CAPÍTULO CINQUENTA E OITO 🍁

19 4 0
                                    

Era a noite do terceiro dia nas terras do conde de Hunter. Cada momento estava sendo precioso e Thomas começou a cogitar a possibilidade de ficarem a semana inteira, visto que Margot parecia animada. Gostava de observá-la enquanto estava distraída e perceber que a expressão dela era de uma felicidade genuína.

🍁

Os outros estavam conversando e rindo alto na sala de jogos, Thomas saiu para tomar um pouco de ar fresco no jardim e sua noiva quis acompanhá-lo. O clima noturno dava um toque muito especial ao momento, especialmente para os dois, que haviam criado o hábito de sair durante a noite e respirar um pouco ao ar livre.

A região montanhosa permitia que as estrelas fossem vistas com uma clareza espetacular. Ele abriu os lábios, encantado, e a viu fazer o mesmo. Margot tocou seu braço, chegando mais perto, e mergulhou naquele esplendor diante de si.

— Tão lindo – Sussurrou ela.

— Muito – Ele assentiu – Mas ainda prefiro a beleza da minha futura esposa.

Ela riu, lisonjeada, e encostou a cabeça em seu ombro, continuando a fitar o céu.

— Estou apaixonada – Suspirou. Se pudesse gravar aquele momento em uma tela, ela o faria.

— Eu também estou – Disse ele acariciando a mão dela, que ainda tocava seu braço – Mas não é pelas estrelas.

Ela o encarou, rindo.

— Está possuído por um espírito romântico? – Brincou.

Ele hesitou por um momento.

— Não, eu sou assim mesmo. Você que não conhecia esse lado meu, mas terá que conviver com ele pelo resto de sua vida.

Ela abaixou o olhar e observou suas mãos se encaixarem lentamente.

— Ainda não acredito que vamos mesmo nos casar.

— Para ser sincero, nem eu. Tudo isso parece um sonho, mas se for, eu não quero acordar. Quero ficar aqui, com você, e traçar o nosso próprio final feliz.

Ela o encarou com intensidade, os olhos verdes brilhando à luz do luar.

— É o que eu mais quero, também.

Thomas inclinou o rosto e beijou sua testa.

— Sabe de uma coisa? – Sussurrou.

— Hum?

— As estrelas nunca deixarão de brilhar, tente não esquecer disso.

Ela franziu um pouco a testa.

— O que isso significa?

— Que eu nunca deixarei de amar você.

Ela sorriu com o canto dos lábios.

— Sabe de uma coisa, Tom?

— Hum? – Ele apertou os lábios.

— Não haverá uma noite sequer em que a lua não esteja brilhando.

— E o que isso significa?

— Que eu o amarei todos os dias, sem exceção.

Suas palavras foram seguidas por um abraço sincero e aconchegante.

🍁

Thomas havia decidido, iriam ficar por mais alguns dias. Quando disse isso a Margot, ela lhe deu um selinho. Havia gostado da ideia de passar mais tempo com o pai.
Ademais, o Sr. Nick e o conde pareciam estar se dando muito bem. Sem qualquer ressentimento, apesar do evidente constante competição que havia entre os dois. Isso era inevitável.

Um raro amor no Outono - Quatro Estações Em Skweny, LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora