Capítulo 23- Isso que faz um Fênix

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Um aviso primeiro gente, nada realmente significante.

Eu só queria agradecer pelos comentários e curtidas, eu leio todos, e isso me dar vontade de postar mas rápido.

Então por vcs serem pessoas incríveis vou mandar uma atualização bomba hoje.

Fiquem com 5 capítulos e até a próxima. ♥️♥️

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Shouta está em seu quarto e olha para as manchas marrons enferrujadas que estão secas em seus óculos de proteção. Obviamente é sangue, não há dúvida sobre isso. Shouta não sabe dizer de quem é.

Poderia ser seu próprio sangue. Ele quebrou os nós dos dedos e eles sangraram muito, então isso não está totalmente fora de questão. Também pode ser o sangue do vilão. Shouta tinha bagunçado o rosto daquele bastardo e havia uma chance de que um pouco disso respingasse em seus óculos. Mas há uma terceira opção, que fica na cabeça de Shouta enquanto ele olha para os óculos amarelos brilhantes que segura com tanta delicadeza nas mãos.

Poderia ser de Phoenix.

O pensamento pesa na mente de Shouta, revirando seu estômago em nós instáveis. Se for o sangue de Phoenix, Shouta não pode simplesmente limpá-lo. Como se o sangue que ele derramou para salvar a vida de Shouta agora nada mais fosse do que uma bagunça inconveniente a ser limpa. Mas deixar isso aí e ser forçado a olhar para as consequências de seus fracassos... Shouta não tem certeza se conseguirá lidar com isso.

Ele passa o polegar trêmulo sobre as manchas, tentando se controlar para apagar a evidência de quão espetacularmente fracassou, mas percebe que suas mãos estão congeladas onde estão, incapazes de prosseguir. Respirando fundo, Shouta deixa cair os óculos na cama, encolhendo-se e pressionando as costas contra a parede. Ele pressiona as mãos nos olhos, em parte para firmá-los e em parte para afastar quaisquer lágrimas que ameaçassem se formar.

“O que há de errado, Shou?” A voz de Zashi chega suavemente pela sala.

Shouta afasta as palmas das mãos dos olhos e olha para onde seu marido o observa cuidadosamente da porta. Sem dizer nada, Shouta apenas olha para trás, para onde os óculos estão apoiados nos lençóis pretos. Zashi segue seu olhar, entrando no quarto e caminhando até a beira da cama.

"Você quer que eu os limpe para você?" Zashi pergunta, virando-se para encarar Shouta completamente. A ideia de outra pessoa fazer isso deixa Shouta nervoso, mas ele também sabe que não será capaz de fazer isso sozinho. Shouta não quer correr o risco de sua voz falhar, então ele apenas balança a cabeça. Zashi oferece a ele um pequeno sorriso. "OK. Eu volto já."

Seu marido sai da sala, mas volta em apenas alguns segundos com um pano úmido. Ele pega os óculos com uma espécie de reverência que consegue acalmar a mente de Shouta. É claro que Zashi saberia o que isso significa para Shouta, lidando com toda a tarefa com cuidado e atenção. Zashi enxuga suavemente o sangue de uma forma que parece mais do que apenas limpeza. Há um nível de respeito aos movimentos que os fazem parecer mais próximos de uma oração.

Terminando, Zashi devolve os óculos para Shouta. Ainda há um leve fantasma de uma mancha onde estavam as gotas de sangue, e Shouta decide que é adequado.

“Você não precisa ir hoje à noite se não estiver pronto. Faz apenas uma semana. Se precisar de mais tempo, vamos ligar para a agência...”

“Não”, interrompe Shouta, interrompendo gentilmente o marido. "Eu posso fazer isso. Eu tenho que fazer isso. Não se passou apenas uma semana, já se passou uma semana. Uma semana sentado sozinho em casa o dia todo e passando as noites acordado pensando no que aconteceu. Me perguntando como tudo teria acontecido se eu fosse um pouco mais rápido, um pouco mais vigilante. Esperando ao lado do telefone uma ligação de Tsukauchi que, a essa altura, acho que nunca chegará. Vou enlouquecer."

Cinzas De Um Fogo Qualquer (Izuku Vigilante)Onde histórias criam vida. Descubra agora