Capítulo 56 - Especial

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Maragogi - AL
Quinta feira - 8:21am

Beatriz narrando

Até que fim chegamos, minha coluna já não tava mais aguentando ficar sentada naquela poltrona do avião. Por isso eu prefiro mil vezes viajar de carro, você deita mais confortável, dorme igual um bebê e ainda tem uma paisagem maravilhosa da estrada. A única vantagem do avião é ser mais rápido, isso é indiscutível.

- mãeee - chamei tentando puxar a mala do carro.

Mãe Carol: oi.

Mãe Andressa: fala.

- uma das duas me ajuda aqui por favor? - minha mãe Carol veio e começamos a puxar juntas, mas a porcaria emperrou e não saía nem a pau - que merda, não sai.

Carol: amor ajuda aqui por favor, parece que agarrou em outra coisa.

No fim tinha três lindas mulheres tentando puxar a porcaria da mala que tava agarrada no carpete do porta malas. Foi uma cena linda as três caindo pra trás e rindo de vergonha.

Andressa: vocês são lerdas demais, tá doido - falou levantando e limpando a roupa.

- só nós né? - eu e minha mãe Carol rimos.

Carol: falei com você que a gente precisava de um marido de aluguel, tem coisa que é mais fácil pra macho fazer.

Andressa: lá vem você com essa ideia torta de novo Carolina - negou de cara fechada e nós rimos mais - a mala saiu, não saiu? Então pronto, não preciso de homem pra porra nenhuma.

- bom, tecnicamente...

Andressa: fica quieta aí Beatriz - dei de ombros rindo e pegando a outra bolsa - bora logo antes que geral pega os quartos daora e deixa os feios e fedidos pra nós.

O pessoal já tinha ido na frente, então pegamos tudo e descemos a pequena escada que levava até a casa. Já que o hotel que iríamos ficar ligou de última hora desmarcando, meu padrinho resolveu alugar uma casona de última hora e até um jatinho particular pra não dar mais dor de cabeça. No início eu achei um saco porque tava animada pra ir no parque aquático que tinha lá, mas agora olhando pra esse mar maravilhoso e essa paz que rodeava a gente eu só pude sorrir e agradecer por estar aqui. Não importa em qual estado for, a praia deixa qualquer um mais feliz.

Felipe: já desemburrou a cara, chatura?

Ok, nem tudo pode ser perfeito, mas nós somos obrigados a relevar algumas coisas.

- você tá falando comigo porque? Não tem vergonha na cara não?

Felipe: tá vendo alguma aqui? - me encarou sorrindo e eu rodeio os olhos passando por ele - RELAXA BIA, CÊ TÁ LIGADA QUE VOU FAZER ESSA SER AS MELHORES FÉRIAS DA TUA VIDA.

Levantei a mão mostrando dedo e continuei andando em direção ao quarto.

Minha relação com o Felipe era uma mistura louca de amor, ódio, raiva e... só. Ele me irritava de todas as formas possíveis, a criatividade dele pra isso até me surpreendia as vezes. Nós dois literalmente crescemos juntos, desde pequena eu aturo ele falando que é mais velho e que sou uma nanica, as vezes esse tratamento infantil demais até me irrita, porque poxa, eu já tenho 16, quase 17 e não sou mais uma criança. Nossa diferença de idade é de dois anos e parece que ele só consegue levar a sério as mulheres lindas e gostosas que ele conversa, beija e transa. E pra ser sincera essa situação já estava me cansando.

Abri a porta do quarto das minhas mães e elas tinham pegado um quarto com só uma cama de casal. Pelo visto fui excluída legal.

- ou, aonde vou dormir?

Duas Vidas - 1 e 2 Parte (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora