Capítulo 79

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Sentada sobre uma almofada, Isadora observava as estrelas, era noite de lua cheia tanto que não havia necessidade de acender as luzes, o terraço não era muito pequeno, tinha apenas uma pequena cobertura de madeira coberta por hera, em baixo da cobertura haviam algumas almofadas sobre um tapete persa, alguns vasos de plantas diversas espalhadas por ele, além de uma pequena lareira de pedra no chão, naquela noite o vento soprava com toda a força, por isso Isadora começou a esfregar os braços na tentativa falha de se aquecer, até que Dominique apareceu com uma manta, uma garrafa de vinho e duas taças em mãos.

 Isadora sorriu quando o marido aproximou-se colocando as taças no chão, sentando-se em uma das almofadas ao lado da esposa, então colocou a manta sobre seus ombros e então abriu a garrafa de vinho enchendo uma das taças e então entregou a ela.

  _ Obrigada! Ela encostou a cabeça no ombro dele,que lhe abraçou dando-lhe um beijo na tempora. _ Têm certeza que não podemos ficar aqui para sempre? Questionou com um jeitinho de criança mimada e fazendo bico.

 _ Infelizmente não mon amour, precisamos voltar para casa e enfrentar a nossa realidade, o conto de fadas acabou, além disso temos que voltar antes que a maman ou a tante surtem e resolvam vim nos buscar pessoalmente! Isadora sorriu amplamente, ela não duvidava que a sogra ou a prima fossem capazes de realizar tal proeza, afinal elas eram muito apegadas a Dominique, mesmo que não compartilhassem uma gota sequer de seu sangue.

 _ Não me importa, se é aqui, em Mônaco, na Espanha, na Grécia ou no Japão, vou ser feliz em qualquer lugar que estejamos juntos Dom! Dominique entrelaçou sua mão na dela e uniu seus lábios em um beijo calmo.

 _ Eu também te amo Isa! As taças foram deixadas de lado e as chamas da lareira não eram nada comparado as faíscas e labaredas que surgiam entre eles.

  Na manhã seguinte Isadora começou a arrumar suas coisas e as do marido nas malas, enquanto Dominique ia até a cidade vizinha para alugar um carro para que eles pudessem ir até o aeroporto, o vôo deles estva marcado para o final da tarde, porém mesmo assim eles precisavam se apressar já que tinham uma grande distância a percorrer, fora o fato de que poderiam ocorrer alguns imprevistos, se não levassem tudo isso em consideração poderiam não conseguir pegá-lo. De malas prontas Isadora se trocou,usando calças jeans e um sueter branco, ela calçou suas botas pretas e com um lenço de seda, ela amarrou os cabelos em um rabo de cavalo alto, ela esperou por cerca de meia hora até Dominique chegar.

 Assim que Dominique chegou Isadora o ajudou a colocar as malas no bagageiro do carro e logo eles pegaram a estrada. Dominique parou em um posto alguns quilômetros depois e abasteceu o carro enquanto Isadora foi a loja de conveniências para comprar alguns lanche par a viagem, ao entrar o sino da porta soou o que chamou a atenção dos clientes que estavam na loja, ela pegou alguns salgadinhos, biscoitos, refrigerantes e doces, já que eram uma das poucas opções disponíveis.

 _ 45 pratas! Declarou a balconista nada simpática que parecia ser ainda adolescente e mascava chiclete de forma apática.

 _ Aqui! Isadora deu uma nota de cem para que a moça é esperou pelo troco.

 Assim que pagou pelos petiscos, Dominique entrou na loja chamando a atenção dos demais, geralmente os italianos eram altos e tinham a pele bronzeada, mas Dominique era negro e isso jamais passaria despercebido, assim como não passou despercebido os olhares cheios de malícia de uma senhora de meia idade.

 _ Vamos! Isadora agarrou o braço de Dominique e praticamente o puxou para fora da loja.

   Eles entraram no carro e mas uma hora se passou até eles finalmente chegarem ao aeroporto, Dominique deixou o carro no estacionamento do aeroporto sem se preocupar com nada, afinal a empresa responsável pelo aluguel o pegaria na manhã seguinte. Pegando as malas da esposa, Isadora puxava sua mala pelo corredor e Dominique fazia o mesmo enquanto atravessavam o saguão.

Nos Braços do Tigre (Não Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora