Será minha rainha algum dia

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Chiswick – Clarissa

Os sinos tocaram, oque significava que alguém importante estava visitando o castelo. Clary, Emma e Aline se dirigiram aos portões.

A família real já estava lá, com Jia ao lado. Izzy não olhou enquanto elas se juntavam a eles a uma certa distância.

Os portão  já estava se fechando e uma carruagem parou a uma distância deles. Um homem saiu de dentro da carruagem, logo depois duas jovens o acompanhou. Ele parecia ter quase 60 anos, as garotas não mais de 16. Nessa hora uma menina saiu da pequena fila formada pelas mulheres se corte e correu até o homem.

Eles andaram e pararam a alguns passos de Maryse, logo curvaram-se.

—Majestade.—disse o homem a Maryse.—Princesa.—ele se virou para Isabelle.

—Victor.—disse Maryse esboçando um sorriso que Clary sabia ser extremamente diplomático.—Venha conosco, cuidarei para que seus aposentos sejam preparado.

Maryse se dirigiu para dentro do castelo e os outros a acompanharam. Clary percebeu quando, de cabeça erguida, Izzy olhou para elas e seguiu atrás da rainha.

Clary vestia um vestido vermelho em detalhes pretos, seu cabelo solto se misturando com o tecido e um pequena coroa dourada sobre seus cabelos.

Já arrumada Clary e Emma saeem pelos corredores, Aline já estava  lá.

—Eu não gostei dele.—disse Emma.

—Ninguém gosta.—respondeu Aline.—Mas ele tem a maior safra de trigo do reino. Isso parece dar a ele o direto de ser babaca.

Todos já estavam lá quando elas entraram. Com convidados, Maryse se sentava no lugar do rei, a coroa brilhando em seus cabelos negros, seu queixo erguido. Izzy se sentava ao lado dela, no lugar de Alec, a postura tão perfeita quanto a da mãe. Como Clary imaginou Max não estava na mesa, Bárbara também não apareceu, mas Jia estava do outro lado de Maryse.

Aline disse que se sentaria ao lado de Izzy, com convidados em casa não iriam demostrar nenhum fraqueza, mas Clary disse que ela ficaria. Então Emma e Aline sentaram depois delas.

Victor se sentou depois de Jia, suas três filhas em seguida. Elas pareciam tão horríveis quando o pai, mas Clary não iria dizer nada.

Maryse conversou com ele sobre a safra durante todo o jantar, e toda vez em que ele insistia em perguntar onde estava os outros e sobre o período de caça ela trocava de assunto. Maryse fazia isso com toda a gentileza e naturalidade, ela era uma rainha e tanto. Ao lado, Izzy ficou em silêncio, mas sem esconder o olhar mortal para Victor. Izzy não estava tomando vinho, oque deixou Clary alerta.

Aline foi a primera a querer sair da mesa, Emma foi com ela, mas quando Clary sentiu que Izzy continuava tensa ao seu lado ela escolheu ficar. As filhas de Victor foram em seguida, mas o homem continuava a beber.  Clary queria ficar caso acontecesse alguma coisa, mas estava cansada, ela sentia os olhos fechando, então pediu licença e saiu da mesa.

Clary virou o corredor, ela já podia ver a porta de seus aposentos, só queria deitar. Um barulho soou atrás dela, e quando se virou já era tarde, estava encostada sobre a parede com Victor sobre ela.

—Você cheira tão bem quanto imaginei.—O cheiro de vinho e poeira a envolveu. Clary se balançava de um lado para o outro.

—Lorde Aldertree.—Ao escutar seu nome o homem se virou para o corredor, Clary acompanhou seu olhar e viu Izzy. O homem se afastou.—Creio que tenha apreciado a companhia do nosso mais novo membro da corta. Clarissa Morgenstern, princesa de Hesphoros e futura rainha de Chiswick. Imagine, Lorde Aldertree, oque se pode fazer com seus inimigos quando se tem duas noções aos seus pés.—O homem tinha completo ódio em seus olhos, e com uma última olhada para Clary ele se lançou pelo corredores.

Clary encarou Izzy. Ela tinha o olhar de superioridade, de realeza, de uma verdadeira rainha enquanto falava com Victor, mas agora sua expressão era vazia. Ela começou a andar pelos corredores, Clary a seguiu.

—Obrigada.

—Você tem que aprender a cuidar de si mesma se quiser sobreviver aqui.—Clary pensou no que Izzy teve que passar para saber lidar com Victor daquele jeito, saber oque falar. Ela se lembrou do olhar para ele durante o jantar, de não sair do lado da mãe até que Victor também saísse.

—Eu vou.—disse Clary. Mas no fundo era só por que ela pensou que fosse oque Izzy queria ouvir.—Espere!—Clary pegou no braço de Izzy, mas se arrependeu quando viu o olhar dela.—Obrigada por hoje.

—Será minha rainha algum dia.

—Quero ser mais que sua rainha, Izzy, eu quero ser sua amiga.—A expressão de Izzy não mudou.—Mas é claro que você não quer isso, você me odeia, não é? Acho que já mostrou isso vezes suficiente.—Clary se virou e entrou em seus aposentos. Ela estava cansada de ser tratada assim por Izzy.

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