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Toji Fushiguro - Hot

18+ menção leve à degradação e uso de substâncias ilícitas.

Não apoio o uso de drogas.

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   Se passam das uma da manhã... Estou bebendo e fumando para esquecer, venderia cada órgão do meu corpo por minutos de paz.

   Meu vestido preto está grudado ao corpo pelo calor que esse lugar faz, lotado de gente esquisita, cheirando a grana, droga e sexo.

   Tudo é decisão.

   Então decido esquecer. Pego mais um comprimido lilás, ponho embaixo da língua sentindo o gosto doce e a textura de farinha que se dissolve rapidinho na minha boca. Bebo meu vinho rosé e me levanto da droga da cadeira.

   Finalmente minha bunda sente o sangue circular. Balanço a cabeça como se isso fosse afastar a tortura que senti, caminho a passos decididos para o meio da pista, os saltos altos me fazem ao menos 15cm mais alta, me sinto dona do mundo.

   Neste momento, sinto meu corpo arrepiar, tudo parece intenso e mágico, as cores estão mais vibrantes, meu corpo mais leve, minha mente parece submersa, meus pensamentos distantes demais para que eu os alcance. O efeito inicial é bom, mas o fim é como uma devastadora ressaca que te puxa para baixo e te prende numa confusão de fleshs e sonolência.

   No meio daquele monte de gente suja, uma música sexy toca, a voz é quase um sussurro.

   Levanto as mãos remexendo os quadris, sinto a euforia correr nas minhas veias, desço as mãos pelas laterais do corpo e sinto alguém atrás de mim.

   Me viro pronta para afastar seja quem for, mas porra.

   Não consigo evitar em sorrir safada ao ver o cara. Ele é enorme, cicatriz no canto da boca, rosto esculpido, cabelos negros, olhos penetrantes, pele de porcelana, uns 27 anos... Seu corpo é tão robusto que encobre o meu.

   Ele não perde tempo ao me ver consentir sua aproximação, quando eu me viro, suas mãos descem pelo meu ventre me colando ao seu corpo. Estico meus braços cruzando os dedos atrás de sua nuca fria, sua mão esquerda sobe lentamente entre os meus seios e aperta o meu pescoço, enquanto a outra está em meu quadril, seus dedos dentro da fenda do vestido tocando minha coxa.

   Danço com gosto e quando a música acaba, ele me vira para si sorrindo ladino. O mundo parece queimar ao meu redor.

   Ele se curva um pouco, aperta meus quadris contra seu corpo musculoso, seus lábios terrivelmente próximos aos meus ouvidos.

   — Tá afim de sair daqui? — sua voz é rouca, sexy, firme.

   Deve ser um pecado gemendo.

   — Me tira daqui — respondo olhando para cima.

   Ele pega na minha mão, o dobro do tamanho da minha...

   Que tesão.

   Caminhamos para fora da balada onde tem poucas pessoas se pegando e conversando, paramos em frente a uma moto grande e preta, combina com ele. Ele sobe ligando o motor e me entrega o capacete, ao esticar o braço suas veias ficam aparentes.

   — E o seu? — questiono olhando ao redor para ver se ele tem outro.

   — Não tem outro, é pegar ou largar, boneca. — seus olhos são pretensiosos e eu reviro os meus pondo a proteção e subindo na moto.