Donatello - Herdeiros Do Império Bianco-Salvattore

capítulo 45

—Sério?

—Sim, ele era bem engraçadinho, havia acabado de quebrar o vidro do carro de uma mulher, ela estava furiosa.

Sorrio.

—Isso é algo que seu filho faria, acredita que uma vez, um homem mexeu com a gente na rua, pois ele foi até o homem e chutou a canela do homem que estava de bicicleta e o homem caiu, nós rimos muito aquele dia.

—Ele fez isso?

—Sim, apesar de ser um garoto muito gentil, as vezes ele era bem esquentadinho, mesmo com cinco anos, principalmente se mexiam comigo, ele me defendia com unhas e dentes, ele herdou seu gênio, me lembro quando dois turistas mexeram comigo no resort, você os trancou na sauna, abriu o armário deles e escondeu todos os pertences deles, foi muito engraçado.

Falo rindo.

—Eu me lembro disso.

Fala ele rindo também.

—Mas mudando de assunto, depois quero que me fale tudo o que se lembra desse taxista, o que te levou, qualquer características física, sotaque, qualquer coisa que se lembre.

—Vai atrás dele?

—Provavelmente ele só é a ponte que liga o traficante com as mulheres traficadas, se tem um taxista, é provável que a companhia toda esteja envolvida, a esposa do meu tio Matteo também foi sequestrada através de uma companhia de táxi.

—Mas ela chegou a ser traficada?

—Não, a melhor amiga dela, a tia Maggie, era agente da CIA, e conseguiu destruir essa rede, mas claro que tem muitas outras.

—Sua família mafiosa tem contato com agentes da CIA?

Ele ri.

—Ex agente, ela se apaixonou pelo alvo dela, o tio Nikolai, que era o braço direito de um dos mafiosos russos que agia aqui.

—Ta brincando, ela se apaixonou pelo alvo dela?

—Sim, se casaram e tem dois filhos, três na verdade, Anika que é filha biológica só do tio Nikolai, a Giulia que é o amor da vida do Ben, e o Alec.

—E aí ela largou a vida de agente e foi ser esposa de mafioso?

—Ele não era mafioso de verdade, também era um agente disfarçado que só queria acabar com a vida do mafioso russo.

—Minha nossa.

—Você me viu matando uma pessoa e se apaixonou por mim.

—Eu sempre fui apaixonada por você.

—Olha, e a primeira declaração que você me faz depois que nos reencontramos, mas eu sei que já estava caidinha por mim, mesmo antes de se lembrar.

—Isso eu não posso negar.

—Em algum lugar bem lá no fundo, você já sabia quem eu era.

—Sim, você é a única pessoa que me tratava com tanto amor e carinho, e me fazia lembrar muito daquele Enrico romântico por quem eu me apaixonei.

—Eu prometo que serei mais romântico do que aquele Enrico, me perdoe se as vezes eu sou frio demais com você.

—Você está brincando né, você é a pessoa mais romântica que já conheci na vida, eu fico boba toda vez que se dirige a mim, eu sinto o amor em cada palavra que você dirige a mim, não existe pessoa mais romântica que você, as vezes eu fico me perguntando como uma pessoa que mata a sangue frio, sem um pingo de remorso, pode ser tão romântico e fofo.

—Quem mata é o mafioso, o Enrico não tem nada a ver com ele.

—Não mesmo, como você se sente, quando o mafioso aparece?