Donatello - Herdeiros Do Império Bianco-Salvattore

capítulo 52

Elisa

Quando Elena diz que meu filho está vivo, meu coração para de bater por alguns segundos, eu sinto uma tontura e uma dor horrível no peito, achei que fosse morrer ali mesmo.

Pergunto pra ela o que ela estava dizendo, mas ela não diz mais nada, e os homens me colocam dentro do carro, meus olhos se enchem de lágrimas e eu me lembro do garoto que me abraçou e me chamou de mãe, eu senti algo diferente quando ele me abraçou, foi algo inexplicável, ele se parecia com Don, exatamente como ele era quando o vi pela primeira vez, mas então pensei que era loucura da minha cabeça, e minha mente só estava me pregando algumas peças, mas depois daquele encontro foi onde eu voltei a sonhar com meu filho.

Demorou muito pra eu aceitar a morte do meu filho, foi tão repentina, e eu me culpo até hoje, mas agora eu começo a entender que na verdade tudo foi premeditado

Minha mãe ficou doente e eu tive que levá-la ao hospital, fazia alguns dias que Elena estava com a gente, ela gentilmente se ofereceu pra cuidar do Enrico, eu inocentemente deixei, ela parecia gostar dele, mas ele não gostava muito dela, as vezes ela fingia ser eu, mas ele sempre, sempre sabia, ele a olhava e dizia "você não vai me enganar, você não é a mamãe", eu ficava boba por ele sempre saber nos diferenciar, sendo que até nossa mãe as vezes confundia nós duas.

Ele nunca havia ficado sozinho com ela, mas eu não achei que seria problema, ela sempre dava presentes pra ele e fingia gostar muito dele, afinal era minha irmã, nunca pensei que seria capaz de machucá-lo, eu e minha mãe fomos para o hospital, mas eu estava com o coração na mão e sentia que algo ruim iria acontecer, mas pensei que era só coisa da minha cabeça, então meu telefone toca, era Elena, ela estava "desesperada" e "chorando", e me pedindo "perdão" eu não estava entendendo nada do que ela estava falando, só perguntava "cadê meu filho?" "o que aconteceu?".

Flash back on

—O que foi Elisa, está tão inquieta.

—Meu coração tá apertado, sinto que tem algo de errado.

—Ele está bem, ela vai cuidar bem dele.

—Eu não deveria ter deixado meu filho com ela.

—Não confia na sua irmã?

—Nem a senhora confia nela.

—Ela não vai machucar ele, fica tranquila, é sua irmã, tia dele, ela gosta muito dele.

—A Elena é narcisista, ela só gosta dela mesma.

—Mas com o sobrinho é diferente, vai ficar tudo bem.

Mas não ficou nada bem, alguns minutos depois meu coração começa a ficar mais apertado, e então meu telefone toca, era Elena.

—Oi, cadê meu filho, tá tudo bem, posso falar com ele?

"E...Elisa, eu sinto muito...

Na mesma hora me levanto, ela parecia desesperada.

—Elena, o que foi, cadê meu filho?

"Eu não...não...me perdoe Elisa, precisa vir pra cá, eu...me descuidei por um momento e aí começou de repente, eu não tive tempo de...foi muito rápido, quando eu vi já estava...estava tão quente e....

—Cadê meu filho Elena, o que aconteceu, fala direito, o que houve?

Meu coração começa a bater em disparada.

—Elena, fala comigo, cadê meu filho, onde você está?

"Na...na cabana...

Naquela hora saio correndo do hospital e vou até onde ela estava, nós tínhamos uma pequena cabana que ficava na praia, Enrico amava ir lá, quando dormíamos lá, fazíamos fogueira e ficávamos olhando o mar juntos, eu e o pai do Enrico íamos muito lá também.