Capítulo 31

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Belo Horizonte - MG
Terça feira - 9:34am

Laura narrando

Acordei um pouco mais tarde por conta do horário que cheguei ontem e fui tomar banho antes de começar a fazer minhas coisas. Agora que voltei a fazer shows, minha agenda está bem cheia e eu quase não tô parando em casa, então qualquer tempo de lazer é lucro.

Tomei meu banho, aproveitei pra lavar meu cabelo, fazer uma hidratação e dar uma esfoliada na pele, mas ainda sim eu tava um bagaço.

- Carol, marca um salão pra mim por favor? Meu cabelo tá muito quebrado - falei entrando na sala e vendo ela assistindo filme.

Carol: pode ser no último que você foi?

- não, ele é sem noção e fofoqueiro demais.

Carol: tá, vou olhar uma opções e te passo - me encarou - como foi ontem?

- ah, legal - ela ergueu as sombrancelhas - tá, foi ótimo - sorri.

Carol: sabia, safada.

- safada nada porque não aconteceu nada entre nós dois, o dia era da minha tia e eu aproveitei bastante.

Ontem foi aniversário da tia rô e nós fizemos uma pequena resenha na casa dela. A Carol não foi porque estava passando mal e o Yago não foi autorizado a sair da clínica porque teve algumas recaídas, então foi só eu, o Mateus, a Andressa, meus pais e umas amigas dela. Foi tudo muito simples, mas tava uma delícia.

Carol: vai me dizer que não teve nenhum beijinho?

Merda, entreguei o jogo todo quando comecei a rir.

Carol: EU SABIA - bateu palmas - sua trouxisse não é mais novidade pra mim.

- vai a merda, você só tá de implicância porque tá com raiva dele.

Carol: coisa que você também deveria estar, mas não, o cara mal olha pra você e você tá lá enfiando a língua na boca dele.

- o que eu posso fazer se ele tem uma boca gostosa? - dei de ombros.

E que boca meus amigos.

Carol: Laura do céu, que decadência - falou rindo e eu joguei uma almofada nela.

- você quer mesmo falar de trouxisse comigo? Sua mulher ficou te enrolando dois anos e meio e ainda meteu o pé depois que o Mateus voltou.

Carol: são situações diferentes, não compara - ri alto.

- diferentes porra nenhuma, os dois fizeram merda e nós duas perdoamos, segue o jogo.

Carol: então tá, mas se ele fizer merda de novo eu não vou falar mais nada, vou pegar a arma da Andressa e dar um tiro na testa dele.

- relaxa, se isso acontecer eu mesmo faço.

Ouvi meu celular tocando no quarto e levantei pra atender. Quando olhei o nome na tela o maldito sorriso brotou no meu rosto.

Ligação on

- oi.

Mateus: iae

- que foi?

Mateus: dormiu bem?

- não muito, tomei meu remédio pra dormir e acabei deitando de mal jeito - falei deitando na cama de novo.

Mateus: tá vendo? Falei pra tu vim dormir comigo e cê não quis, sofreu atoa.

- como se eu fosse dormir né?

Duas Vidas - 1 e 2 Parte (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora