É isso que acha que eu sou?

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Chiswick – Izzy

—Eu não preciso de uma babá, Izzy.

—É isso que acha que eu sou?—Clary se virou e encarou Izzy.

—Por que está vindo atrás de mim? Achei que não gostasse de mim. Bem, você deixou isso muito claro várias vezes.

—Isso foi antes...

—Antes do seu irmão me trair? Eu não preciso da sua pena.—Clary voltou a andar. Izzy andou atrás dela e pegou no seu braço, Clary a encarou.

—Meu pai se foi, minha mãe se foi, Max se foi. Alec está travando uma guerra dentro e fora de si. Minha família causa destruição por aonde passa, eu só quero consertar uma delas.

—Como eu disse, não quero sua piedade.

—Não é piedade, eu gosto de você. Oque meu irmão fez foi errado, e por mais que eu o ame, sei disso. Eu sei que não precisa de ninguém, mas não quer dizer que não queira ninguém.—Izzy diminuiu o pouco espaço entre elas.—Quando não tiver mais para onde ir ou com quem contar, saiba que eu estou aqui.—Clary virou as costas e seguiu pelo corredor sem olhar para trás.

Izzy voltou para o escritório e os outros ainda continuavam lá. O murmúrio parou quando ela entrou e os olharem se dirigiram a ela. Izzy fez olhou para Alec por alguns segundos e o irmão voltou a falar. A reunião durou por mais algum tempo.

O dia havia sido tão longo e conturbado que Izzy achou que nunca acabaria, mas aqui estava ela deitada em sua banheira com uma taça de vinho e apenas a luz da lua iluminado seus aposentos. Era uma das coisas que ela gostava de fazer a noite sozinha em seus aposentos.

O castelo estava silencioso graças a pausa das festividades em memória do pai e apenas os barulhos da noite lá fora fazia companhia para Izzy.

Izzy pegou o jarro ao lado da banheira e encheu o copo, mas antes de poder levá-lo a boca batidas soaram na porta. Amaldiçoando quem quer que fosse, Izzy pegou a faca ao lado do jarro e se levantou, no caminho se cobrando uma das suas camisolas. Izzy abriu a porta.

As chamas do corredor inundaram seu quarto e a pessoa parada na porta. Em silêncio Clary encarou izzy por alguns segundos, e então Izzy abriu um pouco mais a porta dando espaço para que Clary entrasse. Clary entrou, andou até a cama e se deitou de costas para Izzy.

Achando que poderia ficar louca, Izzy não disse ou pensou em nada, penas se secou rapidamente, trocou a camisola e se deitou na cama ao lado de Clary e fez carinhos em seus cabelos como na noite passada.

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