Capítulo 36

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Belo Horizonte - MG
Ceia de natal - 21:33pm

Laura narrando

Os últimos dois meses foram uma loucura que nossa senhora, é muito nervosismo pra uma ariana só.

Pra começar meu lindo namorado tomou um tiro na perna e ficou internado porque não conseguia andar, mas agora já melhorou, se voltou a me irritar é porque tá bem. Depois meus pais quase terminaram o casamento por conta da vagabunda da Geralda, o ódio que eu tô daquela mulher não dá pra explicar, mas pedi o Mateus pra resolver essa questão sem meu pai saber e ela foi embora pra outro estado. A Ester continua enchendo o saco, mas agora ela tá namorando e não fica mais dando em cima do Mateus. A Renata não trabalha mais pra mim desde o dia que o Mateus foi baleado e ela se meteu chamando a polícia pra fazer uma ocorrência. De fato era o mais sensato a se fazer, mas se rolasse investigação a coisa iria ficar muito feia pro Mateus, então aproveitei que já estava querendo dar linha nela e encerrei nosso contrato. Agora tô só esperando a Carol sentir saudades de me aturar e voltar a trabalhar pra mim, enquanto isso eu fico adulando o único ser humano que não me estressa ainda... A bia.

- o dindinha, eu tô de côco e você não me troca poxa - peguei ela no carrinho e senti o olhar coruja em cima de mim - dá pra parar de me olhar assim? Não vou roubar sua filha, eu em.

Andressa: tá indo pra onde com ela?

- pro quarto Andressa, trocar a fralda que tá toda cagada. Que ir junto?

Andressa: não demora.

- bia, quando você crescer eu vou te sequestrar tá bom? Sua mãe é muito chata cara - ignorei a cara de merda da Andressa e fui conversando com a criança de dois meses no meu colo.

Nesses últimos dia a Andressa mudou demais também, ela não vai pra missões com o Mateus mais e nem passa a noite fora. Aos poucos eu tô vendo que ela tá largando o crime e ficando mais no pé da Carol e da Beatriz, o que era pra ser ótimo, mas a Carol tá sem paciência nenhuma com essa nova versão dela.

Carol: pelo amor de Deus, eu preciso de férias da minha vida - entrou no quarto e deitou na cama junto com a Bia - sério amiga, tá foda demais. A Andressa tá tirando toda a minha paciência.

- vida de casada né princesa? Toma que a bomba é sua - joguei a fralda nela e peguei a Bia de novo.

Carol: ela vai ficar manhosa desse jeito.

- problema seu, eu vou adular o tanto que eu quiser.

Carol: já não basta a Andressa e sua mãe com esse papo? Você também vai ficar contra mim?

- óbvio - ri de canto e ela fechou a cara - tá, não vou estragar essa lindeza porque não quero que ela seja uma criança chata e insuportável igual a mãe.

Carol: ótimo argumento, agora me dá ela aqui porque meus peitos estão enchendo de leite.

- vai lá boneca, se afoga naquelas tetas gigantes - entreguei a Bia e a bichinha foi igual uma sangue suga nos peito da Carol - isso dói muito?

Carol: doeu no primeiro mês, eu quase morria a cada sugada, mas agora é mais de boa.

- dói mais que o parto? - comecei a rir.

A Carol odiava falar sobre esse assunto porque todo mundo ria quando eu contava.

Carol: eu não vou falar nada com você. Vai lá pegar uma garrafa de água pra mim.

- e a palavrinha mágica?

Carol: não tem, prefiro tacar um chinelo na sua cara como incentivo - continuei aonde estava - por favor Laura, que saco.

Duas Vidas - 1 e 2 Parte (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora