Saio do escritório e deixo que Sam e Oliver cuidasse dele, vou para minha empresa e começo a pesquisar sobre tudo o que ele me falou, já era quase noite quando vou embora, pelo visto Elisa ainda dormia, tomo um banho e preparo o jantar, e então ela acorda.
Assim que a vejo, sinto um aperto enorme no peito ao saber das coisas que teve que passar, eu não queria tocar no assunto, porque é muito doloroso pra ela, mas eu precisava conversar sobre aquilo e ver uma forma de ajudá-la a superar, agora entendo porque ela já não se importa muito em viver.
Quando eu toco no assunto, ela me olha e vejo seus olhos se encherem de lágrimas na mesma hora, então num impulso, me levanto e vou abraça-la, a princípio temo a reação dela, mas acho que ela estava precisando daquele abraço.
—Ta tudo bem, eu vou te proteger agora, ninguém mais vai te machucar, eu prometo!
Elisa
Por que aquele abraço tinha que ser tão bom, por que que eu me sentia tão acolhida por ele?
Ele é um completo estranho, e cá estou eu, na sala de jantar da casa dele, abraçando ele, como se nos conhecêssemos há anos, mas agora sensação que eu tenho, é que ele já não é mais um estranho, ele tem sido um protetor pra mim, ninguém nunca me fez o que ele está fazendo, mesmo sem me conhecer, tem sido melhor do que qualquer pessoa que já passou pela minha vida antes, melhor até que minha família que me deu as costas nos momentos que eu mais precisei.
—Eu sei que é doloroso, mas o que eu puder fazer para diminuir sua dor, eu farei, não quero ver você chorando.
—Por que está sendo tão legal comigo?
—Ei que papo é esse, eu sou muito legal com todo mundo, não se sinta tão especial, você está se achando muito.
Começo a rir.
—Você é um palhaço sabia?
—Pra ver você sorrir, eu posso montar até um circo, você quer?
—Que gentil, mas não, obrigada.
Digo soltando meus braços e olhando pra ele, seus olhos brilhavam, ele não solta os braços que estava em volta de mim, mas com uma mão, limpa minhas lágrimas.
O olhar dele pra mim, era tão doce, um olhar acolhedor, não era de pena e sim de acolhimento.
—Se for pra você chorar, que seja de alegria, me parte o coração ver você tão triste, mas agora já chega, não quero que você se apaixone por mim, porque não vou poder corresponder aos seus sentimentos.
Fala ele me soltando.
—Eu tenho inveja da sua autoestima, juro.
Falo rindo.
—Eu sei que as vezes causa constrangimento nas pessoas, mas eu não consigo evitar, é um Don.
Rio mais ainda.
—Ah meu Deus, você fez um trocadilho horrível com seu nome.
Ele ri.
—Agora sente-se, a comida vai esfriar.
—Você e essa sua mania de ficar mandando.
—Desculpa, vou tentar parar com isso.
—Eu acho bom.
—Oi?
—Nada, eu não disse nada.
Ele ri.
Nos sentamos e voltamos a comer.
—Obrigada, por ter pegado meu passaporte de volta.
—Não foi nada, ele foi bem solícito, eu nem precisei ameaçar.
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Donatello - Herdeiros Do Império Bianco-Salvattore
ChickLitDonatello Enrico é o filho mais velho dos mafiosos mais temidos da Itália, um homem bonito, galanteador e mulherengo, ele é uma pessoa muito inteligente e estrategista assim como a mãe, mas também é teimoso, as vezes irresponsável e calculista como...