CAPÍTULO VINTE E SEIS 🍁

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— Então vocês foram até o centro comprar laços e fitas? – Perguntou Thalya com um sorriso malicioso nos lábios.

— Sim – Respondeu Margot de maneira vaga.

— Meu irmão é adorável.

— É mesmo – Em seguida, ela arregalou os olhos – Ahn... Foi muito gentil da parte dele ter me acompanhado.

Thalya riu.

— Você não se sente nem um pouco incomodada pelo fato de os boatos sobre o possível noivado dele com Faith estarem cada vez mais frequentes?

— Por que eu me sentiria? – Margot deu de ombros – Ele pode escolher com quem deseja se casar, não entendo o porquê dessa pergunta.

Thalya cortou um pedaço da sua fatia de torta de amora, e com a boca cheia, falou:

— Não acho que esteja tudo bem. Você parece diferente ultimamente, e tudo indica que foi após a chegada do meu irmão.

Margot engoliu em seco, fitando a paisagem através da janela da doceria.

— Podemos apenas aproveitar nosso passeio, sem falar de homens?

Thalya deu um sorrisinho com o canto dos lábios e fez uma pausa para engolir.

— E os seus primos, como estão?

— Estão bem. Agitados, como sempre, e comendo bastante para duas crianças tão novas. Liam deve ter engordado uns dois quilos, e Victoria passa pela cozinha de uma em uma hora.

A amiga arqueou as sobrancelhas.

— Comer é muito bom – Disse ela.

Margot riu.
Thalya tinha um peso muito bem equilibrado, mais que aceitável para o padrão da época, nem aparentava ter uma paixão tão forte por comida – especialmente por doces.

A jovem Lynth a observou terminar sua fatia de torta e agradeceu silenciosamente por tê-la em sua vida. Era tão bom poder contar com ela em todos os momentos. Mesmo com a vida de casada, nunca esquecia de mandar um bilhete para Margot ou tirar um tempo para passearem a sós. Claro que houvera muitas mudanças na rotina, mas não na forma como se relacionavam. As duas sempre seriam melhores amigas, isso era certo; com quem podiam desabafar e contar segredos, sabendo que estariam totalmente seguros.

Margot lembrava-se exatamente do dia em que a conheceu, e gostaria de guardar em sua memória todos os outros momentos que tiveram juntas e que ainda viriam a ter.

— Acho que vou pedir outra fatia – Disse a outra, passando a mão na barriga como se analisasse o espaço disponível – Ainda não estou cheia.

Margot revirou os olhos e deu uma risada divertida.

— Ainda tem dinheiro?

A amiga abriu um largo sorriso.

— George paga para mim.

🍁

"Encontre-me na Ponte de Pedra às 18h30, estarei lhe aguardando. P.s: não precisa se preocupar, venha sem companhia."

Margot ficou surpresa ao ler o bilhete, principalmente por reconhecer aquela caligrafia. A princípio, pensou que estivesse enganada, mas logo percebeu que era mesmo a destinatária.

Seus primos queriam enviar uma carta para a mãe, e ela os ajudou a escrevê-la. Em seguida, brincou um pouco com eles e percebeu que já era quase o horário descrito no bilhete. Arrumou-se e passou na cozinha para buscar algo antes de partir.

Alguns minutos depois, avistou o homem no lugar marcado. Caminhou sobre a Ponte e se aproximou dele de maneira discreta. 18h30.

— A senhorita é muito pontual, hum? – Ele disse ao olhar os ponteiros no relógio de pulso.

Um raro amor no Outono - Quatro Estações Em Skweny, LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora