Merda!

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Chiswick – Acampamento – Alec

Faltavam apenas algunas horas para que a lua tomasse o lugar do sol no céu. Os soldados estavam montando as barradas e arrumando lenhas para a enorme fogueira que iria fazer no centro. Iriam planejar as rondas e os lugares para colocarem comida e bebidas.

—Primo.—Alec respirou fundo, ou não conseguiria segurar o impulso se enfiar a espada no peito de Gabirel.—Eu sei que você está acostumado a dividir a barraca com Jace, mas ele disse que não teria problema se você ficasse essa temporada com Magnus.—Alec olhou para Magnus, oque estava evitando até agora, ele parecia meio perdido no meio disso tudo. Alec sentiu que precisava ajudá-lo.

Alec procurou em volta por Jace, mas não o encontrou. Ele olhou para Gabriel e Magnus a sua frente, e então disse:

—Tudo bem.—ele se forçou a dar um leve sorriso.

—Boa sorte.—disse Gabriel antes de sair pelo acampamento e sumir pelos soldados.

Alec abriu sua tenda para que Magnus entrasse. Ele era o príncipe herdeiro do trono, então a única tenda melhor era o do próprio rei.

Dava para ficar em pé dentro dela, até mesmo Alec que era muito alto, tinham duas camas de lados apostos, uma mesa no fundo com bebidas. O do pai era exatamente assim, só que com quase o dobro.

Ele estendeu uma das mãos para a cama a esquerda e Magnus se sentou nela.

—Eu vou falar com meu pai.—disse Alec.—Fique avontade.—ele sorriu antes de sair da tenda.

Alec andou pelos acampamento a procura de Jace. Primeiro nos soldados, ele sempre estava por perto, ele sempre dizia que se quisesse comandá-los um dia como seu pai teria que entendê-los, conhecê-los como ninguém. Alec o admirava por isso. Depois ele foi a tenda do pai, mas ele também não estava, apenas Michael, que disse que o filho estava em sua tenda. Alec entrou na tenda de Michael e lá estava Jace na mesa enchendo sua taça de vinho.

—Já sentiu saudades?—perguntou Jace sem olhar para trás. Alec se sentou em uma das camas

—Oque Gabriel está querendo?—Jace o entregou uma taça com vinho.—Primeiro ele disse que era para convidar Magnus, e depois quando eu não o fiz, ele fez por mim. E agora me colocou na mesma tenda.

—Acha que ele quer fazer com que você ceda?—Alec arregalou os olhos para Jace.—Você sabe, agora é um momento...

—Não.—disse Alec subitamente, ele não queria falar sobre isso.

—É só Magnus.—disse Jace tentado tirar toda a tenção de Alec.—Você dá conta dele.

Alec levou a taça de vinho a boca e não respondeu, não respondeu por que ele não sabia se podia dar conta.

A noite caiu rápido, e para o jantar naquela noite eles trouxeram comida do castelos, pois só caçariam no dia seguinte. A noite foi de muita conversa e bebida. A maioria dos soldados já tinham se retirado, amanhã seria o primeiro dia e eles tinham que estar dispostos, então apenas um ou outros cambaleavam pelo acampamento.

—Eu vou dormir.—disse Jace entrando para sua tenda. Alec sabia que Jace sempre se controlava mais na presença do pai.

Alec começou a ir em direção a sua tenda. Ele sabia que Magnus estava dormindo. Ele havia saído da fogueira a um bom tempo alegando que precisava descansar. Mas Alec evitou o máximo que pode não voltar para o tenda, não quando Magnus dormia sobre ela.

Alec se deitou e olhou para a cama de Magnus de frente para sua. Ele abraçava o cobertor ao invés de se cobrir e estava deitado de costas para Alec, sua bunda levemente empinada. Alec se deitou, virou de costas para Magnus e se forçou a ficar quieto em silêncio até que adormecesse.

—Alec?  Alec....Alexander.—Alec escutou alguém o chamando e um mão o balançando, quando ele se sentou na cama rápido demais ele quase esbarrou em Magnus.—Desculpe, eu achei ter escutado você chamar meu nome e eu...—O olhar de Magnus desceu e Alec seguiu seu olhar.

Alec se levantou rapidamente e andou até o final da tenda ficando de contas para Magnus, suas mãos contra seu pau duro.

—Me desculpe, eu vou sair.—E então Alec ouviu passos.

É claro que ele estava de pau duro, ele havia sonhado com Magnus. Ele sonhou que eles lutavam como na primera vez no castelo. Sonhou com a pele morena de Magnus  brilhava, como seus movimentos ágeis poderiam ser usados em outro lugar a não ser o treino. Em como Alec via seu sorriso de lado como um convite para agarrá-lo e beijá-lo até que não existisse nenhuma roupa e nada o impedindo de tocar aquela pele e cabelos que ele sabia serem macios.

—Merda!—murmurou Alec socando a mesa. Ele tentou controlar a respiração, tinha que ficar mole novamente. Precisava encontrar os outros.

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