Izzy.....

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Chiswick – Clarissa

Clary abriu a porta de Magnus, mas seu quarto estava vazio. O desespero de que fosse tarde a tomou, mas ela disparou pelos corredores. Ela tentou ignorar Alec atrás dela, tentou ignorar todas aquelas coisas que ele havia dito, por que Magnus era a única coisa que importava, fazer com que ele ficasse era tudo que importava.

Ela já podia ver os jardins, e nele uma carruagem pronta para partir. Clary correu ainda mais.

—Magnus. Magnus, espere.—Magnus, que estava prestes a subir na carruagem e partir, parou e encarou Clary até que ela estivesse bem a sua frente.

—Oque esta fazendo aqui?

—Achou mesmo que seria tão fácil assim?—Clary se forçou um sorriso. Por Magnus.

—Eu já me decidi.—Clary percebeu quando Magnus olhou por seus ombros, onde Alec estava. Ela fechou os olhos e fingiu que não doeu.—Eu não quero mais ficar aqui, não quero mais ficar com você.

—Mais eu quero que você fique comigo, não importa oque aconteça, não importa oque faça, eu sempre vou te querer comigo.

—Não vai, não.—Magnus sorriu sem graça.—Você não sabe oque eu fiz.—Clary devolveu o sorriso.

—Eu sei. Magnus, eu sei oque fez.—Ele olhou para Alec, depois voltou seu olhar para Clary.

—E ainda me quer aqui? Ainda me quer ao seu lado?

—Eu sempre, sempre vou te querer ao meu lado.—Magnus correu até Clary e a abraçou.

—Eu sinto tanto—Magnus segurava o choro.—Mais tanto.—Clary levou a mão até  rosto de Magnus.

—Eu não.—disse ela e sorriu.—Desfaçam a carruagem. Ninguém partirá essa noite.—Os servos a obedeceram.Clary conduziu Magnus para dentro do castelo denovo.

O céu já começava a ficar acinzentado lá fora, não demoraria muito para amanhecer. Clary olhou para sua cama, Magnus e Emma dormiam abraçados.

Depois que Clary e Magnus entraram, eles  encontraram Emma nos corredores os olhando assustada. Então os três entraram e todos os segredos foram revelados, e a promessa de nunca mais guardar nenhum outro foi selada. Mas clary ainda sentia a dor de ter sido traída pelo seu melhor amigo e seu marido.

Ela sabia que não podia mandar no coração, que as pessoas se apaixonavam, mas não faria doer menos. Clary não sabia como se sentia em relação a isso, mas sabia que não iria ficar no meio de Alec e Magnus, não iria permitir que eles ficassem longe um do outro, não quando ela viu o quanto eles se amava e fariam tudo um pelo outro.

Emma se mexeu e abraçou ainda mais Magnus, Clary sorriu para os amigos e saiu de seu quarto. Precisava de ar fresco e de uma volta.

Os corredores estavam vazio, como esperado, apenas os soldados no final de cada corredor. Clary ainda conseguia sentir a adaga que havia pegado de Izzy sobre sua pele. Ela nunca mais foi a lugar nenhum sem ela, isso a fazia se sentir segura.

Quando Clary percebeu ela já estava no corredor de Alec, mas para sua própria surpresa, ela não estava em frente a porta de Alec, mas sim de Izzy. Clary tinha medo. Poderia ter alguém ali com ela, oque era normal, Clary poderia estar atrapalhando Izzy e pagar caro por isso, mais ela precisava ver Izzy, conversar com ela. Clary não entendia esse sentimento, mas não conseguia  lutar contra ele, ela não queria. Ela criou coragem e bateu.

Alguns segundos se passaram e nada, então Clary bateu de novo. Mas um longo tempo de silêncio se entendeu e Clary já conseguia sentir o arrependimento tomando conta de si. Ela se virou e antes mesmo de dar mais um passo a porta se abriu.

Clary viu uma Izzy com os olhos inchados de sono, um camisola velha e os cabelos bagunçados e ela se segurou muito para não sorri.

—Oque esta fazendo aqui a essa hora?—Izzy inclinou a cabeça para fora e olhou para os dois lados.— Eu acho que errou de porta, a do Alec é aqui do lado.—Clary sentiu seu corpo se encejecer.

—Izzy...—Clary não conseguiu. Lágrimas e soluços a tomaram. Ela tinha fingindo para todo mundo que tudo estava bem, mas não era verdade, ela se sentia traída e insuficiente.

Clary cobriu o rosto para esconder as lágrimas, segundos depois sentiu braços em volta de si e ela se permitiu relaxar um pouco. Ela deixou que Izzy a abraça–se, depois que limpa–se suas lágrimas, e então a conduzisse pelos seus aposentos até sua cama. Clary não resistiu quando Izzy a deitou em sua cama, a cobriu e passou a mão por seus cabelos. Ela desejou isso a noite inteira, mas estava chateada demais com os outros para aceitar que eles fizessem, precisava ser alguém que ela não se importava oque iria pensar dela. Então ali, na cama e nas caricias de Izzy, Clary finalmente adormeceu em paz.

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