capítulo 30

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Fico pensando naquilo que a senhora Salvattore disse, e enquanto terminava de me arrumar aquilo não saia da minha cabeça.

—Minha nossa, você está tão linda.

Fala Betina.

Eu já estava pronta e me olhava no espelho, eu realmente estava linda, já havia colocado as jóias que a senhora Salvattore me deu, acho que nunca me vi tão linda assim, o vestido ficou perfeito em mim e as jóias combinavam com o sapato e o laço do meu cabelo.

Sorrio.

—Está mesmo Elisa, tá perfeita.

Fala Bea entrando no quarto junto com a senhora Salvattore.

—Uau, minha nossa, esse vestido foi feito pra você, ficou perfeito.

—Obrigada, vocês também estão lindas.

Elas já estavam prontas, logo as gêmeas entram correndo, elas estavam uma gracinha também, de vestido branco iguais, e um laço azul no cabelo igual a mim.

—Você está linda tia Lis, o dindo vai ficar de boca aberta.

Fala Aurora.

Sorrio.

—Você está mais linda ainda, querida, as duas estão parecendo princesas.

Bea me dá um buquê de rosas brancas e azuis, iguais as flores que havia no jardim,  fiquei surpresa quando vi o jardim decorado, era simples mas muito lindo.

Betina tira algumas fotos minhas, e eu fiquei linda em todas, eu estava extremamente ansiosa, mas algo dentro de mim estava muito feliz, era uma sensação muito boa, como se fosse uma sensação de quem vai se casar com o amor da sua vida, era estranho, mas eu estava me sentindo assim, não pensava mais em Donatello como um estranho, eu realmente sentia que ele era a pessoa com quem eu fosse ficar a minha vida toda.

Balanço a cabeça espantando os pensamentos, logo a cerimônia começa, eu ainda não tinha visto Donatello, estava com medo dele desistir.

—Ele não vai desistir, Elisa, já até está aí, te esperando.

Fala Bea chegando até mim.

—Eu não...

—Ta escrito na sua testa, nem precisa dizer nada.

Sorrio.

—Vamos descer, só falta a noiva.

Eu e ela descemos, meu coração acelera, ela e as gêmeas vão na frente e logo eu entro, uma música linda tocava, assim que eu o avisto meu coração começa a bater tão rápido que parecia que eu ia ter uma taquicardia, ele estava lindo vestindo um smoking slim azul.

Na verdade lindo não era a palavra, ele estava perfeito, a beleza desse homem é surreal e ele vestindo social fica uma coisa de outro mundo.

Quando ele segura minha mão, meu corpo se arrepia inteira, o juiz de paz inicia a cerimônia e quando termina ele diz que poderia beijar a noiva, eu havia esquecido desse pequeno detalhe, ao mesmo tempo que seria estranho não beijarmos, seria estranho beijarmos, então decido que iríamos nos beijar, só um selinho não faria mal, mas me engano ao pensar que seria só um selinho, Donatello me puxa pela cintura e se apossa dos meus lábios, só aquela pegada dele fez minhas pernas ficarem fraquinhas, e o beijo então, me deixa desnorteada, o que eu pensei que seria apenas um selinho, se torna em um beijo quente e muito bom, paramos porque Gael nos interrompe dizendo que havia crianças ali, quando ele me solta, eu fico até sem rumo.

Fico mais ainda quando ele diz que eu seria dele pra sempre e que se eu fosse embora, ele ia fazer de tudo para me encontrar de novo.

A cerimônia termina, tiramos fotos sozinhos, e com todos juntos e depois vamos almoçar, seria no jardim também, elas preparam um mesa linda.

Estava tudo muito perfeito, eu me sentia imensamente feliz, queria acreditar que aquilo tudo é real e realmente parecia, os pais do Don me acolheram tão bem, eu já me sentia da família, provavelmente todo mundo sabia que o casamento era só por contrato, mas eles agiam como se fosse um casamento normal como todos os outros, então por alguns momentos finjo que é real, e tento tirar o máximo de proveito, não sei se voltarei a me casar novamente um dia, então preciso aproveitar.

Observo Don e a família dele, a relação deles é linda, eles são muito unidos, mesmo os pais morando praticamente do outro lado do mundo, fizeram questão de estar com ele num momento como esse.

A relação deles é genuína e baseada na confiança, e com muito amor envolvido, é uma família linda, sorrio observando eles, eu sempre quis ter uma família unida, mas nunca pude desfrutar desse privilégio e mesmo estando na presença de pessoas que até então eram estranhas pra mim, eu me sentia bem com eles, como se os conhecessem há anos.

Como pode uma família que mal me conhece me acolher com tanto carinho assim, sendo que nem minha própria família me acolheram assim, principalmente depois da morte da minha mãe quando eu mais precisava de apoio, eu não tinha ninguém.

Meus olhos se enchem de lágrimas, mas me seguro pra não chorar, quando sinto a mão do Don segurando a minha.

—Está tudo bem?

Levanto a cabeça e olho pra ele, o olhar dele me confortava de uma forma que eu nem sabia explicar.

—Está sim, me desculpe, só fiquei emocionada, sua família é tão linda.

Digo sorrindo.

—Agora é sua família também, sempre que precisar poderá contar com eles, isso eu te garanto.

—Eles me receberam super bem, seus pais também, me senti acolhida.

—Fico feliz que se sinta assim, eu não esperava menos deles, mas fiquei com medo de você se sentir deslocada, mas soube que se deu muito bem com minha mãe.

—Ela é uma mulher incrível, muito gentil e atenciosa, realmente me trata como se eu fosse da família.

—É o que você é, e ela gostou muito de você.

—Ela me deu essa jóia que provavelmente custaria todos os meus órgãos no mercado negro, se tivessem me vendido para um traficante de órgãos.

—Por Deus, não diz isso nem de brincadeira.

—Fazer piada com minha própria desgraça diminui a seriedade dela.

—Não faça piada com isso, eu me sinto mal.

—Mas foi comigo que aconteceu.

—Por isso mesmo, se eu tivesse te encontrado antes, não teria que ter passado por isso.

—E o que você faria.

—Te protegeria, jamais deixaria que tocassem em você, mas não vamos falar sobre isso, você não tocou na sua comida, não está com fome, não gostou?

Por que ele tem que ser tão fofo?

—Eu amei, e estou faminta, é que eu me distraí, está uma delícia, vou terminar de comer e repetir.

—Ta bom, coma o tanto que quiser, caso esteja cansada e quiser ir embora, nós vamos.

—De maneira nenhuma, eu estou bem e quero que passe o maior tempo possível com seus pais, eles vão embora em breve.

—Eu sei, mas se você estiver cansada, nós iremos embora, eles vão entender.

—Obrigada, eu estou bem.

Ele sorri e solta minha mão.

Donatello - Herdeiros Do Império Bianco-Salvattore Onde histórias criam vida. Descubra agora