Donatello - Herdeiros Do Império Bianco-Salvattore

capítulo 74

Assim que ela desliga, eu me sento na cama, então Don aparece no quarto, digo a ele que eu ia descansar um pouco, então ele fecha a porta e sai do quarto, assim que ele sai, me lembro do cofre que ele diz que tem no closet, ele havia me passado a combinação, então eu vou até o closet, e procuro pelo cofre, ele estava atrás de um quadro, tiro o quadro e o cofre se revela, o abro rapidamente e ali tinha muito dinheiro e muitas jóias, eu nunca vi tanto dinheiro assim na vida.

Ao mesmo tempo que eu estava me sentindo muito mal, eu queria pegar aquele dinheiro e levar logo pra Elena, pra ela me dar paz, se ela sumir do país, não terei que vê-la nunca mais, e Enrico estará seguro.

Por outro lado eu deveria contar ao Don sobre a ligação, ele ia encontrar Elena e acabar com ela, mas se ela já fugiu uma vez, quem garante que ele vai mesmo conseguir encontrar ela, e se ela ficar escondida, e em um momento de descuido ela chegar perto do meu filho, já aconteceu antes, aquele nojento fugiu do Don e tentou me sequestrar, se Don não tivesse chegado há tempo, sabe Deus o que teria acontecido comigo, não posso arriscar, eu vou dar o dinheiro pra ela, depois eu me acerto com o Don, afinal ele disse que eu poderia usar o dinheiro quando eu quisesse, ele nem vai dar por falta, vou pegar dinheiro e jóia, porque, por mais dinheiro que tivesse ali, não tem 500 mil em dinheiro, afinal é meio milhão de dólares, é muito dinheiro pra se ter em um cofre, mas talvez aquelas jóias chegassem a isso, e seria mais fácil de transportar em uma bolsa sem levantar muita suspeita, eu só precisava arrumar um jeito de sair de casa sem Don saber, mas isso seria impossível já que tem homens por toda parte, e ele não ia me deixar sair sozinha.

Logo Elena manda a localização, consigo convencer Don de que precisava ir a farmácia, ele insiste que um dos meninos iria, mas digo que eu precisava ir, ele diz que vai junto, então ele coloca todos os seguranças possíveis pra ficar com Enrico, o local era perto da Farmácia, assim que estivesse la eu daria um jeito de sair.

Logo estamos indo em direção a farmácia, eu estava apreensiva, chegando lá, eu dou um jeito e consigo ir até o local me encontrar com Elena, era em um estacionamento subterrâneo abandonado.

—Elena, está aqui?

De repente ela sai de trás de um pilar, estava em um estado deplorável, as roupas rasgadas, o cabelo todo emaranhado, muito suja e machucada, mas eu não conseguia sentir nem um pingo de dó.

—Você veio mesmo.

—Não consegui tudo em dinheiro, mas tem várias joias aí e você pode vender.

—Eu disse que queria tudo em dinheiro.

Fala ela apontando uma adaga pra mim.

—Eu já roubei todo o dinheiro do meu marido, é tudo que eu consegui, se eu pedisse dinheiro, ele iria desconfiar.

—Tudo bem, acho que consigo me virar com isso, como está meu Enrico?

—Nunca mais fale o nome do meu filho, ele nunca foi seu.

—Ele foi meu filho por um longo tempo

—Você maltratou ele, seu próprio sobrinho, tudo bem você ter raiva de mim, mas por que o tratar tão mal, ele é só uma criança.

—Ele me lembrava você, sempre tão gentil, sempre querendo agradar, tentava de tudo pra ter um pouco da minha atenção, isso me dava nos nervos, mas o tempo foi passando e ele foi ficando mais esperto, começou a roubar meu dinheiro e me enganar, e a forma que ele fazia era tão surreal que ele parecia ter a mentalidade de um adulto, com certeza herdou a inteligência do pai, já que você não é muito esperta, ok, agora me passe a bolsa, muito obrigada maninha, eu saberei aproveitar muito bem esse dinheiro, se um dia acabar, eu venho fazer uma visita para você e meu sobrinho.

Jogo a bolsa e quando ela se abaixa pra pegar, eu a rendo como Don me ensinou, um braço dela eu torço pra trás, pego a adaga e pressiono no pescoço dela.

—Não, vai não!

—O que você está fazendo?

—Vou te poupar de todo sofrimento que você ainda iria sofrer.

—Do...do que você está falando?

—Estou te fazendo um favor maninha, se você cair nas mãos do meu marido, vai ser bem pior pra você, principalmente por ter fugido, ele fica muito zangado quando as pessoas fogem dele.

—É parece que ser casada com um mafioso despertou algo dentro de você.

—Você ter roubado meu filho e me privado de conviver com ele por 7 anos que despertou algo dentro de mim, você ter maltratado meu filho, a ponto dele ter pesadelos, convulsões e medo de mim, por sermos parecidas, isso despertou algo em mim, só de saber das dificuldades que ele teve que passar por sua causa, sem amor, sem um vida digna, isso despertou algo dentro de mim, não tem nada a ver comigo ser casada com um mafioso, mas isso meio que também me beneficia, porque se eu te matar, ele vai limpar a sujeira que eu fizer e ninguém nunca vai saber.

—Opa, peraí amor, isso não estava no nosso combinado.

Nesse momento Don que estava atrás do pilar escondido, sai junto dos seguranças.

—Sua...sua vadia...você me enganou!

Fala ela tentando se soltar, mas a seguro com mais força

—É maninha, você não contava com a esperteza da sua irmãzinha burra né.

—Tá legal, admito, eu não esperava isso, me surpreendeu, parece que você despertou o monstro que estava adormecido dentro dela, Donatello.

—Não fala com meu marido!

Digo torcendo mais o braço dela.

—Aí, tá me machucando.

—Não dirija a palavra ao meu marido, sua vaca.

—Você não agia assim quando eu seduzia seu namorado, mas eu entendo, esse aí é um partidão, tem uma enorme fortuna, devo reconhecer que você não é tão burra quanto aparenta, e com um filho com ele, garantiu uma vida boa, até você morrer, é maninha, você me superou, eu fiquei a vida toda tentando encontrar meios de ter uma vida luxuosa e confortável e você conseguiu isso sem nem fazer muito esforço, a não ser abrir as pernas para um milionário.

—A diferença entre eu e você, é que eu nunca precisei fazer mal a ninguém pra conseguir algo na vida, e também nunca me importei se o Donatello tinha dinheiro, aliás eu não sabia.

—O cara frequentava um resort como aquele, luxuoso, que apenas uma diária custaria seu rim no mercado negro e você nem desconfiava que ele era milionário, a mana conta outra vai.

—Não me importo com o que você pensa, achou que poderia enganá-lo se passando por mim, você só não contava que ele me conhece melhor do que você.

—Devo admitir que fiquei impressionada, mas ele hesitou...

—Nem por um segundo, você não se parece nada com a minha mulher, meu amor, agora pode entregá-la, nós cuidamos dela.

—Vai mesmo entregar sua irmã pra ser torturada?

—Não, não vou deixar que passe por isso novamente, vou poupar você de todo sofrimento.

—Eu sabia que...

Ela nem termina de falar, porque na mesma hora direciono a adaga para artéria carótida dela.

—Elisa, não!

Fala Don, mas era tarde demais, a adaga desliza, penetrando na pele dela.

—Eli...sa, por...por que fez isso?

—Você nunca mais vai chegar perto do meu filho!

—Acho que...que eu...eu te subestimei maninha.

—Eu nunca mais serei a vítima, de você principalmente!

Puxo a adaga com tudo e deixo o corpo dela cair no chão.

—A morte é um presente perto de tudo o que você me fez passar, pense pelo lado bom, vou te poupar de ser torturada, não precisa me agradecer, maninha!