Ao entrar no quarto, ele estava deitado já, parecia dormir, mas sei que fingia. Fui calmamente a cama e me deitei de costas pra ele, ele deixou apenas um cobertor, que truque.
Senti ele se mexendo e de repente, sinto um carinho lento no meu braço o que me causou um arrepio, ele me abraçou e como de costume afogou o nariz na minha nuca.
Sua respiração acabou causando mais um arrepio, cruzes, acho que tenho que parar.
Ca: Desculpa? - não respondi — Mih… olha pra mim - respirei fundo — Por favor. - me virei, mas acabamos com os rostos perto demais. Preferi me sentar, o quarto estava com a iluminação da noite já que a cortina estava aberta. Visto dessa iluminação ele estava bem mais lindo. Esperei ele começar.
Eu: Bom vou dormir já que você não vai falar nada.
Ca: Não faz assim.
Eu: Vou fazer como Carlos? Tô achando que isso não vai dar certo. - disse triste.
Ca: Não fala isso não, por favor. - passou a mão em meu rosto
Eu: Ué, você acha mesmo que vai dar certo, de verdade? Olha pra gente, só discutimos.
Ca: Não tá muito diferente do que já era nossa relação, não é mesmo? - riu fraco
Eu: Completamente, porque nós enquanto amigos, brigávamos sim e era por bobeira, também cinco minutos já estávamos dando um jeito de nos falarmos. Agora, a gente discute e a nossa situação fica feia. Imagina numa situação hem mais grave do que essa, vamos fingir que nem nos conhecemos?
Ca: Não, por favor, não pensa assim
Eu: Eu penso Carlos, porque eu penso na frente, você sabe! E eu não quero esse futuro pra gente, eu ia sofrer muito sem ter sua amizade. - acabou caindo uma lágrima que nem vi.
Ca: Shiu, não vai acontecer isso - secou a bendita lágrima. — Olha me desculpa, eu sei que fui eu que fui o causador da nossa distância, também sei que hoje eu dei pt no carro a toa, você estava brincando. Acontece que se tratando de você o medo de te perder pra quem quer seja fica bem grande e eu fico inseguro. Eu sei que você fala com todos e com seus amigos você se solta e eu prometo não dar pt, mas eu vou falar quando eu achar que tem algo demais, ainda mais com alguns. - fez cara de bravo e eu ri.
Eu: Eu te desculpo, mas eu também devo me desculpar por mais que eu tivesse sendo irônica na hora que eu disse aquilo, não é legal. Você sofreu tanto quanto eu e eu não falo mais disso. Me desculpa?
Ca: Nem precisa pedir Mih - sorriu grande
Eu: Anda, diz que me desculpa logo! - ele gargalhou gostoso
Ca: Tá desculpada garota mandona - agora eu ri da forma que ele disse. Ele se aproximou mais, mais, mais. Nossas bocas já estavam quase coladas — Posso continuar? - perguntou quase num sussurro, eu apenas assenti e nos beijamos, seria maluquice dizer que eu tava com saudade do beijo, não ne?
Curtimos nosso momento feliz mais um pouco, mas não passou do nosso comum, abraços , mordidas, risadas e agora, beijos inclusos.
Ele agora estava deitado de barriga pra cima com as mãos abaixo da cabeça e eu de bruços. Eu o observava, e ele tentava me entender, ele riu com a cara confusa.
Eu: Eu odeio você, seu idiota.
Ca: Hã? Por que?
Eu: Porque quando eu me decido não falar com você, eu falo contigo e ainda te desculpo.
Ca: Ué, simples, você me ama demais pra ficar sem falar comigo. - sorriu de lado. Lindo , pior que ele tava certo.
Eu: Odeio quando você ta certo. - disse naturalmente
Ca; Sério? Simples assim.
Eu: O que, doente?
Ca: Vai dizer que eu tô certo sem reclamar.
Eu: Eu não sou você, a coisa quando é, é e pronto. Quando não se tem argumentos, não há discussão. - expliquei
Ca: Cara, você é muito matura pra mim. Não quero mais você. - brincou.
Eu: Ah é, então eu vou dormir, onde me querem. - peguei o celular, fingi falar — Oi, o sofá esta? Diz pra ele que eu tô chegando pra gente dormir de conchinha. Beijo, tchau. Adeus querido, eu tenho algo a minha espera. - me levantei e fui indo ate a porta.
Ca: Não mesmo, volta aqui garota! - me puxou, me pegou pela cintura, se encostou na parede e me segurou firme me obrigando a encara-lo.
Eu: O que foi? Vai me querer de volta agora? - eu disse ofegante.
Ca: Sempre, até quando você não quiser. - ele foi me beijar, eu fui mas quando chegamos bem perto, me afastei, fiz isso umas três vezes, era legal. - Tá divertido?
Eu: Sim - ri travessa, acabei gargalhando da cara de indignado dele jogando minha cabeça pra trás.
Ca: Cheirosa, cheirosa… - ele disse enquanto dava cheiro em meu pescoço, alem de me arrepiar me deu cócegas.
Eu: Carlos, ta me dando cócegas, para. - agora ele distribuía bitoquinhas, eu já tava me derretendo — É sério, para.- ele parou me encarando.
Ca: Já parei - ele mordeu meu queixo, lábio inferior e enfim me beijou, eu não lutei nem um segundo. — Acho que tô ficando viciado em você.
Eu: Cala a boca! Vamos dormir. - me soltei dele, essa reação? Simples! Tô com vergonha e ele sabe disso.
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E tudo acabou bem...
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Foi de Repente
Подростковая литератураJá parou pra pensar que em algum momento da sua vida, as coisas acontecem, e as consequências não eram bem as que vocês esperavam? . . . . . . . . . . . . . . . . . . _Também postada em: 📍social spirit 📍dreame