CAPÍTULO TRINTA E SETE 🍁

23 3 4
                                    

Novamente, reuniram-se na Casa Wihners, todos empolgados na sala de estar para descobrir quem era o Amigo de Outono do outro. A lareira estava acesa e um saboroso jantar seria servido assim que cada um recebesse seu presente.

— Animados? – Perguntou Florence com um largo sorriso – Eu serei a primeira!

Ela pegou uma caixa azul com detalhes dourados e ficou de pé, de modo que todos pudessem direcionar sua atenção para ela.

— Meu amigo de outono é uma pessoa muito habilidosa e dedicada.

— Obrigado, mamãe, pode me entregar o presente – Declarou Thomas, fazendo todos gargalharem.

Margot também riu, mas não havia o olhado nos olhos desde que chegara. As palavras de Faith ainda ecoavam em sua cabeça constantemente. Seria melhor não colocar tudo a perder permitindo que os seus sentimentos falassem mais alto, e suspeitou que ele houvesse percebido sua distância.

— Desde que o vi pela primeira vez, eu soube que entraria para a nossa família – Florence olhou para o genro – George, venha receber seu presente, querido.

Ele arqueou as sobrancelhas, surpreso. Em seguida, levantou-se e foi até ela.

— Obrigada por fazer a nossa filha feliz e fazer parte da nossa família – Ela comprimiu os lábios e o abraçou – Lhe desejo outros muitos outonos, e espero estar com você para vê-lo sendo feliz em todos eles.

— Obrigado – Respondeu ele, encarando o presente com um sorriso contagiante.

George retirou a tampa e deparou-se com um lindo casaco azul escuro. Era de um nobre tecido grosso, macio e aconchegante

– Obrigado, eu estou encantado.

— Pode usar bastante no inverno, vai aquecê-lo – Sugeriu a sogra, contente com a reação dele.

— Vou usar agora mesmo – Ele abraçou a roupa, fazendo alguns sorrirem, em seguida a vestiu – Perfeito.

— Agora é a sua vez – Declarou Florence, batendo palmas de animação – Nos conte sobre seu Amigo de Outono.

— Com prazer – George buscou o embrulho que estava em cima do sofá e voltou para o centro da sala – Meu amigo de outono é uma pessoa repleta de sabedoria, eu o admiro muito.

Houve um breve silêncio.

— E sabe como dar um bom soco – Ele disse, concluindo.

O Sr. Wihners deu uma risada e ficou de pé, indo até o genro para buscar seu presente.

— Sua lealdade e dedicação para com sua família é extremamente admirável, e sou imensamente grato por ser seu genro. Espero ser como o senhor – Ele tocou o ombro do sogro – Lhe desejo outros muitos outonos, e espero estar com você para vê-lo sendo feliz em todos eles.

O mais velho abriu um sorriso simpático e pegou o embrulho, abrindo-o com cuidado. Era um rústico relógio de bolso, folheado a prata, e prendia-se a uma fina corrente do mesmo material, na ponta dela havia um pequeno pingente no formato de um farol.

— Eu escolhi esse pingente porque o representa como pessoa. Eu o vejo como um farol, uma torre em meio ao mar que orienta outros e ilumina caminhos. Como marido de sua filha, sei o quanto ela o ama, e acredito que todos aqui saibam que o senhor é luz.

— Obrigado, George – O Sr. Wihners arqueou as sobrancelhas, admirando com cautela seu novo acessório. Havia comentado com o genro que seu relógio havia quebrado há algumas semanas, mas não imaginou que ele fosse o surpreender daquela maneira – De verdade, obrigado.

Um raro amor no Outono - Quatro Estações Em Skweny, LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora