Realeza

Vou te levar para cama

Chiswick – Isabelle

Isabelle estava em seus aposentos, ela queria ir para o refúgio deles, mas poderia encontrar com Aline lá, então ela achou melhor não. No caminho ela pegou um jarro de vinho que já estava pela metade.

Izzy sentiu raiva de Aline por falar daquele jeito com ela, mas sentiu ainda mais raiva por Clary ter escutado. Ela precisou colocar Clary em seu lugar, precisou falar aquilo, mas ela nunca ficaria com a ruiva.

Izzy queria ir a caça com o pai. Atirar em coisas, beber até cair e ficar em volta de um fogueira contando histórias parecia ótimo para ela. Mas como sempre, mulher não podiam fazer muitas coisas. Izzy não podia caçar, não podia treinar, ir a festas fora do castelo, ficar com mulheres, muito menos ascender o trono, mesmo se Alec não existisse.

Izzy dava jeito em algunas dessas regras idiotas como treinar com Jace no refúgio, sair a noite para a floresta de Pimlico festejar e usava o sala da lareira para se divertir, mas algunas coisas não haviam como mudar.

A porta se abriu e Max passou por ela correndo até Izzy e se jogando no colo dela, já sentada na cama ela se deitou por completo.

—Ele queria te ver um pouco.—disse Maryse entrando no quarto e olhando os dois filhos entrelaçados na cama. Izzy fez cócegas em Max e depois ele se sentou.

—Eu queria ter ido com o papai.—disse Max cruzando os braços.

—Eu sei. Eu também queria.—disse Izzy sem olhar para a mãe, pois sabia que Maryse a olhava com cara feia por incentivar Max.—Quem sabe na próxima nós não nos encondemos em um dos baús.—propõe Izzy e pula em cima de Max denovo o fazendo cócegas.

Izzy largou o irmão e levantou o olhar para a mãe. Maryse a olhava com brilho nos olhos, ela amava ver os filhos juntos, nem que seja só dois deles.

—Você está bem?—Maryse não fazia esse tipo de pergunta para Izzy, ela sabia que a resposta não era boa, conhecia a filha o suficiente para saber disso.—É, eu sei.—disse ela com compreensão.

—Ela é boa para ele.—disse Izzy. Ela sabia disso, nunca discordou, não era por achar ao contrário que ela não gostava de Clary.

—É isso oque mais te incomoda?

—Aí.—As duas se viraram para trás e viram Max com o dedo na boca, Maryse andou até ele e quando tirou o dedo da boca estava sangrando.

—Oque eu falei sobre adagas aonde ele pode mexer.—repreendeu Maryse.

—Oque eu disse sobre mexer nas minhas coisas ? —Maryse a encarou.—Desculpe pequeno.—Izzy passou a mão pelos cabelos de Max.—Daqui uns anos vou te ensinar a cortar outra pessoa com ela, e não a si mesmo.—Izzy sorriu, Maryse se virou para ela e depois de um segundo abriu um breve sorriso.

—Venha se juntar a nós para o jantar.—ela pegou Max no colo e saiu do quarto de Izzy.

Izzy respirou fundo, se preparou para encontrar Clary e aquela amiga dela, ainda mais agora que não tem mais Aline do seu lado.

A mesa estava vazia pela falta dos homens. Maryse sentada em seu lugar de sempre, Max na cadeira no pai e sorria por isso, Bárbara estava sentada entre Maryse e Jia, as duas vendo se ela estava bem da gripe.

Do outro lado estava Clary, Emma e Aline, uma após outra. Havia três cadeiras vazia. A de Alec, ao lado do rei, a de Izzy depois dele e outra que era de Aline ou de Jace. Hoje Aline decidiu que seria de Jace, por que ela se sentou na próxima. Izzy andou tranquilamente e se sentou na cadeira de Alec e enquanto pegava sua comida conversava com Max que parecia entediado.

Clary, Aline e Emma foram as primeiras a saírem da mesa, depois Bárbara, alegando que ainda  estava um pouco enjoada. Maryse pegou Max logo em seguida e o levou para dormir. Izzy ficou bebendo com Jia por um tempo, mas depois ela também se foi. Izzy continuou ali mesmo depois que os empregados retiraram a mesa, deixando apenas a jarra de vinho. Izzy encheu seu copo mais uma vez e se reencostou na cadeira.

Ela tinha perdido a conta de quantas taças havia bebido. Sua cabeça girava, mas ela não conseguia parar, preferia isso a qualquer outro sentimento. Izzy tomou todo o vinho de uma vez e pegou o jarro novamente e encheu a taça, quando iria levá-la até a boca uma voz soou atrás dela.

—Não acha que está bebendo demais ?—Ela se virou para olhar, a cabeça doendo com o movimento.

—Oque foi, se perdeu?—a voz de Izzy saiu cortada e um pouco alterada. Ela sabia que tinha passado de seu limite, que tinha que se deitar e dormir até amanhã. Ela não era novata nisso.

—Na verdade, eu estou exatamente onde quero estar.—disse Clary se aproximando de Izzy.—Eu vim conversar com você Izzy, fazer as pazes, mas não sabia que estava nesse estado.

—Nesse estado?—perguntou Izzy sorrindo. Ela tentou se levantar, mas acabou caindo.—Merda!—murmurou ela. Clary já estava ao lado dela no chão, suas mãos a ajudando a ficar de pé. Para Izzy ela era apenas um borrão avermelhado.

—Vem, eu vou te levar para cama.—Izzy a encarou. Ela estava humilhada demais para deixar que Clary, logo ela, a levasse para cama, mas não tinha mais ninguém e Izzy não queria que a mãe a visse assim. Então, Izzy acabou deixando ser levada.

Ao chegar no quarto Izzy se apoiou sobre a janela de seu quarto e vomitou, não importando com quem estivesse lá em baixo. Ela sentiu mãos esfregando suas costas, segundos depois havia uma bacia com água perto para que ela pudesse lavar o rosto e a boca. Izzy não tiroi o vestido pesado ou as joias, apenas se joga na cama.