Nanami - Hot

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18+ vanilla

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   Eu já tinha visto o loiro algumas vezes na garagem do prédio, na academia do bairro, no mercado... nossos horários se batiam várias vezes. E nos encaravamos sem muito pudor, discretos, mas não se negava desejo e interesse.

   Nunca chegou a acontecer nada e nesse interim eu comecei a ficar com um cara e logo virou um relacionamento.

   Estava me recuperando do término. Durante o curto e torturante relacionamento eu não via ninguém do prédio, ninguém mesmo, não era um prédio grande e tinha muitos idosos. Devido a confusão que meu ex causou no escritório, eu acabei sendo demitida e voltei a trabalhar em casa.

   Não me sentiria pronta para trabalhar em escritórios nem tão cedo.

   O clima está de chuvas intensas, mesmo assim a faxineira veio logo cedo, eu tinha passado a noite virada escrevendo, então quando ela chegou por volta das sete horas da manhã, eu fui dormir.

   Pouco tempo depois do almoço ela me pediu para abrir o portão de baixo, desci de pijama, sem me importar já que no período da tarde nunca tinha ninguém no prédio.

   Eu trajava um short leve de cintura baixa e uma blusa curta que mostrava o umbigo. Nos últimos seis meses eu não tinha encontrado com ninguém à essa hora, então me acostumei a descer de pijama.

   — Boa tarde — a voz grossa cumprimentou quando abri a porta do salão.

   Ele não tinha visto quem era, estava olhando algo no celular e apenas saudou por educação ao ouvir a porta destrancar.

   — Boa tarde — eu e dona Lenna dissemos juntas e ele levantou o rosto.

   Nossos olhos se encontraram rapidamente e desceram para minha pernas expostas, ele voltou o rosto ao celular e dona Lenna se despediu de mim.

   Voltei para o apartamento hiper constrangida e quando me olhei no espelho da sala tive tanta vergonha que poderia ter tido um colapso nervoso.

   Meu cabelo estava uma bagunça volumosa, o short estava tão baixo que mostrava a barra da calcinha de renda. Gemi de frustração.

   Só poderia ser brincadeira que um dos homens mais bonitos que eu já vi tinha me visto desse jeito. Era uma droga, já tínhamos nos visto em diversos momentos, mas eu estava apresentável!

...

   Semanas depois esse ocorrido me caiu no esquecimento. Mas agora mesmo, em plena madrugada, eu me encontrava sentada no degrau de entrada do prédio.

   Eu tive uma recaída com meu ex, quando acabou, eu levantei para ir embora, ele não aceitou, pegou minha chave e jogou pela janela do décimo segundo andar para me obrigar a ficar lá, desci com o ódio percorrendo minhas veias.

   Não ficaria lá de jeito nenhum. O bonito foi quando eu cheguei na frente do prédio e interfonei para o apartamento do síndico, ele vivia viajando, então não era novidade que não estivesse.

   Sempre fui introvertida e individualista demais para aprofundar amizades, isso piorou quando mudei de país, ou seja, eu não tinha nenhuma amizade. Estava sem dinheiro para hotel e a vontade de chorar crescia junto a raiva que ia embora.

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