Capítulo 30

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Mateus narrando

Tive que meter o pé sem a Andressa, já que a mina foi embora com não sei quem e só me mandou mensagem avisando que estava viva. O bom é que ela é atividade e sabe se cuidar sozinha, então estou mais tranquilo.

Já a Laura veio o caminho todo sem parar de falar um minuto, eu já estava enlouquecendo com tanta falação na minha cabeça.

- pô Laura, dá uma segurada na emoção pra mim gostar de você mano.

Laura: O QUE? - me olhou indignada - você não gosta mais de mim, Mateus? Justo eu? A sua amiga de catarro? - não deu dois minutos e ela começou a chorar.

Eu odeio gente bêbada, sério.

- não Laura, eu só quero que você cala a boca.

Laura: mas você ainda me ama? - fungou o nariz e me olhou com uma cara de cachorro abandonado.

- amo pra caralho, agora cala a boca.

Laura: então tá bom, vou calar - respirei aliviado - ou, mas aqui... - voltou a falar.

Mano, até x9 quando está para morrer é menos chato, namoral.

Não falei mais nada, só aumentei o volume da música que estava tocando no som e meti marcha o mais rápido para a casa. No meio do caminho tive até que pegar um desvio já que a pista principal estava interditada, mas isso só serviu para me dar mais dor de cabeça, porque quando ela reparou que era um caminho diferente, a abençoada começou a falar sussurrando para não levar outro esporro.

Laura: Mateus - ignorei - ô Mateus.

- fala - respondi impaciente.

Laura: você tá me sequestrando? - olhou para cima igual uma criança quando faz merda. Eu queria rir, mas me segurei.

- não.

Laura: então você tá sequestrando nós dois? Eu não tenho dinheiro pra pagar fiança não em, você vai cobrar quando?

Mano do céu...

- o que você acha de dormir em? Deita aí no banco até chegar em casa.

Laura: NÃO - cruzou os braços emburrada - só vou dormir com você. Agarradinha.

Automaticamente a cena dela rebolando em cima de mim na festa brotou na minha mente, e o meu corpo, ou melhor, o meu pau, deu um sinal de que isso não era boa ideia.

- em casa a gente olha isso.

Laura: você é tão lindo, sabia? - apertou a minha bochecha e eu dei um tapa na sua mão antes de começar a rir.

- sossega o rabo de novo, se não vou te jogar pra fora do carro.

Laura: tá - olhei de canto e ela estava de braços cruzados e com um enorme beiço, parecia até uma criança mimada. Sorte dela que com ela eu tenho paciência dobrada.

Chegamos em casa, coloquei o carro na garagem e ajudei a criatura a sair pelo lado do passageiro. Passei o braço dela pelo o meu ombro, levei uma mão na sua cintura e joguei o peso para o meu lado, depois subimos direito para o meu quarto, e quando ela foi se jogar na cama, acabou rolando e caindo no chão igual bosta.

Laura: AÍ, EU CAÍ - resmungou.

Como que não ri de umas merdas dessa? Pelo amor de Deus.

- você não vai beber nunca mais, sério - falei rindo enquanto ajudava ela a levantar.

Laura: nem eu e nem você, porque você tá tão tonto que não para de dar voltinha. Olha aí - gesticulou com o dedo em formato de círculos.

- a única parada que tá rodando aqui é essa cabeça sua, viaja não.

Duas Vidas - 1 e 2 Parte (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora