Capítulo 9

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Laura narrando

O Cesar entrou no carro e eu entrei no lado do passageiro.

César: que milagre é esse? Você sentando na frente? - me olhou surpreso.

- fiquei com vontade - sorri - então... vamos?

César: só se for agora porque é um chãozinho bom viu - concordei e coloquei o cinto.

Fomos ouvindo música e conversando sobre várias coisas. Eu não sabia muito da vida do César porque nunca estive tão interessada nele como estou agora, mas admito que ele é bem diferente do que eu imaginava.

Descobri que ele tem 29 anos, já foi casado e tem uma filha de 4 anos que é idêntica a ele, ou seja, a coisa mais linda do mundo. Ele mora sozinho e trabalha de segurança em algumas casas de show já que na maior parte do tempo ele trabalha para mim.

Depois de quase 3 horas de viajem, nós estávamos chegando em BH quando decidimos ir comer um BK. Fizemos nosso pedido, sentamos pra comer e eu olhei no relógio vendo que ainda era uma hora da manhã.

- nossa, eu estava achando que já era umas três horas. Não tô afim de ir embora agora - resmunguei.

César: Quer ir pra onde?

- não sei, conhece algum lugar legal?

Ele pensou um pouco.

César: conheço, acaba rápido aí que vou te levar lá.

Eu realmente comi rápido porque estava morrendo de fome, então não foi nenhum sacrifício. Quando acabamos, eu levantei para jogar os lixos na lixeira e fomos para o carro. Dessa vez não conversamos muito porque eu estava concentrada nas músicas que passava no rádio e pensando que daqui a pouco as minhas que estariam estourando assim.

Deus abençoe que eu conquiste isso logo.

Por mais que eu tenha mais de 5 anos de carreira profissional, para algumas pessoas isso ainda é pouco. É claro que tem gente que explode rápido porque é reconhecido por alguma música que fez muito sucesso, mas no meu caso isso não aconteceu. Então para não surtar de ansiedade, eu sigo lembrando do que o Rogério sempre diz... "O seu tempo é único e exclusivamente seu, não o compare com o do outro". Eu odeio o fato dele sempre ter razão.

Fujo dos pensamentos notando que o César parou o carro e encarei ele.

- aonde estamos?

César: na minha casa - falou todo sorridente.

Ok Brasil, quando ele disse que conhecia um lugar legal eu não estava imaginando isso. Eu espero que tenha no mínimo uma boate lá dentro.

César: vamos entrar? - abriu a porta do carro e eu fui andando até a porta da frente sem falar nada.

Entramos e eu me surpreendi porque não tinha boate nenhuma, mas era uma casa bem simples e muito aconchegante, o melhor de tudo é que estava tudo limpinho e organizado.

Só não mais que a casa do Mateus porque aquele lá chega a ser enjoado.

Cesar: o que foi? Achou que estaria tudo bagunçado e revirado? - tirou os sapatos e colocou as chaves em cima da mesa.

- pra falar a verdade eu nem sabia que iríamos vim pra sua casa - sorri sem graça.

César: bom... Você me perguntou se eu conhecia algum lugar legal e eu garanto que aqui tem coisa muito mais interessante para a gente fazer - sorriu e foi em direção a um corredor, me deixando sozinha e super sem graça.

O cara fala uma coisa dessa e sai andando. Simples assim.

Fiquei parada na porta olhando em volta porque sou muito tímida para chegar e entrar na casa dos outros. Um tempinho depois ele apareceu na sala de bermuda e sem camiseta e eu juro pra vocês que quase desmaiei de susto. Que homem gostoso, misericórdia.

Duas Vidas - 1 e 2 Parte (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora