Donatello - Herdeiros Do Império Bianco-Salvattore

capítulo 64

Betina

Saímos do hospital e vamos embora, logo chegamos no apartamento, meus pais estavam sentados no chão assistindo filme da Barbie com Enrico e as meninas, Ben também estava lá.

—Que lindo, todo mundo assistindo Barbie.

Falo.

—Shiu tia!

Fala Chiara me mandando ficar quieta.

—Olha que garota abusada, eu te pego hein, só vou ficar quieta porque amo Barbie.

—Só fica quieta, não precisa anunciar.

Fala Ben.

—Chato.

Me sento com eles e termino de ver o filme, Bea já tinha chamado as meninas pra irem embora, mas elas não queriam ir de jeito nenhum, não no meio do filme.

—Acabou, agora nós vamos embora.

Fala Gael.

—Ah papai.

—Amanhã a gente vem tomar café com os vovôs.

Fala Bea.

—É, e você garoto, vai tomar banho, comprei um pijama bem legal pra você.

—Sério tia?

—Sim, vamos lá, se despeça do tio Gael, das meninas e da tia Bea.

Ele se despede e então o levo para o quarto do Don.

Entrego a toalha, a roupa, escova de dentes e ele entra no banheiro.

—Tia, não sai daí tá.

Fala ele aparecendo na porta.

—Não vou.

—Posso deixar a porta um pouquinho aberta?

—Pode.

Ele sorri, sorrio de volta, ele tem muito medo de que tudo não passe de um sonho e que ao acordar, estar sozinho de novo, ele queria alguém perto a todo momento, é um garoto muito carente.

Me sento na cama e espero ele terminar o banho, logo ele saí do banheiro todo cheiroso, seus olhos estavam vermelhos como quem chorou.

—Olha, tá muito cheiroso, tô sentindo daqui.

—É o melhor banho que eu já tomei em toda minha vida, será que meu pai não vai brigar por eu ter passado o perfume dele?

—Não, e ele quase nem vem aqui, pode usar tudo o que você quiser.

—Ele e minha mãe não moram aqui?

—Não, sente-se aqui, vou pentear seu cabelo.

Ele vem todo sorridente.

Pego o pente e começo a pentear o cabelo dele.

—Eles tem outra casa?

—Sim, é onde você vai morar.

—O tio Ben disse que logo eu vou ter um quarto só meu.

—Sim, e vai poder decorar do jeito que você quiser, mas será por pouco tempo.

—Por que, eles vão me devolver para o orfanato?

Pergunta ele me olhando assustado e com os olhos cheios de lágrimas.

—Não querido, claro que não, de maneira nenhuma, você nunca mais vai voltar pra lá, é que nós vamos embora daqui, vamos pra Itália.

—Eu vou também?