Eduardo (Montanha) - 46 anos
Uma semana depois...
Belo Horizonte - MG
Segunda feira - 11:47amMateus narrando
Saí do chuveiro com a toalha na cintura e peguei o celular que não parava de tocar. Depois da parada com o Yuri e em seguida o assalto, as favelas do rio estão em uma muvuca do caralho, geral botava a mão no fogo pra falar que a parada era uma briga direta do comando vermelho e o tcp, em parte era, mas fiquei bolado porque meu lance com o Yuri não tinha merda nenhuma haver com isso e mesmo assim a tora estourou no rabo do Dante.
Inclusive era pra mim estar lá resolvendo esse caô, mas hoje era um dia importante e eu tinha que estar em BH, então taqui o fodas e voltei pra casa.
Vesti uma calça jeans rapidão, lancei uma peita antiga que tava com cheiro da Laura, o tênis, relógio, corrente e o anel que nunca faltava. Depois de todo pronto, desci e tomei um susto com a porra do homem gigante que tava tomando café na minha cozinha.
- que caralho, esqueci de você aí - passei por ele e peguei uma xícara pra mim - quando terminar quero essa porra toda arrumada jae?
Montanha: tu não tem empregada não?
- tá vendo alguma zanzando pela casa? - encarei ele - tô saindo, quando o lance tiver no jeito, eu te dou ideia e tu desce.
Montanha: vou ficar fazendo o que aqui?
- não entrando no meu quarto e nem batendo punheta pela casa a fora, te vira - ele me olhou bem sério e eu sustentei - tô zuando não parça, se bicar qualquer canto que não seja da tua conta a conversa vai ser outra jae?
Nem esperei ele retrucar, só peguei minha chave em cima da bancada, dei partida no carro e fui direto pra casa da Laura. Eu já tava ciente que ela não estaria aqui, então quando a loira abriu a porta e me encarou, eu respirei fundo pra aguentar outra onda de ódio gratuito.
A maluca tomou birra da minha cara depois do lance com a Andressa, mal mal troca ideia comigo.
Carol: ela não tá aqui.
- tô ligado, vim ver tua mulher - ela deu espaço e eu entrei, na mesma hora o Oliver voou em mim - tá cismadona comida ainda?
Carol: não, só não quero ver sua cara, ouvir sua voz e saber que você existe, de resto eu tô em paz - comecei a rir - se puder evitar de vim aqui também, seria ótimo.
- aí não dá pô, como vou ver meu afilhado? - apontei pra barriga dela.
Carol: pode vim daqui 5 meses quando ele nascer, enquanto isso você só irrita a mãe dele.
Andressa: vocês ainda estão nessa? - riu andando devagar e fez um toque comigo - fazer uma grávida ter raiva de tu é pior do que mexer com facção rival, não aguento mais a Carol reclamando de você.
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Duas Vidas - 1 e 2 Parte (REVISANDO)
Ficção AdolescenteAté onde você iria para esconder o seu maior segredo da pessoa que você mais ama? Talvez criar outra vida seja uma boa opção. Afinal, você teria outra personalidade, outros princípios, outros valores e ninguém poderia te julgar por isso. Mas e se e...