Naruto - Confort

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Pode conter gatilhos sobre problemas familiares, abuso e violência. Final feliz 😈

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   Eu finalmente estava realizando meu sonho, faculdade de medicina... agora, eu tenho 22 anos, e os sentimentos que eu tinha foram calados ao longo do tempo.

   Minha vida estava sempre de ponta cabeça, então, ignorar os sentimentos me ajudava a ser racional sobre minhas escolhas.

   Agora mesmo, eu desviava o caminho do corredor para não esbarrar em Sasuke e Sakura. Não é como se eu não gostasse deles, mas é complicado. Por anos eu fui apaixonada pelo Itachi e Sasuke por mim, mas o mais novo era como um melhor amigo, o problema foi quando eu não correspondi aos seus sentimentos, ele se juntou com uma prima minha e me difamou para Deus e o mundo.

   Meu consolo na época, foi saber que Itachi bateu nele. Mesmo que eu tenha me sentido culpada depois, afinal, Sasuke tinha uma admiração enorme pelo irmão ao tempo que se sentia a sombra dele, que carregava a imagem de homem perfeito.

   Depois de tanto tempo, eu o perdoei, ele começou a namorar, mas ainda vive atrás de mim e eu não quero conflitos com a Sakura.

   — Bom dia, S/N — a voz de Itachi me fez parar.

   — Bom dia — sorrio para ele.

   Fazia alguns anos que eu tinha me declarado, por ele não corresponder, matei aos poucos os sentimentos, mas ele presava nossa amizade.

   — Quer ajuda com a sala? — perguntou se pondo ao meu lado, aquilo trazia um conforto imenso, eu odiava locais lotados demais.

   — Eu vim semana passada para não ter problemas em encontrar — respondi e ele acenou.

   — Certo, me procure se precisar de ajuda — ofereceu com um sorriso.

   Ele fazia medicina há três anos ali.

   ...

   Já era final de tarde e eu desci para biblioteca, não queria voltar para casa. Meus pais estavam separados mas moravam sobre o mesmo teto, eu deixei o trabalho para seguir meu sonho.

   Meu pai abusava de mim desde a infância, eu cheguei a contar para minha mãe, o que resultou na "separação", mas implorei para que ela não dissesse a ele o que eu tinha dito, ele me mataria ou faria pior do que já fez.

   Mesmo demonstrando preocupação, depois de alguns meses, minha mãe começou a invalidar o que eu passei e a não ligar para as interações invasivas que o meu pai fazia.

   Era triste e pesado de carregar, mas meu pai era conhecido demais para que eu pudesse desabafar com alguém.

   Meu celular vibrou no bolso e eu decidi atender antes de entrar na biblioteca. Apenas de olhar o nome do contato, minha ansiedade já dava sinais claros pelo meu corpo.

   — Oi mãe... — cumprimentei ao atender.

   "Onde está?"

   — Na faculdade — onde mais estaria?

   "Viu Itachi?" Claro, ela tentava me jogar para cima dele sempre que possível.

   — Uhum — respondi com desânimo.

   "Peça para ele vir lhe deixar em casa, ok?" Suspirei.

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