Capítulo 61

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Dominique estava sentado em um sofá de couro preto, com os pés cruzados sobre uma mesinha de centro feita de madeira de ébano, em uma das salas VIPs do clube, ele fumava um cigarro de maconha, e vez por outra tomava um gole do whisky 20 anos enquanto esperavam pela chegada de um dos seus infiutrados, quando o tão aguardado homem chegou, ele retirou os pés da mesa endireitando a postura, estava a quase uma hora esperando aquele rapaz, aguardando para receber aquela informação que aparentemente era tão importante, por isso não podia se dar ao luxo de ficar irritado pela demora dele, de forma paciente ele olhou para o homem que parecia bastante nervoso então apagou o cigarro dento do cinzeiro de vidro.

_ Por que está tão nervoso, por acaso está com medo de ser pego? Questionou de forma debochada e o homem negou.

_ Não, a segurança está mais rígida, Miguel está bastante nervoso por esses dias, parece que os companheiros dele descobriram sobre o roubo das contas bancárias, esses infelizes querem adiantar o envio das mercadorias! Dominique tomou o restante da bebida que desceu queimado sua garganta.

_ Que tipo de mercadoria é? Questionou sem muito espanto, na realidade já esperava por isso.

_ O de sempre drogas, armas e algumas mulheres! Respondeu de modo apático, já lidava com esse tipo de comércio a tanto tempo, que acabou tornando-se algo banal falar de tráfico humano.

_ Quantas mulheres mais ou menos? Ele pareceu pensar um pouco como se não lembrasse exatamente.

_ Cerca de umas trinta, com idades de 15 a 29 anos,vão ser mandadas para a Turquia e Alemanha, valem cerca de 30 milhões de dólares! Dominique franziu a testa aparentemente confuso.

_ 30 milhões, isso é um milhão por cabeça? Por acaso são todas virgens? Questionou com a testa franzida.

_ A maioria das garotas são brasileiras, aparentemente foram enganadas ou trazidas a força! Dominique confirmou com um aceno positivo, mulheres brasileiras sempre valiam mais no mercado negro, talvez pelo fato de que o turismo sexual fosse extemamente presente no país, então a imagem das mulheres brasileiras fora do Brasil eram tão valorizada nessa questão.

_ Quando vão despachar? Questionou acomodando-se no sofá outra vez.

_ Em dois ou três dias! Ele confirmou com um aceno e o homem se levantou.

_ Chefe? Dominique olhou para ele em silêncio. _ Descobri ontem, quando o Bravo manda alguém para a cidade dos pés juntos, ele enterra os corpos as margens da rodovia que liga nosso país a fronteira francesa , na via 612, acho que o primeiro infeliz a ir para lá, foi o ex da sua mulher! Dominique cruzou a perna direita assim que o homem saiu da sala.

_ Então quer dizer que em todo esse tempo, o Erick estava morto? Questionou para si mesmo, então pegou o celular do bolso e ao desbloquea-lo a foto de uma Isadora bastante sorridente apareceu. _ Eu sempre quis matar aquele infeliz por motivos juntos, mas aparentemente ele morreu pelas mãos de quem gerou os motivos, não é irônico? Ele riu incrédulo, Miguel havia ocasionando todos os infortúnios que Isadora havia vivido nos últimos 18 meses e agora havia matado uma das vítimas. _ Você vai chorar e ficar triste se souber que o seu ex está morto mon amour? Questionou observando a foto da esposa.

Dominique esperou cerca de dez ou quinze minutos para poder sair da sala e então deixar o clube sem levantar suspeitas, ele entrou no carro pegando uma goma de mascar sabor menta que ele sempre deixava ali, justamente para que o gosto e o cheiro do cigarro de maconha, não permanecesse em sua boca, já que Isadora odiava beija-lo e sentir o gosto da bebida que segundo ela tinha gosto de madeira ou do fumo que lembrava mato verde queimando, ele sorriu com o pensamento, pouco mais de dez minutos se passaram até que ele estaciocasse o carro em uma das vagas destinadas a ele na garagem do prédio.

Nos Braços do Tigre (Não Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora