capítulo 77

528 75 9
                                    

—Ele tem sorte de ter você como mãe, você é incrível.

—Mais sorte ainda de ter você como pai, um pai ricaço ainda.

Sorrio.

—Se eu soubesse que era dono da Itália, teria ido pra lá te procurar, imagine eu chegando lá com uma criança, sua família ia dizer que eu era interesseira e que lhe dei o golpe da barriga.

—É a única mulher que se me desse o golpe da barriga eu ia amar, porque as outras situações foram perturbadoras.

—Oi, como assim as outras situações foram perturbadoras?

Pergunta ela levantando a cabeça e me olhando.

—É que, quando se é um cara rico, bonito e inteligente como eu, todas te querem, e algumas querem tirar proveito disso, mas eu sou bem treinado.

—Quer dizer que já tentaram aplicar o golpe da barriga com você?

—E não foi só uma, foram várias.

—Isso que você nunca deixou de pensar em mim, passou o rodo na Itália toda.

—Ah amor, releva, eu também não iria virar praticamente do celibato né, o homem tem suas necessidades, você teve um idiota que chamava de namorado.

—Um só, não fiquei com todos os homens que cruzava meu caminho.

—Ainda bem, ou já ia aumentar minha lista.

—Quero nem ver o tanto de mulheres na Itália que vão vir pra cima de você quando voltar, espero que deixe bem claro pra elas que você é casado.

—E muito bem casado, não vou deixar nenhuma mulher se aproximar.

—Eu acho bom, nem mulher, nem homem, mesmo que você esteja rodeado de homens o tempo todo, aquele Anthony, não confio nele, meu sentido de mulher me diz que ele tem um tesão encubado por você.

Solto uma gargalhada.

—Não ri, é sério, por mais profissional que ele seja, eu percebo as olhadas que ele te dá, acho que ele é gay, tenho quase certeza.

—Nunca percebi essas olhadas, então ele é bem profissional mesmo, mas você está certa, o Anthony é gay.

—Sabia, meu sentido não falha, ele abertam disse isso pra você, tipo, chefe, eu sou gay?

—Não, por um acaso encontrei ele em uma boate com o namorado, que agora é ex, ele não sabia onde enfiava a cara.

—E como você reagiu?

—Normal, ele ficou envergonhado a toa, eu disse que ele estava no dia da folga dele, e não me importava com a orientação sexual dele, o parabenizei pelo namoro e fui embora.

—Olha, como esse mafioso é mente aberta.

—Eu fui criado assim, meus pais foram padrinhos de casamento do tio Dario e do Tio Gianni, os dois seguranças de mais confiança deles, graças a Deus cresci numa família onde não tem espaço para o preconceito.

—Isso é muito legal, você teve uma criação incrível.

—Sim eu tive, e o meu homem de mais confiança também é gay.

—O que, o Joe, o Joe também é gay?

Ela se levanta na mesma hora.

—Sim, o Joe.

—Não brinca!

—É, o Joe, e ele já foi casado com um homem por 10 anos, ele só aceitou vir comigo pra cá porque queria esquecer o ex.

—Meu Deus, eu jamais imaginaria, ele tem toda aquela pinta de malvadão, todo fechado, raramente da um sorriso, parece aquele tipo de capitão do exército que é extremamente preconceituoso.

—E ele era!

—Preconceituoso?

Sorrio.

—Não amor, capitão do exército, inclusive ele conheceu o marido no exército, e estava se encaminhando para se tornar Major.

—A máfia recruta até o povo do exército, como funciona a seleção, vocês pegam os desertores?

—Quase isso.

—E eles são leais, tipo, não traem a máfia, porque são lados totalmente opostos, vocês são fora da lei e eles são homens da lei.

—Os desertores são os soldados mais leais da máfia, eles honram o juramento, e se trairem a máfia, pagam com a vida.

—Vocês matam eles?

—Não, eles mesmo que se matam.

—Meu Deus, que horrível, mas tá certo, é assim que tem que tratar traidor.

—Por que eu estou falando disso com você e por que você está achando isso tudo normal?

—Eu preciso saber mais como funciona, terei que fazer um juramento de sangue? E o Voto de silêncio, o Omertà é o código de honra da máfia né? Tenho que assinar alguma coisa?

—Você está sabendo muito sobre isso hein, mas já chega, já fez perguntas demais, está parecendo o Enrico.

—Eu preciso saber o que me espera, quando chegar a Itália.

—Não precisa não.

—Se pedirem para eu matar alguém, eu mato com faca ou com um tiro? Mas eu nem sei atirar, você tem uma cicatriz na mão, o juramento de sangue tem que fazer um corte grande na mão?

—Vida, deita aqui, vem dormir, está muito agitada, será que vou ter que te amarrar?

—Olha estou começando a gostar disso.

—Vou te amordaçar com um pano.

—Eu posso usar as minhas mãos.

Fala ela me olhando com malícia, começo a rir.

—Você é terrível.

Digo puxando ela pra cima de mim.

—Já podemos convidar o mafioso pra nossa transa?

—Acho melhor não, ele é bem selvagem, nosso filho está dormindo aqui do lado, não quero que ele ouça a mãe dele gemer igual uma cadela no cio.

—É só você me amordaçar.

Fala ela me beijando.

—Ou então você coloca a mão na minha boca, enquanto me fode com gosto.

Sussurra ela no meu ouvido, então ela desce a mão até meu membro, que obviamente já estava duro, a outra ela coloca na minha boca, gemo quando ela move as mãos bem lentamente, e então ela aumenta o ritmo, me deixando maluco, então seguro o braço dela, num movimento rápido a viro na cama ficando por cima.

—Eu vou te foder com gosto, tente não gemer tão alto, ou eu vou te amordaçar de verdade.

Ela concorda balançando a cabeça.

—Boa garota!

Donatello - Herdeiros Do Império Bianco-Salvattore Onde histórias criam vida. Descubra agora