. Então, voltou-se para Faith, que o olhava como se estivesse esperando por uma resposta.

— O que você estava dizendo mesmo? – Ele perguntou, sem jeito.

Antes que ela pudesse responder, o Sr. Wihners jogou a cabeça para trás e gargalhou alto. Era tão bom ouvir a risada de seu pai, seu peito se enchia da mesma alegria. Isso chamou sua atenção para a conversa que estava acontecendo na ponta da mesa, entre os casados.

— O hematoma demorou dias para sumir, ainda bem que meu rosto estava plausível no dia do casamento. Caso contrário, pensariam que eu havia sido ameaçado pelo meu próprio sogro... – George abriu um sorriso enquanto buscou o olhar de Thalya, que estava sentada ao seu lado – ... a casar-me com essa mulher extraordinária.

— Hematoma? – Perguntou Thomas.

— Sim – Afirmou a irmã, tentando esconder o sorriso – Isso mesmo.

— Quando seu pai soube que eu estava noivo de sua irmã por circunstâncias inconvenientes, sequer me deu uma chance para explicar. Achou melhor deixar claro onde eu estava me metendo – George riu, indicando o Sr. Wihners com o queixo – Eu não sabia que ele era bom com socos, tive que descobrir na prática.

— Foi muito satisfatório – Retrucou o mais velho – Mas confesso que me arrependi, principalmente quando eu soube que na verdade você apenas tentou ajudá-la.

— Se a Sra. Davies não tivesse aparecido naquele momento e gritado para a maioria dos convidados ouvi-la...

— Eu já disse que teria pedido sua mão uma hora ou outra, meu bem – George a encarou com as sobrancelhas arqueadas, antes que ela pudesse terminar sua fala.

Thomas sorriu. Então, uma onda de culpa o invadiu. Ele havia passado tanto tempo fora, que acabou perdendo tudo aquilo. Era tão bom estar entre sua família, mas sentiu-se um pouco desanimado ao ouvir aquelas histórias e saber que não estava presente em nenhuma delas. Como será que Thalya havia se sentido em seu casamento? Era um evento tão importante, ele gostaria de ter presenciado...

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— Você tem certeza que não quer dormir aqui esta noite? – Perguntou Thomas pela segunda vez, mas a resposta foi novamente negativa.

— Eu vou ficar bem, cara. Já paguei o aluguel, não posso desperdiçar meu dinheiro.

Thomas assentiu, abrindo passagem para o amigo até a porta.

— Meu pai disse que você poderia ficar, se quisesse, mas vou dizer a ele que você recusou a oferta – Seu tom de voz soou propositalmente dramático – Até pedimos para arrumar o quarto de hóspedes.

— Sua família é incrível, obrigado. A Srta. Lynth e os Klent também.

— São mesmo.

— Essa noite entrou para a minha lista de preferidas, e confesso que está quase no topo – Ele gesticulou enquanto falava, erguendo a mão para cima para enfatizar a palavra "topo".

Thomas ficou feliz em ouvir aquilo, o que o fez abrir um sorriso sutil, mostrando sua covinha no queixo.

— Tem alguma em especial que esteja acima dessa?

Um raro amor no Outono - Quatro Estações Em Skweny, LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora