Donatello - Herdeiros Do Império Bianco-Salvattore

capítulo 58

Eu não queria mais soltar ele, a emoção era muita.

—Meu amor, deixa eu olhar pra você.

Ele me olha com os olhos cheios de lágrimas.

—Como você está lindo, minha vida, me perdoe por eu não ter te reconhecido.

Ele toca meu rosto e limpa minhas lágrimas.

—Tudo bem mamãe, eu estou aqui agora.

Abraço ele novamente.

—Você me fez tanta falta, meu amor, me perdoe por não ter te protegido, eu sinto tanto querido.

—Eu sei que a culpa não foi sua, tá tudo bem mamãe, não chora.

—Não vou deixar mais ninguém te machucar tá bom, eu juro pela minha vida, eu vou te proteger agora, custe o que custar.

—O meu pai...ele...ele ta machucado, ele vai ficar bem, né?

—Vai sim, querido, ele vai ficar bem.

—A culpa é minha, eu...eu sai correndo e...e aí meu pai veio me proteger, e foi atingido, me desculpe...

Fala ele começando a chorar.

—Não amor, a culpa não é sua, não pense assim, seu pai sempre vai te proteger, não importa o que aconteça, você não tem culpa de nada, ele vai ficar bem.

—Você promete, não quero perdê-lo.

—Eu prometo, ele vai ficar bem e logo nos vamos pra casa.

Digo abraçando ele, meu coração estava transbordando de felicidade, mas ao mesmo tempo muito aflito sem ter notícias do Don, agora que recuperei um amor da minha vida, não posso perder outro, foram tantos anos separados, eu me recuso a ficar sem um deles.

Nesse momento um médico chegam até nós.

—São os familiares do senhor Salvattore?

—Sim, como está meu marido, doutor?

Pergunto me levantando.

—Está estável, conseguimos remover a bala sem complicações, por sorte não atingiu nenhum órgão vital, ele vai ficar bem.

—Graças a Deus.

Eu e Cate falamos juntas.

—Nós podemos vê-lo?

Pergunto.

—Ainda não, mas assim que puderem eu venho avisá-los, e você, já se acalmou garoto, ele não queria sair do lado do pai de jeito nenhum, e ainda chutou a canela de um enfermeiro que o tentou tirar da sala.

—Desculpa.

Fala ele olhando pra mim com os olhos brilhando.

—Tudo bem querido, eu sinto muito doutor, depois ele vai se desculpar com o enfermeiro, né meu bem?

—Sim!

—Tudo bem, ele não queria abandonar o pai, é compreensível, eu já vou, com licença.

O doutor se vai, ele me olha dessa vez com um olhar apavorado.

—Eu fiz muito mal, desculpa mamãe, não fica brava tá, prometo ser bonzinho.

—Não meu amor, não vou ficar brava, entendo que não queria deixar seu pai, eu também não iria querer sair do lado dele, tá tudo bem.

—Você foi corajoso, querido, não quis deixar seu pai em nenhum momento.

Fala Cate.

Uma das coisas que mais amo na Cate e em sua família, é que eles respeitam muito meus momentos, apesar de estarem emocionados por estarem conhecendo o neto, e o sobrinho, eles não interferiram, me deixaram ter meu momento com meu filho, eles sempre fazem de tudo para que eu me sinta confortável, e eu me sinto tão confortável que sinto como se fossem minha família de verdade, não vou dizer de sangue, porque eu nunca me senti confortável com meus parentes de sangue, a maior prova é com minha própria irmã, que cresceu comigo dentro da barriga da nossa mãe e que me fez tanto mal.