Capítulo 57

304 20 3
                                    

Mateus narrando

Sem lero, tô em êxtase com toda essa porra que acabou de acontecer.

Quando eu falei que essa foi a melhor transa da minha vida, nem foi caô. A mina arrasa na minha vida, no beijo, na cama então... puta que pariu. Que boquete foi aquele? Tá doido irmão, mais uma chupada e duas sentadas eu iria dar uma parada cardíaca.

Coloquei a banheira pra encher e sentei na beirada preocupado com o tempo, a tropa do catatau deve tá chegando e eu não posso vacilar da Laura estar aqui quando eles chegarem.

Laura: preto, não sei o que aconteceu, mas sua cama tá toda molhada - entrou no banheiro rindo, limpou os peitos com uma toalha e me olhou - que foi?

- tô aqui pensando no tanto que eu sou sortudo - puxei ela devagar e abracei sua cintura - você joga essa rabão bem pra caralho em.

Laura: são muitas experiências pra chegar nesse nível - deu de ombros e sorriu.

Muitas experiências...

Sorte dela que o meu humor está ótimo.

- entendo, por isso te fiz gozar 4 vezes seguidas - dessa vez ela que me olhou puta e eu ri - é bom né?

Laura: sem graça - cruzou os braços.

- sem birra - passei a mão na sua bunda e dei um tapinha de leve - gostosa.

A banheira encheu e eu entrei primeiro. Sem lero, já tenho essa banheira a uns três anos e se usei ela duas vezes foi muito. Pura invenção de moda.

A Laura entrou em seguida e sentou no meio das minhas pernas apoiando no meu peito.

Laura: é tão estranho a gente estar assim - falou passando a mão na minha perna por baixo da água.

- pra mim não.

Laura: como não? 10 anos de amizade e do nada estamos pelados em uma banheira depois de virar o quarto do avesso - riu tímida - é estranho pra caramba.

- eu já imaginei tanto esse momento que se tornou normal pra mim.

E nem é caô.

Laura: sério? - me olhou por cima do ombro sorrindo e eu assenti - a quanto tempo você sente isso por mim?

- comecei a namorar a Ana por sua causa e isso já faz... - pensei um pouco - uns 6 anos?

Laura: acho que menos.

- Ah nem lembro, só sei que já faz uma cota - abracei ela um pouco mais forte.

Laura: porque você nunca falou nada em? As coisas poderiam ter sido menos complicadas.

- porque você não sentia a mesma parada que eu - ri pelo nariz - se eu falasse iria acabar alimentando um bagulho que não existia, ou pior, nossa amizade poderia acabar por isso.

Laura: admito que nunca olhei pra você desse jeito. Quando a gente se beijou eu até pensei, mas achava que não tinha nada haver.

- deu mole, porque fiquei doido com aqueles beijos - ri lembrando das noites sem dormir - namoral novinha, você acabou comigo.

Laura: ainda acabo - sorriu e piscou pra mim.

- graças a Deus que agora é da melhor forma, por que sem lero, eu tava quase me dando um tiro na testa.

Laura: deixa de bobeira.

Um silêncio se formou enquanto trocávamos carícias em baixo da água.

O aperto no meu peito não me abandonava e isso tava me deixando aflito, se não fosse a Laura aqui eu tenho certeza que já teria surtado.

Duas Vidas - 1 e 2 Parte (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora