Duas Vidas - 1 e 2 Parte (REVISANDO)

Capítulo 52

Laura narrando

O Mateus puxou o Yuri pra fora do banheiro enquanto gritava mil palavrões ao mesmo tempo.

Eu não sabia o que fazer, fiquei parada um tempo tentando processar tudo que aconteceu e o que ainda estava acontecendo. Minha mente não conseguia focar em mais a não ser na frase...

Fui estrupada.

Fui estrupada.

Eu só conseguia pensar nisso, mas não podia ignorar o fato de que o Mateus vai matar o Yuri, então desliguei o chuveiro rápido, me enrolei na toalha e sai correndo atrás dos dois. Mas quando fui entrar no quarto o Mateus tinha trancado a porta, me deixando do lado de fora nervosa e sem saber o que fazer.

Pronto, vai acontecer o que eu mais temia.

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Mateus narrando

Eu não conseguia parar.

A cara dele já estava inchada e completamente roxa, só que eu metia mais uma série de socos sem nenhum pingo de piedade.

- ACHA QUE EU TENHO DÓ DE ESTUPRADOR DESGRAÇA? - agarrei ele pela camisa e ele me olhava meio tonto - CÊ VAI MORRER HOJE FILHO DA PUTA.

Yuri: ela... Ela pediu - falou com dificuldade

- A MINA TA TODA ROXA E ELA PEDIU YURI? - soquei de novo - VIRA HOMEM CARALHO.

Pra não matar ele logo eu levantei e comecei a andar em círculos pelo quarto.

Eu odiava sentir o que eu tô sentindo agora. Tô revivendo os caralhos dos meus 16 anos de novo, e é sempre com uma peste da minha família contra uma mulher que eu amo.

Nem sei descrever oque senti vendo a Laura naquele banheiro. Admito que de primeira eu achei que ela estava transando com alguém, já que ela estava gemendo, mas quando eu me aproximei do corredor e ouvi ela gritar de dor, eu entendi que algum bagulho muito errado tava acontecendo. Entrei no banheiro pronto pra matar o filha da puta que tava ali, mas tomei um susto quando vi que era o Yuri.

Quando olhei pra ela a mina tava toda acabada, o fato dela ser branquinha fez os roxos logo apareceram. Não sei o que o Yuri fez, mas ele conseguiu fuder com ela e agora era a minha vez de fazer a mesma parada com ele. Eu não sou mais aquele muleque de 12 anos, agora o bagulho é muito mais louco e eu não me importo de mandar ele pro mesmo buraco que meu pai.

Sentei na cadeira que tinha ali no quarto e fiquei fitando ele tentando levantar.

Yuri: filho... Da puta - cuspiu sangue no chão - sua raiva é porque não admite que ela tava comigo e não com você.

- eu ainda to aqui pensando no que vou fazer contigo, mas se tu falar mais alguma merda eu levanto daqui e termino de socar sua cara.

Yuri: aí você explica pra dona Rosângela depois - sentou na cama com a mão no abdômen enquanto sorria com a boca cheia de sangue - ela vai adora ver o filho favorito sendo preso por assassinato.

- igual você que vai ter que explicar que porra foi essa que tu fez - trinquei o maxilar tentando imaginar - porque ela caralho?

Yuri: porque o que? Ela quis, já falei.

- vai insistir nisso mesmo? - ele sorriu com aquele sorriso que eu odiava - desde quando essa porra acontece?

Yuri: desde quando você fica de quatro por ela? Deve ser o mesmo tempo.

Meu sangue só fervia mais.

- tudo isso por inveja porra?

Yuri: inveja de que? você nem ficou com ela - fechou a cara sentindo dor - se orienta Mateus, admite que o teu sonho é fazer o que eu fiz.