CAPÍTULO VINTE E QUATRO 🍁

24 5 8
                                    

Ele estava se hospedando na casa de seus pais desde que voltara, ou seja, há um pouco mais de duas semanas, entretanto, sabia que devia buscar uma propriedade para si com rapidez, ainda mais com um possível casamento a caminho.

Matthew havia saído para fazer compras naquela manhã, e garantiu que era perfeitamente capaz de ir sozinho. Estava se habituando muito bem em Skweny, o que deixou Thomas feliz.

Matt não era um homem que possuía títulos ou alguma fonte de renda, muito menos uma herança de família, por isso precisava de algo para gerar seu sustento. Na noite anterior, Thomas havia encontrado o Sr. Nick no caminho para casa, e os dois haviam tido uma conversa muito agradável, apesar de breve. O chapeleiro tinha muita consideração por Thomas, o que era um ponto positivo.

Seu plano era ir até a loja de chapéus do Sr. Nick naquela manhã e perguntar se ele não estava precisando de um ajudante. Se a resposta fosse positiva, Thomas iria sugerir que o homem desse uma chance para seu amigo; e se fosse negativa... Bem, ele não desisitiria fácil, tentaria persuadir o chapeleiro de uma maneira sutil e delicada na esperança de fazê-lo mudar de ideia. Ele franziu a testa. Estava pensando em manipular alguém? Não seria de todo uma manipulação... Não, ele faria da maneira correta. Se o Sr. Nick não precisasse de um ajudante, então ele tentaria ingressar Matt em outro lugar, mas precisava tentar.

Levantou-se do sofá azulado e foi em direção à porta, esbarrando-se com seu pai inesperadamente.

- Pai, bom dia.

- Onde está indo, Thomas?

- Estou indo perguntar ao Sr. Nick se ele precisa de um ajudante.

- Não sabia que meu filho pretendia seguir a carreira de chapeleiro.

Thomas abriu um sorriso espontâneo, dando um tapinha no ombro do pai.

- O emprego não é para mim, é para o Matt.

- Muito bem. Ele parece um bom rapaz, tenho certeza que a vaga estará garantida. E você, como sempre, tentando ajudar as pessoas que ama.

O Sr. Wihners acompanhou o filho até a porta principal, que dava para a saída.

- E o seu plano de ter o próprio local de trabalho ainda está de pé?

Thomas abriu outro sorriso.

- Sim, claro. Porém, creio que este seja um projeto futuro, tenho outras coisas para me preocupar no momento.

O Sr. Wihners arqueou a sobrancelha.

— Que coisas?

— Bom – O filho deu de ombros – Eu não posso morar com vocês para sempre. Estou aqui há mais de duas semanas, preciso conseguir um lugar para morar e buscar uma estabilidade financeira plausível, e só então poderei pensar em trabalhar por conta própria.

— Esse é meu garoto – Em seguida, o mais velho disse carinhosamente – Mas saiba que essa casa sempre estará de portas abertas para você e sua irmã, meu filho, para vir a hora que quiserem e ficar quanto tempo for necessário.

— Eu sei – Thomas disse baixinho, porque de fato sabia que aquele sempre seria o seu lar. A casa em que havia nascido e crescido, lugar onde sempre estaria rodeado de amor.

Seu pai sorriu e passou a mão em sua cabeça, para bagunçar seu cabelo, como sempre fazia desde que o filho era pequeno. Thomas se desviou rapidamente, mas alguns fios ainda saíram do lugar. Esse tipo de brincadeira espontânea era algo típico dos dois.

Logo, Tom ficou em silêncio e sério por um momento.

— Pai?

— Sim?

Um raro amor no Outono - Quatro Estações Em Skweny, LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora