Capítulo 12- Hesitantemente Otimista

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Esse capítulo contém uma leve conversa sobre estrupo, nada realmente explícito.
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Izuku se levanta na cama, acordado pelo alarme do telefone de Toshi tocando, anunciando que é hora de seu amigo se preparar para a escola.

Toshi apenas geme e desliga o alarme, esfregando os olhos enquanto acorda lentamente. Izuku, por outro lado, está sentado, quase hiperventilando, e examinando a sala, tentando se firmar depois de ser arrancado do pesadelo que estava tendo. 

Seu amigo se senta no sofá, grogue, aparentemente indiferente à perturbação, até que vê Izuku em estado de pânico.

"Ei, o que há de errado?" Toshi diz enquanto corre para a cama, de repente mais acordado.

Izuku está olhando por toda a sala, engolindo em seco apesar da boca seca. Ele ouviu a pergunta de Toshi, mas não realmente. Tudo parece distante, preso atrás de um vidro, e Izuku não consegue entender. Ele mal registra a cama afundando com o peso de alguém sentado nela.

“Izuku,” Toshi diz com mais firmeza desta vez, uma sugestão crescente de preocupação em sua voz. O tom elevado penetra um pouco mais na névoa: “Achei que você disse que ficaria melhor quando acordasse? O que está acontecendo?"

Finalmente, os olhos de Izuku encontram os de Toshi e as coisas começam a se encaixar. Ele estava sonhando. Foi um sonho horrível, gráfico e assustador, mas foi apenas um sonho. Ele está acordado agora e isso não foi real porque este, seu amigo na frente dele agora, é real.

Izuku respira trêmulo e lento, mantendo o olhar de Toshi até que ele esvazie seus pulmões e possa sentir seu coração começando a desacelerar para bombear em um ritmo normal novamente. Tudo na sala parece voltar ao lugar, mais nítido, tangível e real.

“Estou bem,” Izuku diz, conseguindo um sorriso fraco, “Apenas um pesadelo. Não é nem uma peculiaridade, prometo."

Toshi faz uma pausa por um momento, observando Izuku com atenção, “Você quer conversar sobre isso?”

Imagens passam pela mente de Izuku. Pele queimada, lama escorrendo pela garganta, telhados, pontes. Cabelo loiro espetado e olhos vermelhos raivosos. Um herói que nunca para de sorrir, mesmo quando destrói os sonhos de uma criança. Izuku engole em seco.

“Não”, ele diz calmamente, “acho que não. Não agora, pelo menos."

Toshi examina o rosto de Izuku por um momento e parece aceitar a resposta por enquanto, balançando a cabeça enquanto se levanta. “Ok, se você diz,” ele diz enquanto junta suas coisas e as coloca em sua mochila escolar, “Eu tenho que sair, já que sua casa é mais longe da escola do que a minha. Terei que sair agora se não quiser me atrasar.”

Izuku apenas cantarola em resposta, tamborilando os dedos nos lençóis enquanto observa seu amigo se preparar apressadamente para o dia.

Assim que Toshi está prestes a sair pela porta, ele faz uma pausa e se vira. “Voltarei depois da escola para treinar, se você acha que vai conseguir hoje,” ele diz, formulando isso como uma declaração, mas Izuku entende a pergunta tácita.

“Sim, claro, Toshi,” Izuku diz seriamente, “Eu realmente estou bem. Estarei vivo e bem e pronto para treinar quando você voltar. Você pode ir para a escola sem se preocupar comigo."

Toshi dá um meio sorriso. "Sim, ok. Até mais,” ele diz, saindo pela porta e deixando Izuku sozinho.

Ele balança as pernas sobre a cama e estica os braços acima da cabeça antes de se levantar para vestir algumas roupas de ginástica. Ele descobre que a melhor maneira de voltar a sentir que tudo voltou ao normal é voltar à sua rotina habitual. No momento, isso significa uma corrida matinal.

Cinzas De Um Fogo Qualquer (Izuku Vigilante)Onde histórias criam vida. Descubra agora