Novamente, reuniram-se na Casa Wihners, todos empolgados na sala de estar para descobrir quem era o Amigo de Outono do outro. A lareira estava acesa e um saboroso jantar seria servido assim que cada um recebesse seu presente.
— Animados? – Perguntou Florence com um largo sorriso – Eu serei a primeira!
Ela pegou uma caixa azul com detalhes dourados e ficou de pé, de modo que todos pudessem direcionar sua atenção para ela.
— Meu amigo de outono é uma pessoa muito habilidosa e dedicada.
— Obrigado, mamãe, pode me entregar o presente – Declarou Thomas, fazendo todos gargalharem.
Margot também riu, mas não havia o olhado nos olhos desde que chegara. As palavras de Faith ainda ecoavam em sua cabeça constantemente. Seria melhor não colocar tudo a perder permitindo que os seus sentimentos falassem mais alto, e suspeitou que ele houvesse percebido sua distância.
— Desde que o vi pela primeira vez, eu soube que entraria para a nossa família – Florence olhou para o genro – George, venha receber seu presente, querido.
Ele arqueou as sobrancelhas, surpreso. Em seguida, levantou-se e foi até ela.
— Obrigada por fazer a nossa filha feliz e fazer parte da nossa família – Ela comprimiu os lábios e o abraçou – Lhe desejo outros muitos outonos, e espero estar com você para vê-lo sendo feliz em todos eles.
— Obrigado – Respondeu ele, encarando o presente com um sorriso contagiante.
George retirou a tampa e deparou-se com um lindo casaco azul escuro. Era de um nobre tecido grosso, macio e aconchegante
– Obrigado, eu estou encantado.
— Pode usar bastante no inverno, vai aquecê-lo – Sugeriu a sogra, contente com a reação dele.
— Vou usar agora mesmo – Ele abraçou a roupa, fazendo alguns sorrirem, em seguida a vestiu – Perfeito.
— Agora é a sua vez – Declarou Florence, batendo palmas de animação – Nos conte sobre seu Amigo de Outono.
— Com prazer – George buscou o embrulho que estava em cima do sofá e voltou para o centro da sala – Meu amigo de outono é uma pessoa repleta de sabedoria, eu o admiro muito.
Houve um breve silêncio.
— E sabe como dar um bom soco – Ele disse, concluindo.
O Sr. Wihners deu uma risada e ficou de pé, indo até o genro para buscar seu presente.
— Sua lealdade e dedicação para com sua família é extremamente admirável, e sou imensamente grato por ser seu genro. Espero ser como o senhor – Ele tocou o ombro do sogro – Lhe desejo outros muitos outonos, e espero estar com você para vê-lo sendo feliz em todos eles.
O mais velho abriu um sorriso simpático e pegou o embrulho, abrindo-o com cuidado. Era um rústico relógio de bolso, folheado a prata, e prendia-se a uma fina corrente do mesmo material, na ponta dela havia um pequeno pingente no formato de um farol.
— Eu escolhi esse pingente porque o representa como pessoa. Eu o vejo como um farol, uma torre em meio ao mar que orienta outros e ilumina caminhos. Como marido de sua filha, sei o quanto ela o ama, e acredito que todos aqui saibam que o senhor é luz.
— Obrigado, George – O Sr. Wihners arqueou as sobrancelhas, admirando com cautela seu novo acessório. Havia comentado com o genro que seu relógio havia quebrado há algumas semanas, mas não imaginou que ele fosse o surpreender daquela maneira – De verdade, obrigado.
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Um raro amor no Outono - Quatro Estações Em Skweny, LIVRO 2
RomanceEle voltou. Sete anos se passaram, mas agora ele está de volta. Ainda que não fosse o mesmo, ainda que fosse um homem e não mais um jovem perdido, ainda que que houvesse passado por coisas horrendas, ele voltou para o seu lar. Não podia fugir para s...