CAP 60

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Entramos no meu quarto, lavei minhas mãos e me joguei na cama, ela ainda comia.

Eu: E então? Ele te falou?

Li: Sim. - foi direta

Eu: E como você tá?

Li: Não sei - respirou fundo e comeu o ultimo pedaço de pizza — Eu tô bem chateada com essa situação, porque eu acho que se isso aconteceu foi porque ele deu abertura pra ela. - olhou pra baixo.

Eu: Mas ele não te trairia nunca Aline, você sabe. Eu ouvi ele recusando, é sério!

Li: Eu sei - fungou — Eu só me sinto culpada dessa garota ter ficado aqui - secou uma lágrima e me olhou — Fui eu que permiti isso, saco! Olha o que deu?!?!

Eu: Nada disso é culpa sua amiga, você não poderia adivinhar. - segurei.

Li: Fomos ingênuos demais - riu fraco — Eu não a amava, longe de mim, mas eu queria que ficassemos num ambiente mais sociável e o Carlos estava com ela, sei lá, acho que seria falta de educação da minha parte. - eu sorri, sempre uma lady.

Eu: Fica tranquila, eu te entendo, o que quero saber é como você e o vacilão estão? Aline, vocês se gostam tanto, não pode deixar essa vaca estragar o relacionamento de vocês.

Li: Litermente, acho que todos nós lhe devemos desculpas por não te escutado você.

Eu: Talvez três de vocês. - ela sorriu comigo. — Esfria essa cabecinha, tira essa culpa, amanha você conversa com ele com mais calma, apesar que ele não vai se aguentar e vai tentar falar com você.

Li: Eu sei, aquele idiota. - sorriu apaixonada.

Eu: Que você ama, né?

Li: Pois é. - a abracei. — Me desculpa mesmo assim.

Eu: Não precisa, esquece isso, ok? - ela assentiu. — Vamos lá fora ver se temos mais novidades. - não ia conseguir dormir mesmo.

Saímos abraçadas pra sala, Aline decidiu ir se deitar, não vi Vinicius na sala. Lucas veio até mim.

Lu: Milly, o Vinicius tá meio estranho, sabia?

Eu: Também achei.

Lu: Acho que você devia ir falar com ele.

Eu: Ele tá na cozinha? - confirmou — Vou lá, valeu. - beijei sua bochecha e fui, mas antes consegui notar o olhar insistente de Alberto em mim.

Encontrei Vinicius sentado no banco alto do balcão.

Eu: Ei - o abracei por trás o tirando do seu transe, ele fez carinho no meu braço. — Um beijo pelo seu pensamento. - riu fraco, beijei sua bochecha — O que te preocupa, Vini? - ele se virou pra mim, me posicionei entre suas pernas, me apoiando nas mesmas.

Vn: Não, é só que… - suspirou — Eu fiquei meio assustado com você, não sei. Não achei que você seria capaz de tal coisa, o que fez foi sério amor. - ele dizia sincero, mas faria de novo.

Eu: Olha só, eu fiquei fora de mim, eu já tava preparada psicologicamente esperando que ela aprontasse e então a fiz lembrar do que eu avisei assim que ela decidiu reaparecer. Eu não me arrependo nem um pouquinho. - ele me olhou meio com cara de bronca.

Vn: Você acha mesmo que teve necessidade? - cruzou os braços, revirei os olhos e me afastei.

Eu: Então, vai defendê-la agora, tudo que eu menos preciso nesse minuto é que você, o meu namorado, me dê sermão por defender os meus amigos daquela vagabunda.

Vn: Eu não tô defendendo, amor, entenda. Eu só achei demais, fiquei surpreso, assim como os outros. Eu só quero que pense um pouquinho.

Eu: Vinicius, essa menina é tóxica onde chega tem estrago. Ela por muito tempo de sua vida me fez um mal tremendo, eu a superei e a babaca resolveu voltar pra jogar e resultar nisso  que você viu? Me responde, você está vendo alguém feliz nesse momento? - ele ficou sério e pensativo me olhando — Foi o que pensei, até nós dois estamos aqui discutindo no nosso primeiro dia de namoro, que legal! - ironizei, fazendo um beleza com as duas mãos. — Eu não quero discutir com você também, eu já tenho gente o bastante pra fazer isso, eu não me arrependo de ter posto essa menina infeliz no lugar dela e faria novamente, se precisasse.

Vn: Ok, me desculpa, eu também não quero brigar. - ele se levantou se aproximando.

Eu: Eu sei como você é pacífico, eu também sou, mas isso foi necessário, acredite! Agradeço por ter sido franco comigo, mas entenda que, meu pensamento não mudará nem um pouquinho. - Cruzei os braços agora com um sorrisinho de canto, ele me abraça pela cintura.

Vn: A namorada mais cabeça dura que existe. - sorri assentindo — Mas é dela que eu gosto. - deu-me um selinho demorado que virou um grande beijo logo após, estávamos resolvidos e isso me deixou muito aliviada. Tivemos nossa primeira “discussão” e mesmo com a maldita longe, ela consegue trazer problemas, mas acho que agora ela aprendeu.

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Um pouquinho da Aline.
Vilena' já assim no primeiro dia de namoro. Tão do lado de quem?

Foi de Repente Onde histórias criam vida. Descubra agora