Capítulo 59 - Especial

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Beatriz narrando

Enfim acabou uma da melhores férias da minha vida. Vou sentir saudade de acordar de frente pro mar e ter a família toda reunida durante as refeições, isso tudo foi muito prazeroso. Nós ficamos uma semana aqui e deu pra fazer bastante coisa, saímos para as ferinhas, experimentamos bastante coisa da culinária local, tivemos até um passeio de barco com direito a mergulho e tudo. Foi um máximo.

- Bela, eu quase não usei esse creme, quer pra você? - virei a embalagem pra ela e a mesma assentiu toda feliz.

Bela: como assim você quase não usou?  Ele é ótimo.

- não deu certo pro meu cabelo e também não. Tem. Mais. Espaço. Na. Minha. Mala - falei pausadamente enquanto usava toda a minha força pra fechar a bendita, mas nada adiantava - que droga, parece que tá pior do que antes.

Bela: quer ajudar? Eu sento em cima e você tenta fechar - encarei ela rindo e assenti concordando.

Nem preciso dizer que não funcionou e rimos muito dela escorregando e caindo no chão, então resolvi eu mesma subir de bruços e abraçar a mala como se a minha vida dependesse disso. Acabou que deu certo.

Bela: misericórdia, quantas peças de roupa você trouxe garota? - falou ofegante.

- não contei, só trouxe.

Bela: usou metade pelo menos?

Pensei um pouco e ri negando, ela na hora saiu rindo também e voltou a arrumar suas coisas. Minutos depois a Vanessa entrou no quarto para pegar o restante das malas dela e disse que a minha mãe estava chamando a gente, então eu e a Bela saímos para despedir do restante do pessoal. O Yago, irmão do meu padrinho já tinha ido embora bem de manhã, a tia Rosângela também mal chegou e tinha ido embora com ele, a tia Carla e tio Rogério iriam no mesmo avião que nós, então só restou despedir da Vanessa e do Pedro.

Vanessa: vou sentir saudades das nossas discussões - riu me abraçando.

- eu não, você me irrita demais.

Vanessa: vai sim que eu sei - dei um sorriso amarelado e ela se afastou - posso te pedir uma coisa?

- diga.

Vanessa: cuida do meu boy pra mim? - arqueei a sombrancelha e ela começou a rir sem graça - não faz essa cara.

- sugere que eu faça qual então?

Me ajuda aí... "meu boy"??? Pelo amor de Deus, que raiva.

Vanessa: não seja besta bia, você sabe o que aconteceu entre a gente - assenti com a mão na cintura.

- será que sei mesmo?

Vanessa: tudo eu realmente não sei, masss isso não importa - riu sugerindo algo e eu serrei os olhos.

Perai, tudo o que?

Vanessa: enfim... só cuida dele tá? Vou pedir meu avô pra irmos em BH mais vezes.

- que isso, não precisa se dar o trabalho.

Era mais que óbvio que não tava com um clima agradável entre nós duas, principalmente porque nenhuma facilitava. Então pra sorte de não acontecer nenhuma confusão, eu senti minha cintura sendo puxada pra trás e em seguida um abraço espontâneo.

Pedro: tá me devendo mais uma em - ouvi sua risada.

- vai ficar contando?

Pedro: lógico - me soltou - não sou besta.

- tem certeza? - ele ergueu a sombrancelha e e eu comecei a rir - tô brincando.

Pedro: Aiai - riu também - vim te dar tchau, já tô metendo o pé.

Duas Vidas - 1 e 2 Parte (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora