Mateus narrando
Tive que meter o pé sem a Andressa, já que a mina foi embora com não sei quem e só me mandou mensagem avisando que estava viva. O bom é que ela é atividade e sabe se cuidar sozinha, então estou mais tranquilo.
Já a Laura veio o caminho todo sem parar de falar um minuto, eu já estava enlouquecendo com tanta falação na minha cabeça.
- pô Laura, dá uma segurada na emoção pra mim gostar de você mano.
Laura: O QUE? - me olhou indignada - você não gosta mais de mim, Mateus? Justo eu? A sua amiga de catarro? - não deu dois minutos e ela começou a chorar.
Eu odeio gente bêbada, sério.
- não Laura, eu só quero que você cala a boca.
Laura: mas você ainda me ama? - fungou o nariz e me olhou com uma cara de cachorro abandonado.
- amo pra caralho, agora cala a boca.
Laura: então tá bom, vou calar - respirei aliviado - ou, mas aqui... - voltou a falar.
Mano, até x9 quando está para morrer é menos chato, namoral.
Não falei mais nada, só aumentei o volume da música que estava tocando no som e meti marcha o mais rápido para a casa. No meio do caminho tive até que pegar um desvio já que a pista principal estava interditada, mas isso só serviu para me dar mais dor de cabeça, porque quando ela reparou que era um caminho diferente, a abençoada começou a falar sussurrando para não levar outro esporro.
Laura: Mateus - ignorei - ô Mateus.
- fala - respondi impaciente.
Laura: você tá me sequestrando? - olhou para cima igual uma criança quando faz merda. Eu queria rir, mas me segurei.
- não.
Laura: então você tá sequestrando nós dois? Eu não tenho dinheiro pra pagar fiança não em, você vai cobrar quando?
Mano do céu...
- o que você acha de dormir em? Deita aí no banco até chegar em casa.
Laura: NÃO - cruzou os braços emburrada - só vou dormir com você. Agarradinha.
Automaticamente a cena dela rebolando em cima de mim na festa brotou na minha mente, e o meu corpo, ou melhor, o meu pau, deu um sinal de que isso não era boa ideia.
- em casa a gente olha isso.
Laura: você é tão lindo, sabia? - apertou a minha bochecha e eu dei um tapa na sua mão antes de começar a rir.
- sossega o rabo de novo, se não vou te jogar pra fora do carro.
Laura: tá - olhei de canto e ela estava de braços cruzados e com um enorme beiço, parecia até uma criança mimada. Sorte dela que com ela eu tenho paciência dobrada.
Chegamos em casa, coloquei o carro na garagem e ajudei a criatura a sair pelo lado do passageiro. Passei o braço dela pelo o meu ombro, levei uma mão na sua cintura e joguei o peso para o meu lado, depois subimos direito para o meu quarto, e quando ela foi se jogar na cama, acabou rolando e caindo no chão igual bosta.
Laura: AÍ, EU CAÍ - resmungou.
Como que não ri de umas merdas dessa? Pelo amor de Deus.
- você não vai beber nunca mais, sério - falei rindo enquanto ajudava ela a levantar.
Laura: nem eu e nem você, porque você tá tão tonto que não para de dar voltinha. Olha aí - gesticulou com o dedo em formato de círculos.
- a única parada que tá rodando aqui é essa cabeça sua, viaja não.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Duas Vidas - 1 e 2 Parte (REVISANDO)
Ficção AdolescenteAté onde você iria para esconder o seu maior segredo da pessoa que você mais ama? Talvez criar outra vida seja uma boa opção. Afinal, você teria outra personalidade, outros princípios, outros valores e ninguém poderia te julgar por isso. Mas e se e...