Incapaz de compreender o que estava acontecendo Isadora abriu os olhos, ela ainda sentia-se meio zonza levando a mão a testa percebendo o curativo, e acabou descobrindo assim o braço enfaixado, e acesso em sua mão direita ligado a uma garrafa de soro, alguns aparelhos próximo a cama faziam um barulho irritante, retirando a máscara de oxigênio que estava em seu rosto ela sentiu-se meio zonza, de imediato Isadora lembrou-se do que havia acontecido antes de perder a consciência, imagens vividas do acidente invadiram sua mente, ela fez uma careta de dor ao sentir sua testa latejar, sua tontura piorou quando Isadora sentou-se na cama, ao descer da cama ela sentiu a perna doer e perdeu o equilíbrio caindo no chão.O barulho de sua queda acabou chamando a atenção de Aimê que estava no banheiro, ao abrir a porta ela viu a cunhada caída no chão, então correu para ajuda-lá, com a ajuda da cunhada Isadora conseguiu deitar-se outra vez e assim que o fez, Aimê passou a repreende-la.
_ Cadê o Dom? A interrupeu bruscamente pegando Aimê desprevenida.
_ Isadora você precisa descansar... Isadora a interrompeu outra vez.
_ Eu quero saber onde está o meu marido Aimê! Ela soltou um suspiro passado a mão pelos cabelos tentando segurar o choro e Isadora segurou as mãos dela em desespero. _ Aimê por favor me diz, por favor eu te imploro! Isadora nem ao menos sabia o que havia acontecido com o marido ainda porém seu coração já dizia que algo não ia bem.
_ Nós ainda não sabemos! Isadora a soltou completamente atônita.
_ Quê? Foi a única coisa que conseguiu dizer, as lágrimas já inundavam sua visão e ela mal conseguia respirar. _ O que quer dizer com não sabem, como podem não saber! Aimê finalmente soltou as lágrimas que estava prendendo.
_ Não sabemos, no dia do acidente as equipes de resgate só conseguiram achar o corpo do príncipe herdeiro dois dias depois, mas o Dom não foi encontrado! Ao ouvir isso, Isadora sentiu o ar fugiu de seus pulmões e o sangue congelar em suas veias.
Tudo a sua volta começou a mover-se em câmera lenta, passando a mão a mão por seu colo, ela tentava em vão se desfazer do nó que se formou em sua garganta e a impedia de respirar, seu peito doía horrivelmente, era como se seu coração estivesse sendo rasgado ao meio, e o chão estivesse se abrindo debaixo de seus pés lhe tragando gradativamente e a levando para um abismo escuro. De repente tudo que antes fluía em câmera lenta parecendo prestes a congelar, voltou a fluir muito rápido e o ar que antes havia abandonado seus pulmões, voltaram com força.
Um grito que estava preso no fundo de sua alma, escapou pelo profundo de sua garganta liberando a as lágrimas junto com toda a dor que tomou conta de seu corpo, tornando-se uma dor tão forte que era quase física, sem saber o que fazer Aimê sentou-se na cama e abraçou a cunhada, e ambas choraram juntas. Aquela era uma dor cortante e desoladora, tão forte como Isadora não acreditava ser possível sentir.
_ A culpa é minha, é tudo culpa minha, eu matei ele, eu matei ele! Ela repetia em voz alta enquanto o desespero no fundo de sua alma não podia ser apadaiguado. _ Eu matei ele! Aimê avisava seus cabelos lhe pedindo para se alcalmar e ser forte porém isso não tinha o menor sentido para Isadora, Aimê entrou em pânico quando a cunhada comecou a puxar os cabelos em sinal claro de uma crise emocional extemamente forte.
Ela ficou ainda mais asustada quando Isadora começou a hiperventilar parecendo está prestes a ter uma crise convulsiva, desesperada Aimê colocou a cabeça para fora do quarto gritando pelas enfermeiras, ela deixou a porta aberta voltando para perto da cama tentando alcalmar a cunhada que se debatia e gritava, de repente Isadora parou de se debater e acabou desmaiando.
_ O que aconteceu com a sua cunhada é completamente normal e compreensível, o choque de saber que o marido está desaparecido foi muito para que ela podesse lidar, por enquanto vamos tê-la que mantê-la sobre o efeito de sedativos para evitar prejudicar sua recuperação! Aimê concordou com o médico e então olhou para a cunhada que estava desacordada e sendo tratada por duas enfermeiras, já que com sua agitação os pontos de seus ferimentos se romperam e voltaram a sangrar.
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Nos Braços do Tigre (Não Revisado)
RomanceAbandonada naquele que deveria ser o dia mais feliz da sua vida, Isadora Lagos é presenteada pelas amigas com uma viagem a Mônaco, a princípio sua disposição para sair é quase inexistente, porém ao sair ela conhece um homem misterioso pelo qual sen...