Você me destruiu.

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Isabelle – Chiswick/Idom

Gideon foi levado aos aposentos de Izzy depois da morte de Gabriel e o desaparecendo de Benedict. Ele não foi trancado em uma cela, mas estava proibido de sair de seus aposentos. Quando entrou, Izzy mandou os guardas irem.

—Oque aconteceu...Isabelle eu...—Izzy correu e abraçou Gideon. Ao contrário de Gabriel, ela sempre havia amado e confiado em Gideon. E agora sabia que ele estaria se culpando.

—Oque aconteceu não tem nada a ver com você. Você não tem culpa pelo que eles fizeram.

—Eu sinto tanto.—Lágrimas desciam.—Sinto por tudo.—Izzy pegou o rosto do primo em suas mãos.

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—Posso colocá-los dentro do castelo.—dizia Helen. Ela encarou Jace ao seu lado—Julian mostrará o caminho.

—Se der errado, poderemos ser acusados de traição.—disse Jace se remexendo no acento na carruagem.

—Olha oque Tatiana fez conosco, como ajudou Gabriel a nos destruir. Vou acabar com ela de dentro, assim como fez conosco.—Ninguém disse mais nada e Izzy virou seu olhar para a paisagem lá fora.

As palavras de Gabriel ecoavam em sua cabeça e Izzy sentia o ódio crescendo dentro dela. Ela se vingaria de qualquer um que tivesse alguma coisa a ver com a morte de sua família, e então ela se juntaria a eles.

Eles pegaram um atalho pelo bosque para fugir dos soldados de Tatiana nas estradas. Pararam a meio dia de distância e foram a pé. Foi cansativo, mais quando finalmente conseguiam ver o castelo, Helen parou e os encarou.

—Tatiana é nossa inimiga agora, mas sei que outras guerras virão. Quero que prometam que nunca falaram sobre a entrada na qual vamos entrar.—Izzy a encarou por um tempo, Helen temia tanto Tatiana que colocaria a única saída da família real de Idom em risco.

—Por Alec.—disse Izzy em um aceno de cabeça. Helen passou os olhos pelos outros com elas. Aos poucos, Aline, Jace e Magnus concordaram. Helen respirou fundo e continuou andando.

O castelo era bem protegido. Soldados montavam guarda a todo momento. Um menino não muito mais velho que Jace saiu do castelo e ordenou que eles o seguissem e sem questionar eles o fizeram. Helen olhou para eles:

—Agora!—E correu para onde os soldados estavam a segundos atrás, os outros foram atrás dela. Se esgueirando pelos pontos mais escuros, eles chegaram a uma grade enferrujada e entraram. Jace ao lado de Helen conduzindo o caminho e Magnus na retaguarda.

O túnel se estendeu durante minutos, no caminho vários entradas que Helen sabia muito bem qual ser a certa. Uma escadaria apareceu e no topo dela uma porta. Eles subiram a escada lentamente, Helen na frente agora. Ela parou, e então bateu na porta 7 vezes. Segundos depois a porta foi aberta. Dava em um aposento, e o mesmo menino de cabelos castanhos os esperava, assim como roupas de serviçais e armaduras.

Helen havia ficado, Julian dissera que sua parte do trabalho estava feita e que ela precisava pegar os irmãos e se esconder. Julian os conduziu pelos corredores, Izzy e Aline com roupas de serviçais andavam entre ele e Jace e Magnus  que estavam com as armaduras, os soldados em seus postos os encaravam com raiva e nojo.

Os espaços entre os soldados começaram a ficar menores, até virarem um corredor e dezenas de soldados estavam lado a lado, e no final do corredor havia uma porta. Faltava alguns passos para chegarem a porta quando um dos guardas bloqueou Julian.

—A rainha está indisposta agora.—rosnou o homem. Um silêncio se estendeu. O homem encarou os quatros atrás de Julian e suas sobrancelhas se levantaram.—Não os reconhe...—Sangue saiu da boca do homem, e seu corpo encontrou o chão. Julian o havia esfaqueado.

Magnus e Jace enpunharam as escadas, Aline e Izzy as adagas. Os soldados os atacaram e tudo virou um borrão. Julian pegou em seu braço.

—Entre.—Havia raiva, medo e esperança em seus olhos.—Termine com isso.—Izzy concordou, e antes de abrir as portas deu uma última olhada para os amigos.

Quando entrou os aposentos estavam escuros, foi quase tarde demais quando Izzy percebeu que um soldado estava quase em cima dela. Ela desviou tardiamente de seu golpe. Uma risada ecoou. Seus olhos procuraram e acharam uma figura parada ao lado da cama. A atenção de Izzy voltou para o soldados que a atacava novamente. Quando a espada desceu, Izzy colocou uma estátua na frente e ela se transformou em mil pedaços. Izzy se espreitava pelo cômodo, o soldados atrás.

Izzy o observou. A espada era afiada e poderia parti‐la ao meio, mas isso tinha um preço, ela também era pesada, tão pesada que o soldados demorava segundos a mais para levantá-la do que uma espada comum. Era isso.

Ele partiu um móvel de madeira onde Izzy estava a segundos e então levantou a espada novamente. Nesses segundos, Izzy passou por ele e fez um corte no pequeno buraco da armadura na lateral do barriga. Ela sorriu. Do outro lado do quarto, a expressão no rosto de Tatiane foi de diversão a desespero. Urrando, o soldado a atacou novamente, e dessa abriu um corte em sua perna, Izzy se afastou e se recompôs. Ela o observou, dessa vez as falhas em sua armadura.

—Mate ela.—rosnou Tatiana.—Mate ela, seu imbecil.

A espada subiu e Izzy empunhou o punhal, o soldados foi para cima dela novamente. Izzy desviou, e então o apunhalou no mesmo lugar da primeira vez, o soldado se retorceu. A espada desceu, o soldado se inclinado para frente pelo movimento da espada e pelo ferimento. Izzy agarrou sua cabeça e a levantou passando o punhal em seu pescoço, no espaço entre o capacete e o resto da armadura. Primeiro veio o tilintar da espada contra o chão, depois os joelhos do soldado enquanto ele tentava estancar o sangue, e for fim ele parou de se mexer. Izzy o olhou deitado por um segundo, e então voltou sua atenção para Tatiana que estava correndo para a porta. Ela se chocou contra a madeira, e quando a porta não se abriu ela se virou para Izzy novamente.

—Acha mesmo que vai se livrar dessa?—Não importava o quanto ela tentasse ser superior, seus olhos mostravam outra coisa.

—Posso morrer aqui, eu não me importo, mas irei me certificar que você irá comigo.—Izzy começou a andar em passos lentos.—Quero que saiba por que esta morrendo.—Izzy passou seu dedo pela lâmina.—Você vai morrer por que matado minha família, por ter me matado.

—Você parece bem viva para mim.

—Acha que isso é vida?—Gritou Izzy.—Você me destruiu.—Izzy aumentou os passos e enfiou a adaga no peito de Tatiana. Suas mãos pousaram por cima das de Izzy sobre o próprio peito.—Está morrendo por que foi tola o bastante para mexer com minha família.—Izzy se afastou e Tatiana caiu de joelhos, sangue saindo de sua boca. Ela andou até o soldado morto e pegou sua espada.—Vou reinar por décadas, construírem estátuas para minha família, os colocarei nos livros de história. Mas me certificarei que você seja esquecida, que seu fim seja nesse quarto e que seu nome nunca mais seja pronunciado. Pela morte de Max, Robert, Maryse, Alec e Isabelle Ligthwood eu a sentencio a morte. —Izzy subiu a espada, e então a cabeça de Tatiana rolou pelo chão.

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