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Naomasa olha entre o telefone em sua mão que acabou de silenciar e o bloco de notas em sua mesa onde anotou o endereço que Phoenix lhe deu.
O endereço que Phoenix lhe deu.
Phoenix. O vigilante. Phoenix, o vigilante que Naomasa cuidou pessoalmente do caso no ano passado e considerou seu desaparecimento uma morte dada a declaração de Eraser e a quantidade de sangue no local e o depoimento do vilão.
Phoenix, que desligou após relatar outra prisão de Naomasa, assim como fez inúmeras vezes antes. Phoenix, que nunca ficou por muito tempo e nunca foi visto por ninguém além de Eraser, então Naomasa sabe que não terá nenhuma prova sólida de que está de volta, além de uma ligação não gravada em sua linha pessoal, porque nem foi para sua mesa telefone.
Phoenix que aparentemente não está morto e Naomasa nem sabe por onde começar a processar isso.
Ele suspira, decidindo focar primeiro nos negócios. “Oficial Sansa, preciso que você seja despachado sobre isso. Fica fora da nossa prefeitura, então você conhece o protocolo, chama a galera lá para cuidar disso. Mas certifique-se de que eles levem isso a sério”, diz ele, chamando a atenção do policial e segurando o bloco de notas para ele pegar. “É um caso de drogas. Homem embriagado, já contido com ferimentos leves. Espere uma história incoerente. Isso acabou de ser informado por Phoenix.''
Sansa não consegue esconder seu choque e quase deixa cair o bloco de notas ao pegá-lo, seus olhos felinos se arregalando. Phoenix era uma espécie de lenda na delegacia, ame-o ou odeie-o. Alguns policiais não suportam vigilantes, não importa o que eles defendam ou quais sejam suas taxas de sucesso, eles simplesmente não conseguem apoiar uma pessoa sem licença correndo por aí sem qualquer responsabilidade e consideram todos eles como vilões.
Outros policiais adoravam Phoenix e nem se davam ao trabalho de esconder tanto isso. Eles apostaram em quando ele finalmente conseguiria o grande destaque para a imprensa que merecia e faria o público notar todas as pessoas que ele estava salvando. Alguns contavam aos desenhistas suas teorias sobre a aparência de Phoenix e faziam com que o desenhassem, depois penduravam os esboços em suas mesas e acrescentavam contagens para cada prisão convocada como uma pequena homenagem. Assim que as fotos e vídeos começaram a vazar e virar notícia, os esboços foram substituídos por fotos reais de Phoenix, embora estivessem borradas e granuladas.
Para esses policiais, a notícia da morte de Phoenix foi um duro golpe. O moral foi atingido por várias semanas. Houve um período em que os policiais não tinham certeza se queriam retirar suas fotos ou não. Naomasa entendeu o conflito. Por um lado, derrubá-los parecia muito frio, como o fim de uma era e de um livro fechado. Por outro lado, deixá-los acordados e ver as fotos que nunca mais receberiam outra contagem só continuaria a doer cada vez que olhassem para elas.
Sansa foi um dos policiais que não se preocupou em esconder sua admiração pelo vigilante. Ele também é um dos policiais que se recusou a retirar sua foto de Phoenix com todas as suas marcas, dizendo que era para homenagear todo o bem que Phoenix fez no tempo que teve.
“Não tenho certeza se ouvi direito, senhor”, diz Sansa, recompondo-se e pegando o bloco de notas com um pouco mais de certeza desta vez, lendo o endereço escrito ali.
“Tenho certeza que sim, oficial. Phoenix acabou de me fazer esse relatório”, reafirma Naomasa, apontando para o papel nas mãos de Sansa. Ele solta uma risada sem humor, passando a mão sobre os olhos cansados. “Estou começando a achar que aqueles vilões que sempre aprendemos com ele não estavam exagerando quando disseram que ele era impossível de matar. Não tenho certeza do que fazer com esse garoto.”
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Cinzas De Um Fogo Qualquer (Izuku Vigilante)
FanfictionÀs vezes, quando Izuku se permite compreender a realidade doentia de sua vida, ele descobre que ela não se parece mais com as raízes das quais ele brota. Ele é uma roseira inconstante que foi cuidada, criada e mimada em seus primeiros anos por uma m...