Um raro amor no Outono - Quatro Estações Em Skweny, LIVRO 2

CAPÍTULO SESSENTA 🍁

- Após analisar melhor o caso, chegamos a uma conclusão. Em minhas mãos, está o veredito, conforme todos podem ver - Declarou o juiz, retirando cautelosamente uma folha de papel de dentro do envelope marrom.

Todos ficaram em silêncio, ansiosos.
Ele pigarreou e ergueu o olhar.

- Foi comprovada a inocência do réu. O Sr. Andrews está livre da acusação e de qualquer sentença a respeito do eventual crime, considerando-se devidamente inocentado.

Matthew soltou um alto suspiro de alívio e agradeceu aos céus, abraçando fortemente o Sr. Wihners em seguida.

- Obrigado, muito obrigado! - Sorriu em meio à umidade das lágrimas, que molhavam o casaco do seu advogado.

Sophia também sorriu em um dos bancos do tribunal, balançando o filho em seu colo carinhosamente.

- Quanto ao Sr. Harrison, pensaremos um pouco mais a respeito, considerando o novo material que chegou em nossas mãos. Tudo o que posso dizer é que receberá uma pena de prisão devido o falso testemunho levantado contra o réu e a tentativa de incriminá-lo de maneira negligente diante da justiça, visto que isso é um completo desrespeito à nossa dignidade como autoridade judicial. Foi ainda nos entregue relatos e provas de outros atos cometidos pelo requerente, como violência e duelos ilegais. Portanto, o Sr. Desmond deverá ser apreendido agora mesmo e levado para a detenção até que seja designada uma nova sentença para os seus demais crimes. Isso é tudo, obrigado a todos que estiveram presente durante o processo se resolução do caso discutido nesse tribunal.

🍁

- Meu Deus, eu não consigo acreditar que você está mesmo aqui comigo - Matthew encostou sua testa na dela e fechou os olhos, acariciando-lhe o rosto com a sua enorme mão áspera em um gesto de carinho e respeito.

- Senti sua falta - Sussurrou Sophia, recebendo o toque positivamente e retribuindo o afeto na mesa medida.

Ele assentiu, quase colando seus lábios nos dela para compensar a dor da saudade que havia lhe atormentado durante o tempo em que ficaram separados.

- Mamãe, mamãe! - Bradou a criança, balançando os bracinhos escuros e agitados na direção deles enquanto se aproximava no colo de sua dinda.

A mulher que o carregava era a mesma que havia surgido ao lado de Sophia no tribunal, e abriu um sorriso complacente ao ver o casal naquele instante.

- Parece que ele não consegue ficar longe da mãe - Disse, tentando conter a agitação do menino.

Matthew franziu um pouco a testa, uma enorme dúvida chacoalhando seu peito, mas tentou disfarçar a sensação. Sorriu e observou sua companheira pegar a criança nos braços e fazer uma graça, arrancando uma risada alta e alegre do filho.

- A mamãe está aqui, meu amor - Ela beijou o topo de sua cabeça lentamente e olhou para Matt. Havia um brilho emocionado em seus olhos, quase receoso. Ele não sabia como desvendar o misto de emoções dentro dela naquele segundo - Esse é o tio Matt. Ele é grandão, não é? Você quer ser grandão igual a ele quando crescer?

A criança concordou freneticamente, a reação animada e positiva fez Matthew rir. Ele era um pouco parecido com a mãe, aquilo era ótimo.

- Matt - Sussurrou ela, engolindo em seco - Esse é Austin, meu filho.

Ele a olhou, buscando algo em seus olhos que não sabia explicar. Uma certeza de que ainda o esperava, e que o pequeno Austin não era uma forma de mostrar que havia o substituído por outro alguém...

- Ele é igual a você - Comentou, com a esperança de que ela pudesse lhe dar uma explicação.

Ela abaixou o olhar como se estivesse muito cansada. E, pela primeira vez em muito tempo, parecia prestes a chorar. Sophia continuou segurando as lágrimas em seus olhos e o nó formado em sua garganta, forçando-se a manter a costumeira postura inabalável.