CAP 39

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Eu não sabia que era tão importante assim pra alguém, e ele me fez me sentir uma pessoa melhor e me fez lembrar dos meus outros amigos que são muito importantes pra mim. No meio do caminho, Line me ligou e pediu pra eu ir pro Beto já que os dois queriam falar comigo e todos estavam lá. Cheguei e fui recebida por Fê.

Fe: Que cara é essa Milly?

Eu: Nada, tava resolvendo umas coisinhas. - me abraçou pelo ombro e me acompanhou. — Cheguei cambada, o que querem? - recebi olhares estranhos e preocupados.

Gz: Tá tudo bem?

Eu: Está sim amiga - me sentei ao seu lado e a abracei forte. — Line, joga a bomba.

Li: É uma bomba maravilhosa, teremos a casa de praia do meu tio pra nós, mês que vem.

Eu: Mentira!! Aquela casa/mansão mara/top? - assentiu — Adoro.

Iz: Já quero e estávamos pensando em comemorar o seu niver lá.

Eu: Sério? Eu ia adorar comemorar com vocês - bati palminhas. — Eu quero uma festa de arromba, só pra avisar.

Gz: Vai ser cara, vai ser demais!

Al: Milly, vem comigo, eu preciso falar com você.

Ca: Eu vou junto.

Ma: Fica aqui comigo… - miou pra ele que revirou os olhos.

Ca: Vou na cozinha, dá um tempo Malu, por favor - ela cruzou os braços.

Me levantei e os acompanhei pra cozinha, mas escutei “Ai Maria, para de ceninha, que saco” da Gabs. Ri com isso.

Eu: Seja o que for, não fui eu! - apesar do que houve mais cedo, agia normal ou tentava, eles riram

Al: Milly, você sabe que eu te tenho como uma irmã, né? - assenti — E que eu te amo MUITO e é por isso que eu me preocupo com você.

Eu: Tá, você tá me assustando - eu o olhava confusa.

Al: Então Milena, você pra mim é uma princesa, minha pequena e eu já tô sabendo que um certo rapaz chamado Vinícius dormiu lá e… - comecei a rir.

Eu: Não acredito Carlos!  Você não existe - gargalhava — Você contou pra ele?

Ca: Claro!  Ele tinha o direito de saber.

Al: Então aconteceu?

Eu: Não! Tá louco? Vocês dois, me ouçam, não aconteceu nada, o Vini só dormiu lá.

Ca: Mas dormiu - retrucou

Eu: Foi a primeira vez que ele dormiu lá e é natural né, estamos ficando, porém não houve nada, vocês irão saber se caso acontecer algo seja com ele ou não. - Beto respirou aliviado.

Ca: Eu vou saber também? - perguntou baixo.

Eu: Vai sim - peguei em sua mão — Não sei se lembra, mas pra mim amizade acima de tudo. Vocês - peguei agora a mão de Beto — são os homens da minha vida, ninguém vai substituir vocês mas um dia eu vou encontrar alguém e eu espero que aceitem e respeitem essa pessoa. - olhei diretamente pra Carlos porque ele era meu principal problema, mas apesar de tudo, ele é meu melhor amigo, ainda acredito nisso. E eu estava disposta a resgatar nossa amizade.

Ca: Tá, eu vou tentar. - revirei os olhos.

Eu: Meu bem, você tem uma namorada pra cuidar  e você também Alberto, então parem de tomar conta do meu rabo faz favor.

Al: Ih me respeita menina. - rimos. Ele beijou minha testa e saiu.

Ca: Mih, me desculpa tá? - olhei pra ele — Eu deixei nossa amizade de um jeito que nunca imaginei e nós somos melhores amigos, né? - cruzei os braços séria.

Eu: Sim, nós somos, mas você com essas atitudes fica meio difícil, porém você está oficialmente desculpado, só não peça pra eu ser cordial com a sua namorada, não vai rolar. - ele riu

Ca: Eu sei muito bem. - o abracei — De ter feito isso, eu me arrependo, mas por hoje mais cedo... - segurou minha mão.

Eu: Olha, não aconteceu tá? Vamos esquecer. - falei firme ou achei que falei.

Ca: Não, eu não quero esquecer - ele falava baixo e se aproximou mais.

Eu: Você precisa - minha voz nem saía direito devido nossa proximidade, sua boca tava tão proxima a minha que, não sei, isso é errado, não é?!?

Ca: Mas eu não quero - segurou meu rosto em suas mãos. — Eu tô vacilando, mas a única coisa que eu preciso agora é… - deu um passo colando nossos corpos, minhas maos foram pra sua cintura, numa falha tentativa de afastá-lo. Sem esperar minha resposta, ele mordeu meu lábio fazendo um velho arrepio surgir. — Eu preciso disso. - ele me beijou e eu? Idiota, cedi, merda, por quê? Era um beijo lento, ele queria me dizer algo, eu sei. Ele me puxou pela nuca e sua outra mão foi pra minha cintura.

De repente, voltei a mim, não era justo com Vini, o empurrei.

Eu: Carlos não! Meu Deus, por favor, isso não aconteceu e não vai mais acontecer, ouviu? - eu respirava tão fundo. Bebi água e pus minha melhor cara no rosto e saí de lá sem olhar pra trás.

Pessoal parecia feliz por não aparentar mais nenhum climao, mal sabiam e iam ficar sem saber, a única que não curtiu foi Malu, mas é aquele ditado né “vamo fazê uq?”

Gz: E então? - me perguntou assim que sentei ao seu lado.

Eu: O que? - eu tava meio perdida ainda.

Gz: Você e o Carlos, se acertaram? - ele apareceu na sala com um sorriso de canto, desviei meu olhar dele.

Eu: Sim, é… acho que sim. - sorri forçado.

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Então é isso! Carlos assim cê me complica cara!

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