Capítulo 72

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   Atenção, este capítulo contém cenas de violência, se você é sensível ao tema por favor não leia.

  Miguel sufocou o grito de dor, o deixando preso no fundo da garganta, ao receber a forte pancada nas pernas, de imediato ele ficou zonzo e seus ouvidos zumbiam muito alto, enquanto o ar fugiu completamente de seus pulmões, uma densa onde de calor invadiu todo o seu corpo, enquanto a intensa dor aguda nas suas pernas quase o fez perder totalmente a consciência, ou talvez a perdera por breves instantes não sabia dizer o fato é que abriu rápidamente os olhos assim que foi atingido no rosto com um forte jato de água fria, a água entrou por sua boca e nariz quase o sufocando, lhe causando calafrios quando escorreu por seu corpo.

  A corrente que o mantinha suspenso no ar pelos pulsos, foi baixada bruscamente o fazendo assim ser  jogando contra o chão com força, ao entrar em contato com o chão, suas pernas já machucadas se machucam ainda mais o que as fez lhe doerem como um inferno, o sangue fluía circulando rapidamente por suas veias, parecendo está se direcionado todo de uma vez para sua cabeça,seu rosto estava completamente vermelho, as veias em suas têmporas e testa pulsavam rapidamente tanto que podia senti-las, seu coração batia com tanta força que podia ouvir seus proprios batimentos cardíacos, também teve a forte impressão que podia senti-lo se chocando contra sua caixa torácica, sua cabeça parecia prestes a explodir, queria que aquilo terminasse, porém todos os seus extintos lhe dizia que era apenas o começo.

  Ele conseguiu erger seu tronco porém caiu outra vez  quando foi atingido por um forte soco, seu rosto ficou voltado para o chão com intensidade, ele tentava a todo custo recuperar o fôlego, o suor escorreu por sua testa, seu corpo parecia pesar uma tonelada, dessa vez ele não conseuiu segurar o grito de dor, Dominique pisou com toda a força em sua perna machucada, o barulho de osso se quebrando foi ouvido, seu grito soou como o uivo de um animal ferido, Dominique o rodeava como um tigre  faminto prestes a dilacerar sua presa, ele sabia que seu oponente não ficaria satisfeito tão facilmente, por isso seu desejo de que aquilo acabassem ficou ainda mais forte, quase sem forças, ele segurou a mão de Dominique tentando em vão afastá-la de seus cabelos, já que ele os agarrava como se quisesse arranca-los de seu couro cabeludo.

  Segurando os cabelos de Miguel com força, Dominique empurrou  sem piedade o rosto dele contra o chão de concreto, quebrando assim seu nariz e mandíbula, Dominique o puxou outra vez pelos cabelos o forçando a erguer seu rosto, vendo com satisfação o líquido escarlate,grosso e quente escorrer pelo nariz, boca e queixo de Miguel, enquanto tingia os dentes brancos com um vermelho vivido. Dominique sorriu sentido um prazer cruel, sádico, quase doentil em vê o sofrimento de seu oponente, oponente não, presa. Miguel estava a ponto de perder a consciência outra vez, porém Dominique não  permitiu que isso acontecesse, ele forçou Miguel a manter os olhos abertos, por meio de estímulos dolorosos.

 _ Acha que tudo vai acabar assim tão rápido e de forma simples? Dominique questionou segurando o queixo de Miguel com força. _ Esse é apenas o começo seu desgraçado, vou fazê-lo conhecer o significado de viver um inferno na terra, vou fazê-lo amaldiçoar o dia em que nasceu e desejar que seus pais nunca tivessem se conhecido! A satisfação momentânea que Dominique sentia em torturar Miguel, não lhe era suficiente, ele precisava de mais, de muito mais, precisava sentir que de alguma maneira estava vingando sua filha morta e amenizando a dor de Isadora, mesmo que nada do que fizesse podesse trazer sua filha de volta.

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Abrindo os olhos devagar, Miguel sentiu uma forte fisgada na nunca, sua cabeça doía como um inferno, seu corpo estava coberto de ferimentos e hematomas, ele nem sequer conseguia respirar sem sentir dor, seu corpo parecia queimar a cada centímetro, seus ferimentos ardiam como se houvesse sido queimado, ele não estava conseguindo sentir suas pernas e suas mãos estavam dormentes devido ao fato das cordas em seu pulso estarem muito apertadas, respirar para ele era uma verdadeira tortura, era necessário forçar um pouco mais para erguer um pouco o corpo e assim respirar melhor, além disso seu corpo estava trêmulo e o frio parecia ter se instalado no fundo de sua alma, e o fato de seu corpo está parcialmente subersso em o que parecia ser uma banheira velha cheia de água fria, não ajudava em nada, ele sentia que morreria de hipotermia a qualquer momento.

Nos Braços do Tigre (Não Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora