Capítulo 68

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Andando a passos apressados e olhando para trás vez por outra, Miguel andava por becos e vielas quase inexistentes em Mônaco, seu único objetivo era chegar a uma casa de penhores clandestina, onde poderia penhorar as joias que encontrou na casa da irmã e assim deixar Mônaco, porém sabia que não conseguia muito pelas joias que encontrou, assim que vendesse as joias iria pegar o navio e deixar Mônaco e iria para a Itália, lá ele venderia sua quinta recém adquirida, e com o dinheiro compraria uma casa em uma pequena cidade mais afastada e voltaria para buscar Isadora.

Ele chegou ao local que era mal cuidado e cheirava a urina e esgoto, batendo na porta que foi aberta por um senhor de idade, o homem o olhou por alguns instantes como se o examinasse para discernir ser deveria ou não deixá-lo entrar, percebendo isso, Miguel tirou uma peça de ouro do bolso, despertando o interesse do homem de imediato.

O senhor de cabelos e barba grisalha abriu a porta dando passagem para ele, a casa por dentro pouco tinha haver com seu exterior, tudo estava muito limpo e era aconchegante, havia uma lareira, moves de couro legítimo, um tapete persa, e uma mesa de madeira.

_ Quero que faça uma avaliação! Miguel declarou colocando todas as peças de ouro sobre a mesa.

De imediato o senhor pegou seu equipamento avaliando peça por peça, os critérios da avaliação eram o material utilizado na criação da peça, o peso e se tinha alguma pedra precisa nele, ao terminar a avaliação das joias o senhor falou.

_ São joias de auta qualidade, mas não têm um auto valor, por isso só posso oferecer 30 mil por todas elas! Miguel riu como se tivesse ouvido uma piada, aquela quantia ridícula não daria sequer para pagar a propina dos marinheiros.

_ 30 mil? Nós dois sabemos perfeitamente bem que essas joias valem no mínimo 100 mil! O senhor apenas cruzou as mãos sobre a mesa.

_ Então procure, quem pagaria 100 mil por elas, porque eu não vou ser! O senhor levantou-se da mesa indo até o local onde ficava seu cofre voltando com o marco de dinheiro em mãos. _ É pegar ou largar, ou leva 30 mil e deixa as joias, ou sai com a joias e mais nada! Miguel sorriu debochado.

_ Eu tenho uma ideia melhor, eu saio daqui com as joias e com o dinheiro! Declarou tirando uma arma do caso então apontou para o senhor.

_ Ei calma aí amigo, vamos conversar direito, podemos fazer um acordo bom para os dois! Sugeriu sentindo as pernas tremerem.

_ Cansei dessa conversa chata! Miguel engatilhou a arma e atirou a queima roupa contra o idoso que caiu ao chão morto.

Miguel dirigiu-se então ao cofre que foi deixado semiaberto e retirou o dinheiro e mais objetos de valores, como títulos de propedades,joias, relógios entre outras coisas, ele procurou por uma sacola onde podesse colocar tudo que havia roubado, ao voltar para a sala reparou que o corpo já estava envolto de uma poça de sangue.

Ao deixar a casa, ele tomou o cuidado para fechar a porta e não chamar a atenção para si, pouco depois ele saiu do local indo em direção ao porto, ele iria conseguir deixar o país em breve.

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De braços cruzados, Dominique observava atentamente as telas de monitoramento que reproduziam em tempo real, as imagens das câmeras espalhadas por todos os pontos de interesse de Mônaco, eles estavam a procura dos rastros de Miguel, porém a busca não estava sendo nada fácil, sem dinheiro e sem uma casa para onde retornar, Dominique tentava descobrir como ele estava se virando e onde ele estava se escondendo, além disso as fronteiras estavam temporariamente fechadas, ele não conseguira compar passagens de trem, ônibus e muito menos de avião.

_ Como está a segurança na casa dos Enblanc? Questionou e Matthieu que estava sentado concentrado em um joguinho de celular respondeu.

_ Foi reforçada, ninguém entra ou sai daquela casa sem que saibamos! Respondeu sem tirar os olhos da tela.

Nos Braços do Tigre (Não Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora