Flashback Moments 2

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O tempo se passou, e Malu continuou com sua cisma. Discutíamos tanto que já estava cansada. O pior dia pra mim, foi quando eu tinha meus 15/16 anos, já estávamos no Ensino Médio, minha mãe já estava ciente de tudo, mas pedi a ela pra não ir à escola pra evitar mais fofoca. No dia da festa de 15 da Izabel, uma menina que começou a andar comigo, Grazy e Beto na 7° série, ia ser uma festa grande e o carinha que eu era a fim na época marcou comigo da gente ficar. Eu não era mais bv, tá gente kkk.

Eu estava super nervosa, na hora, me arrumaria na casa da Grazy, Beto também foi convidado e levaria o primo Carlos, que estava morando com ele que se tornou meu melhor amigo da vida. Beto já não era da mesma escola que eu, mas sabia tudo que a cobra me fazia.

Já na festa, eu olhava pra todos os lados procurando o tal garoto.

Eu: Grazy, você acha que ele vem?

Gz: Claro, a Bel convidou ele, fica tranquila. - respirei fundo.

Ca: Quero saber quem é esse daí? Será que vou aprovar?

Eu: Shiu, fica quietinho.

Al: É só ciúme dele, não liga Milly!

Eu: Calma, você vai continuar no meu coração, mas eu não posso dispensar aquele gatinho. - o abracei, ele beijou o topo da minha cabeça. — Ai meu Deus, ele chegou. - me soltei de Carlos rapidinho, ele olhou pra mim e sorriu, acenei.

Ca: Aff, vou dar uma volta! - bufou e saiu.

Eu: Chato! - falei alto pra ele ouvir.

A festa seguiu e nada dele chegar em mim, eu já tava pronta pra aceitar que fui enganada quando ele chegou. Grazy pediu licença e saiu nos deixando a sós. O nome dele era Kaik.

Ka: Oi, desculpa a demora, é que você tava sempre com seus amigos e não quis atrapalhar.

Eu: Imagina, poderia ter vindo, sem problemas. - ele sorriu.

Ka: Você tá muito bonita.

Eu: Muito obrigada, você também.

Ka: Tá afim de dançar? - assenti e fomos.

Nós dançamos, conversamos bastante também, às vezes, eu sentia Carlos nos olhando, mas eu nem liguei.

No meio de uma música mais lenta, Kaik foi se aproximando mais e mais, e quando estava quase rolando o nosso beijo, ele se afasta e começa a rir. Olho confusa pra ele, sem entender nada.

Eu: O que foi?

Ka: Você acha mesmo que eu ia ficar contigo? - ele falou em puro deboche, eu ria de nervoso.

Eu: Mas Kaik…

Ka: É óbvio que eu não ia ficar com uma garota como você. - primeiro tiro, dei um passo pra trás com a cara assustada. Eu me proibi de chorar ali, mesmo que meus olhos gritassem por isso.

Ma: O que foi Milly? - ouvi a voz da falsa — Você ainda não entendeu que ninguém nunca vai te olhar desse jeito, não tem nada certo em você. Eu não sei como consegue ter amigos, sendo uma idiota assim que cai em qualquer papinho por aí. - minha respiração falhava, uma certa movimentação já vinha ao nosso redor, e eu já estava cansada de aturar essa ridícula. Carlos estava pronto pra me levar dali quando puxei meu braço. — Com licença. - ela se aproximou de Kaik e o beijou, segundo tiro.

Eu: Olha aqui filhote de perua - puxei seu braço pra que ela olhasse pra mim — eu não sei como você consegue ter amigo, sendo tão fútil e vazia, sem interesse algum pelo que realmente tem valor. Eu não sei como por um momento de insanidade pensei que você era “legal”. Mas realmente, vocês dois se merecem, me desculpa se a minha felicidade te atrapalha, prefiro ser essa estranha do que ser uma pessoa que precisa fazer mal aos outros pra ficar bem. Eu devia meter a mão na sua cara de imbecil, mas prefiro não me rebaixar e muito menos correr o risco de “quebrar minhas lindas unhas” - falei em tom sarcástico. — Por favor, me esquece, finge que eu não existo porque na próxima gracinha, eu não vou poupar nem um fio de cabelo seu, eu juro.

Fui falar com a Bel, pedi desculpa e saí dali, chamei um táxi e antes dele chegar Carlos estava ao meu lado em silêncio. Ao entrar no táxi foi que eu descarreguei tudo que tava preso.

Eu: Eu realmente devo ser uma idiota por ter acreditado que ele ficaria comigo. Por quê? Me fala Carlos! - ele me abraçou tão forte que eu queria morar ali.

Ca: Aquele cara não te merecia, você é muita coisa praquele lá. Eu só não fui pra cima dele porque eu sabia que precisaria estar aqui agora com você. - ele falava tão terno e sereno.

Eu: Ou talvez eu que não mereça. Eu tô cansada dessa menina, eu tô cansada de fingir que não me atinge. Talvez eu seja uma fracote, não seja digna que nenhum garoto olhe pra mim mesmo… - ele segurou em meu queixo pra me fazer olhar pra ele.

Ca: Nunca mais repita isso, você é forte e tem muito valor, nenhum deles que são dignos de tê-la em suas vidas, entendeu? - ele secou em vão minhas lágrimas que insistiam em cair. Me acomodei em seu peito.

Eu: Fica comigo hoje?

Ca: Sempre pequena.

Depois de toda essa tempestade, terminei a noite ao lado da melhor companhia, na do meu fiel melhor amigo.

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É isso, dois caps hoje, e essa Malu, vocês acham que vai dar bom ela de volta?

Foi de Repente Onde histórias criam vida. Descubra agora