4 meses depois...
Laura narrando
Carol: EU VOU MATAR AQUELE FILHO DA PUTA.
- não sendo o meu namorado você pode matar quem quiser.
Carol: ELE TAMBÉM, MAS AQUELE CORNO VAI MORRER MIL VEZES PIOR... AAAAAA.... - apertou minha mão com força e voltou a respirar fundo.
A bolsa da Carol estourou de madrugada, e para a nossa feliz coincidência o Mateus e a Andressa estavam no rio. Por isso que nesse momento ninguém sabe quem a Carol estava odiando mais, o cara que engravidou ela, a outra mãe da bia ou o padrinho.
- tá falando do genitor da Bia?
Carol: Claro né Laura, você acha que é quem? O filha da puta do seu avô? AAAAAA... - apertou de novo e eu segurei a risada junto com a dor de sentir meus ossos sendo esmagados.
Se xingar fosse crime a Carolina estava em trabalho de parto dentro de uma cela agora, de tanto que ela xingava todo mundo.
Carol: Cadê a Andressa? Eu vou matar aquela praga quando ela chegar... - fechou os olhos e travou o maxilar - eu vou dar um tiro na cara dela, pode apostar que vou.
- eu não duvido disso amiga, mas para de falar e concentra em fazer força pra isso acabar logo.
Carol: e eu tô fazendo o que Laura Francisca? - me encarou com um olhar mortal, só faltou rosnar - tô dando tudo de mim pra essa menina cabeçuda sair, mas ela nãoooooo querrr.
Fazia umas seis horas que ela estava nessa tortura, a coitada não sabia nem mais o que tava falando, só queria saber de matar todo mundo.
Eu liguei para o Mateus e eles tinham acabado de pegar o avião. Até tentamos achar um vôo que saísse mais cedo, mas não tinha, então tava a Carol sofrendo desse lado e a Andressa do outro de tanta ansiedade.
Carol: Laura... Vem cá... - falou ofegante enquanto quicava na bola de Pilates.
- pode falar, tô aqui com você.
Carol: se eu morrer você cuida da Bia pra mim? Como se fosse sua filha?
- para com iss...
Carol: eu não acabei de falar - me encarou com raiva - não deixa ela com a Andressa, porque ela não merece a filha que tem.
- pra começo de conversa você não vai morrer.
Carol: eu vou, vou morrer de dooooorrrr - apertou meu braço de novo e dessa vez quem ficou com raiva da Andressa foi eu, porque era pra ela estar aqui com o braço todo machucado.
- vamos lá tomar banho, a ducha morna vai te ajudar.
Carol: não quero - choramingou.
- quer ajuda ou não? Bora filhona.
Carol: porque você tá assim comigo sua cadela sem teta? - eu ri ajudando ela a levantar.
- porque com você só funciona assim, te conheço.
Ajudei ela andar até o banheiro e liguei o chuveiro, mas não adiantou, ela preferiu a banheira.
Carol: se eu cair nessa merda você vai ver.
- então entra com cuidado criatura - mal falei e ela se agachou por conta da contração, mas logo levantou e foi sentar.
As horas se passavam e a Carol chorava mais ainda, era de dor, emoção, raiva, tudo junto. Ela não queria tomar anestesia de jeito nenhum, mas chegou em um momento que não tinha opção, ou era a anestesia ou ela iria desmaiar de tanta dor, então conversei com ela e ela aceitou.
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Duas Vidas - 1 e 2 Parte (REVISANDO)
Ficção AdolescenteAté onde você iria para esconder o seu maior segredo da pessoa que você mais ama? Talvez criar outra vida seja uma boa opção. Afinal, você teria outra personalidade, outros princípios, outros valores e ninguém poderia te julgar por isso. Mas e se e...