Capítulo 6

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Isadora só foi capaz de reparar na decoração do quarto de Dominique na manhã seguinte. Tudo no quarto eram em tons escuros tanto as paredes quanto o teto eram em um verde sumo no estilo vitoriano cheio de padrões em dourado, um enorme lustre de cristal no teto, o chão era em um estilo amadeirado, os móveis incluindo a cama lembravam os móveis do século 18 ou 19, havia um closet e um banheiro todo em mármore negro, ela sentou-se na cama usando o lençol para cobrir o corpo.

_ Bonjour, mademoiselle! Dom entrou no quarto segurando uma bandeja onde tinha uma xícara de chá, geleia de frutas vermelhas, croissant, manteiga de amendoim, mel e morangos. _ Dormiu bem? Ele lhe deu um beijo rápido e sentou-se na cama.

_ Como uma pedra! Ela pegou o garfo espetando um morango e o levando a boca, ao contrário do que imaginava Isadora não se sentiu envergonhada ao acordar, ela sentiu-se feliz, aquele era um avanço para sua feminilidade, sentir-se desejada fez bem a seu ego principalmente depois do que aconteceu com o seu ex-noivo. _ O quê vai ser agora? Dominique a olhou confuso.

_ Como assim? A pergunta dela o deixou intrigado.

_ Conseguiu o que queria de mim, levou-me para a cama, como ficamos agora, vamos continuar saindo ou apenas vai desaparecer agora? A pergunta dela o incomodou, desde o princípio tudo que queria era levar Isadora para a cama, mas agora que conseguiu o que queria, percebeu que uma noite não seria o suficiente.

_ Te dispensar? Isa, acredita que vai se livrar de mim tão fácil assim? Ele puxou-a para si. _ Nos seus sonhos, Isadora! A resposta dele fez Isadora sentir um calafrio.

****************

Isadora desceu as escadas encontrando Dom sentado no sofá lendo um jornal, ele desviou a atenção do objeto o colocando de lado e levantou-se, Isadora colocou uma mecha atrás da orelha, a frase dita por Dominique mais cedo ainda causava-lhe incômodo.

_ Pronta? Ela confirmou com um aceno. _ Ótimo vamos! Ele a segurou pela mão e antes que a porta se fechasse Isadora viu os olhares de curiosidade dos empregados com relação a ela.

_ Por que eles estavam me olhando daquela forma? Dom apertou o botão chamando o elevador.

_ Não sei talvez porque você foi a única mulher a quem eu trouxe para o meu refúgio sagrado! Deu de ombros, porém ele estava mentindo, o problema era que todos sabiam sobre Jaqueline, porém nenhum deles ousaria dizer absolutamente nada.

As portas abriram-se e o casal entrou o clima ainda estava meio estranho porque Isadora ainda estava assustada com a forma que ele falou mais cedo, a frase havia soado como suave ameaça, porém não tinha certeza de que era realmente aquilo ou havia imaginado coisas.

_ Isa? Ela despertou de seus devaneios.

_ Hã? Ela piscou algumas vezes perdida.

_ Não vai sair? Ela confirmou saindo do elevador o seguindo em direção a garagem.

Assim que eles entraram na Ferrari SF90 preta, colocaram os cintos de segurança Dom deu partida indo em direção ao centro de Mônaco.

_ Aonde vamos? Ele desviou a atenção do volante e olhou para ela.

_ Que tal fazermos umas compras? Ela uniu as sombranselhas.

_ Compras? Vamos fazer compras? Ele confirmou parando em frente uma loja de grife feminina pouco tempo depois.

Quando ele desceu do carro, Isadora não esperou que ele abrisse a porta, ela mesmo o fez.

_ Por que estamos aqui? O que pretende Dom, me pagar pela noite de ontem? Ele virou-se para ele completamente surprese.

Nos Braços do Tigre (Não Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora