capítulo 65

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Elisa

Depois que Betina, Bea e Gael vão embora, ajudo Don tomar banho, em seguida, nos deitamos, a cama não era tão grande, mas ele faz questão de eu dormir lá com ele, então me dá um espaço.

Conversamos um pouco até que ele dorme, eu estava um pouco inquieta e não consigo pregar os olhos, fico pensando em Enrico se ele já estava dormindo e se estava bem, me levanto da cama e vou me sentar perto da janela, fico um bom tempo lá refletindo, até que o sono começa a me vencer.

—Meu amor, não tá conseguindo dormir?

Me viro e olho pra ele.

—Não muito, mas agora o sono tá me vencendo.

—Vem deitar, eu fico acordado até você dormir.

Volto pra cama.

—Não precisa vida, pode dormir.

—Ele está bem, não se preocupe, está seguro.

Sorrio concordando, até que vencida pelo cansaço de um dia tão turbulento, eu apago, acordo pela manhã assustada, com uma falta de ar e um aperto tão grande no peito, que parecia que eu ia morrer.

—Amor, o que houve?

 Don que não estava na cama, vem até mim.

—Amor, calma, respira.

Tento puxar o ar, mas não vinha, coloco a mão no coração e começo a ficar desesperada, não é de hoje que eu tenho essas crises, o médico disse que era crise de ansiedade, junto com estresse, devido a muitos traumas e ataque de pânico, mas aquilo é um pouco diferente do que eu costumava sentir, meu primeiro pensamento era no meu filho.

—Puxa o ar devagar e depois solta.

Fala ele segurando minha mão e tentando me acalmar.

—Isso, de novo, está indo bem.

Aos poucos consigo me acalmar, mas a dor no peito ainda persistia.

—Está melhor?

Pergunta ele passando a mão no meu cabelo.

—Estou, obrigada!

Ele me abraça e me acalenta.

—Tá tudo bem.

—Por que você se levantou?

Pergunto olhando pra ele.

—Não aguento mais ficar deitado, já tô sem dor, quero ir pra casa.

—Eu também, e tô com saudades do meu garotinho, será que ele já acordou?

—Vamos tomar café e ligamos pra minha mãe.

—Vou escovar os dentes.

Vou no banheiro, faço minha higiene, volto e ele estava sentado na cama.

—Eles já vão trazer nosso café, vou ligar lá em casa.

Ao invés de me sentar, fico perambulando pelo quarto.

—Meu amor, você está muito inquieta.

—Meu coração tá apertado, e eu não paro de pensar no Enrico, atenderam?

—Ainda não, talvez ainda estejam dormindo.

Nesse momento batem na porta.

—Sou eu, posso entrar?

Era Betina.

—Entre, estava ligando pra vocês agora, você está com uma cara péssima.

—É o Enrico, ele não tá bem.

Donatello - Herdeiros Do Império Bianco-Salvattore Onde histórias criam vida. Descubra agora