Eu o amo

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Chiswick – Alec

—Haverá uma despedida, depois disso as carruagem sairão do castelos e passarão pelas vilas para que o povo possa se despedir de seu rei, e então será levado para as criptas e enterrado.—Alec encarava Patrick enquanto ele explicava o caminho que o corpo de Robert passaria até descansar eternamente. Ele encarou Gideon, Michael, Benedict, também responsáveis pelo enterro real.

—Obrigado por isso.—disse Alec.

—Vou estar com ele o tempo todo.—disse Michael com um sorriso de conforto, um que Alec teve que da tudo de si para retribuir.

—Eu também.—disse Benedict.

—Ele iria gostar de tê-los junto a ele nessa última jornada.—disse Alec. Ele olhou para Gideon e Benedict.

—Vamos nos despedir.

Quando Alec saiu do castelo direto para o jardins, o caixão de Robert estava no pátio com a família em volta. Benedict e Gideon pararam a alguns passos e Alec se juntou a mãe e a irmã.

Maryse chorava enquando passavam a mão pelo caixão preto, assim como a roupa de todos presentes.

—Eu vou sentir tanta a sua falta, querido.—disse ela enquanto beijava seus próprios dedos e os levava até os lábios de Robert, depois saiu do caixão para os braços de Jia.

—Eu sonhei com nós sentados no trono, com a coroa em nossas cabeças, com as nossas brincadeiras, em como ele sempre nos escolhia no lugar na coroa.

—Eram bons tempos.—Alec olhou para Izzy ao seu lado, a irmã  tinha os olhos vermelhos.

—Éramos feliz. Do nosso jeito.—Ela sorriu com as memórias em sua própria cabeça, memórias que Alec também compartilha.

Izzy estendeu a mão e pegou a de Alec, eles sorriram um para o outro tentando se confortárem. Alec sentiu uma mão sobre seu ombros, ao olhar viu que quera Jace, o amigo sorria. Ao lado de Izzy, estava Aline.

Os quatro olhavam para a carruagem enquanto ela começava a andar. Então Alec olhou o corpo sem vida do pai sendo levado para longe dele para sempre. A realidade caiu como um peso em cima dele, e seu coração fraquejou.

Michael e Benedict passou por eles logo em seguida de cavalo. Alec olhou para os amigos e sorriu pensando que, se ele morresse algum dia, ou qualquer um dos quatro , os outros estariam ali para escoltarem os corpos um dos outros. Eram eles, aqueles três que o mantiveram vivo e são por todos esse anos.

—Você não pode ir.—Izzy andava de um lado para o outro nos aposentos reais.—Não pode levar Max para longe de nós. Não agora.

—Agora é o momento perfeito. Como quer que ele fique no lugar que o pai dele foi morto?

—Alec ?—chamou Izzy a procura de apoio.

Alec se desencostou da parede e andou até as duas. Jia iria voltar para suas terras naquela tarde e Maryse queria ir com ela. Alec achava aquilo um loucura, achava que a família deveria ficar unida, mas ele via nos olhos de Maryse que ela não suportaria mais viver nesse castelo, nessa quarto, não conseguiria mais dormir naquela cama.

—Se você acha que é o melhor para você e o Max, tem meu apoio, mãe.—Maryse pegou a mão de Alec  e sorriu para ele. Izzy bufou atrás deles, Maryse estendeu a mão para ela, que pegou.

—Eu vou ficar bem. Nós vamos ficar bem.—Ela sorriu para os filhos.—Você será um ótimo rei.—Alec retribuiu o sorriso.

—Preciso mandar que arrumem as coisas.—disse ela apertando a mão deles e saindo do cômodo enquanto limpava as lágrimas que começavam a descer.

—Acha que é verdade ?—Eles olhavam Maryse que ainda andava pelo corredor.—Acha que ela esta bem? Que pode ficar bem?

—Acho que deveríamos deixá-la tentar. Devemos isso a ela.—Alec olhou para a irmã e deu um sorriso fraco.

—Precisamos nos juntar aos outros no sala do trono.

—Eu preciso resolver uma coisa primeiro. Te encontro lá em alguns minutos.—Izzy fez uma breve referência ao irmão e saiu do cômodo.

Alec ficou parado ali vendo a irmã ir embora. Ele respirou fundo e ficou pensando no que poderia dizer a Clary, mas no fundo ele sabia que nada do que ele pudesse dizer a ela faria com que ela o perdoasse. Não depois do que ele havia feito.

Alec evitou todos que pôde enquanto saia do castelo e iria em direção ao jardim, onde foi informado que Clary estaria.

—Se afaste dela.—Gritou Alec. Ele não queria se exaltar, mas não confiava mais no primo, principalmente perto de Clary.—Não o quero perto da minha esposa.

Clary o olhava assustado e com raiva. Gabriel tinha um sorriso sarcástico no rosto.

—Oque significa isso?—perguntou Clary quando Alec a pegou pelo braço e a afastou de Gabriel, que ficou olhando para Alec como se tivesse ganhado a luta.—Pare!—disse Clary se soltando.Alec olhou em volta para verificar se ninguém estava os olhando.—Você não tem o direito de me tratar assim.

—Você não entende.

—Chega!—Alec se calou.—Você não tem o direito de interromper minhas conversas, de me tocar, você não tem o direito de sequer olhar para mim.— Alec deu um passo para trás. Ele gostava de Clary, sempre gostou, e ouvir essas palavras saírem de sua boca o haviam magoado.

—Eu não queria...—Ele olhou para as próprias mãos.

—Eu não importo com oque você queria.—desbravou Clary. Ela estava com tanta tristeza e raiva em seus olhos.—Eu estou perdida.—Lágrimas começavam a se formar.—Meus amigos escondem coisas de mim, meu marido me traiu com um deles, estou distante de casa, distante de tudo que conheço. Não sei mais quem eu sou.

—Você é Clarissa Ligthwood, nascida Morgenster. Você é uma pessoa compassiva, inteligente, bonita, faria qualquer coisa por seus amigos. Você é minha esposa. Você é a futura rainha de Chiswick e a mulher que eu escolhi para passar o resto da vida comigo. Para ser s mãe dos meus filhos.—Os olhos vermelhos de Clary o encaram.—Eu sinto muito por tudo, de verdade, mas esse é quem eu sou, Clary, e não posso mudar. Eu sei que tudo está uma bagunça agora, mas eu prometo que daremos um jeito. Eu te prometo que vou resolver tudo, mas preciso de você ao meu lado. Preciso de você como minha esposa, como minha amiga, como minha rainha. Eu preciso de você, Clary.—Alec entenderia se ela simplesmente se virasse e fosse embora. Por mais que ele a quisesse consigo mais que tudo, ele iria entender se ela não fosse capaz de perdoá-lo ainda.

—Por que? Por que se casou comigo sabendo? Por que me fez passar por tudo isso? Nos fez passar por tudo isso.

—Eu sinto muito pelo que eu fiz. Sinto de verdade.—Alec se aproximou e para sua surpresa Clary não se afastou.—Primeiro eu tentei mudar quem eu sou, depois tentei esconder para que ninguém soubesse. Eu não posso ser um rei se fosse assim. Eu sabia disso, meu pai sabia disso. E clary, há coisas que nem um rei pode mudar.—Clary desviou os olhos de Alec por um momento.

—Você o ama? Eu vi oque faria um pelo outro, mas eu preciso ouvir da sua boca. Você o ama?

—Eu o amo.—Era bom poder falar isso em voz alta.

—Tudo bem.—Clary limpou as lágrimas e ajeitou o vestido.—Temos assuntos da coroa a resolver.—Ela esticou o braço e segurando um sorriso Alec o pegou.

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