Ficarei, se assim desejar.

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Chiswick – Alec

Jace havia ido cumprir as ordens de Alec. Izzy saiu do cômodo e Aline e Clary a acompanharam.

Alec fechava os olhos e conseguia ver Max embrulhado em uma toalha ainda suja de sangue, conseguia ouvir o choro ecoando pelo castelo, conseguia sentir o cheiro do pequeno. Sem conseguir mais se manter de pé, Alec se jogou na cadeira, apoiou os cotovelos sobre a mesa e o rosto nas mãos e chorou. Magnus se sentou na cadeira ao lado dele e apenas o abraçou e deixou que ele chorasse.

Um tempo se passou e Alec  ergueu a cabeça, mesmo sem forças, e prometeu a si mesmo que faria isso. Ele ganharia a guerra. Vingaria seu irmão. Sua mãe.

—Sua irmã esta certa.—Alec encarou Magnus.

—Minha irmã está de luto, sua dor está atrapalhando seu julgamento.

—Ela te ama e está com medo de te perder. Eu sinto a mesma coisa, como não poderia ficar ao lado dela? Mas eu entendo, Alec. Eu entendo que tem que fazer isso, mas farei com você.—Alec se levantou e se afastou da mesa.

—Não.

—Irei com você e lutarei na linha de frente.

—Não.

—Você é o meu rei. Esse é meu país. Você é o meu amor. Aonde você estiver, é aonde eu estrei.

—Você não entende. Não posso pensar e nem agir com clareza se estiver em perigo. Tenho um dever como rei de proteger meu povo, mas não posso fazer isso com você lá.—Alec sentia vergonha de si mesmo e não falaria isso em voz alta, mas ele sabia que era um péssimo rei ao pensar que deixaria seu reino queimar para que Magnus não sofresse.—Eu estou implorando. Magnus, por favor, fique.—Magnus andou até ele e pegou seu rosto em suas mãos.

—Ficarei, se assim desejar.—e selou seus lábios.—Mas volte para mim inteiro, Alexandre Ligthwood, ou essa guerra será o menor de seus problemas.—Alec deu um pequeno levantar de lábios. E beijou Magnus novamente.

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